sexta-feira, 8 de março de 2013

Coletores param e prefeito de Sorocaba decreta estado de emergência


Por contrato, empresa deve manter pelo menos metade trabalhando

José Antonio Rosa
jose.antonio@jcruzeiro.com.br


O prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) decretou ontem à noite estado de emergência em Sorocaba diante da paralisação dos serviços de coleta de lixo. Conforme a Secretaria de Comunicação (Secom), 50% do efetivo da empresa estão parados. Por contrato, a empresa responsável pela serviço na cidade, a Gomes Lourenço, deve manter pelo menos metade dos coletores trabalhando. Pannunzio decretou estado de emergência com a preocupação do avanço da dengue, já que os resíduos acumulados são potenciais criadouros dos mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

A Prefeitura foi comunicada da paralisação ontem à tarde, mas não divulgou o motivo apresentado pela concessionária. A reportagem procurou ontem à noite representante da Gomes Lourenço e do sindicato dos trabalhadores, mas não localizou ninguém para falar sobre o assunto, pois o expediente havia terminado. Também não emitiram comunicado a respeito. A Secretaria de Parcerias (Separ) informou que mantém conversações e acredita que deverá chegar a um entendimento para solução do impasse ainda hoje.

Medidas

Se for preciso, até para não prejudicar a limpeza pública e a qualidade de vida da população, a Separ admite estabelecer um contrato emergencial para atendimento de 100% da coleta, caso o serviço atual não seja normalizado o mais rápido possível. A expressão greve foi utilizada no decreto baixado pelo prefeito. A nota divulgada pela Secom não usa o termo. Em estado de emergência, o município fica autorizado a requisitar os meios necessários à execução de ações imediatas, caso da contratação de outro prestador do serviço. "Esperamos que os responsáveis usem do profissionalismo e da ética para honrar o contrato para que não sejam necessárias outras medidas. Com isso, esperamos evitar mais prejuízos à população", diz Clebson Aparecido Ribeiro, secretário de Parcerias. 

A Prefeitura também acompanha o caso junto ao Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade (Sinetur), que representa os coletores, por meio de contatos com a sua diretoria. A Secom também esclareceu não haver motivo para pânico. "Ninguém sairá prejudicado", garantiu Clebson Ribeiro. O governo do município aposta num entendimento com os empresários, mas não deverá fazer concessões. "Queremos, antes de qualquer coisa, que a prestação do serviço seja retomada. Tivemos o cuidado de decretar o estado de emergência até por seu caráter preventivo, mas estaremos empenhados em encaminhar uma resolução para o problema o mais breve possível".
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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