terça-feira, 5 de março de 2013

Falta de manutenção da Ceagesp incomoda frequentadores


Lixo acumulado ao lado de contêineres no Ceagesp (Foto: Fernando Rezende)
 
 

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) é bastante frequentada por consumidores e comerciantes que encontram frutas, legumes e flores, direto do produtor e, assim, conseguem economizar. Porém, ir ao espaço de aproximadamente 188.270 metros quadrados, em Sorocaba, tem sido uma tarefa difícil e clientes dizem repensar a ida ao local. Estacionamento e vagas sem sinalização, asfalto deteriorado, lixo espalhado e falta de segurança são algumas das dificuldades enfrentadas.

ESTACIONAMENTO – Ao entrar no recinto é preciso seguir o afluxo de veículos, já que não há indicação alguma para vagas ou saída. Próximo ao espaço que abriga barracas de feira-livre e boxes de flores, o movimento é maior, pois muitos clientes procuram uma vaga próximo aos estabelecimentos. Para o comerciante Luiz Carlos de Andrade, que é natural de Alumínio e visitava a Ceagesp pela segunda vez, o que encontrou foi positivo. “Para mim está tudo ok, só uma cobertura aqui no estacionamento é que seria ótimo. Parei numa vaga preferencial por conta de uma parente idosa que está no carro junto comigo.”

Entretanto, quem frequenta as feiras semanalmente faz um discurso diferente. A auxiliar administrativa Cássia Gazeta reclama dos buracos no estacionamento. “Não ter vaga perto é normal, em todo lugar é assim; mas aqui tem muito buraco, falta sinalização e à noite é muito escuro”, referindo-se ao varejão realizado nas quartas-feiras, das 16 às 22 horas. Já o técnico de controle de qualidade João César lida bem com a situação. “Está razoável aqui, dá para se virar.”

BOXES – Próximo aos boxes, o acúmulo de lixo e sujeira fica mais visível e alguns consumidores afirmam que evitam estacionar na área. Mesmo com diversos contêineres espalhados pelo recinto, caixas de madeira e de papelão, alimentos podres e até uma máquina copiadora podem ser encontrados. Segundo um autônomo que prefere não se identificar, alguns funcionários do local fazem até “guerra de tomates”. “A situação está complicada, porque, mesmo que seja uma brincadeira entre eles, pode atingir alguém que está passando.” Ele também afirma que outros clientes, principalmente mulheres, ficam constrangidos pelo  que ouvem em algumas situações. “O pessoal mexe mesmo, fala palavrão e se insinua. Quanto ao estacionamento, estava pior, mas ainda dá medo de parar perto dos boxes.”

Um comerciante que também não quis ter a identidade revelada conta que o aluguel que muitos pagam não é barato e pode chegar a R$ 4 mil. Quanto à limpeza, afirma que ratos sempre são vistos no local. “Você já viu o tamanho dos ratos que aparecem aqui? Aqui é largado, parece um lixão a céu aberto. Não temos retorno algum do que pagamos, só quando tem a Festa das Nações que dão uma maquiada.” Ele também comenta que a situação é precária nos sanitários.

MANUTENÇÃO – Segundo o gerente da Ceagesp de Sorocaba, Marco Antônio de Oliveira, a manutenção é realizada regularmente e as equipes são terceirizadas. Somente em caso de necessidade, quando o serviço é considerado grande, é solicitado o apoio do Estado. Existem cerca de 550 boxes e módulos no local, que precisam atender às normas da lei 8.666/93, que regulamenta licitações ou como ocorre em alguns casos, possuem a permissão por tempo indeterminado. “Esses estão aqui desde antes dessa regulamentação, por isso, não precisam entrar no processo de licitação, que é feito a cada cinco anos.”

Quanto à limpeza, Oliveira afirma que a cada 15 dias uma equipe faz o serviço de desratização e recentemente todas as bocas de lobo foram limpas. De acordo com regimento interno, todos os permissionários são responsáveis pela higienização do interior e fachada do boxe. “Infelizmente, essa é uma postura que faz parte da cultura de todos os Ceasas (Centrais de Abastecimento) do País, tenho conhecimento de que apenas um conseguiu melhorar a situação, em Fortaleza”, explica o gerente. Porém, caso os fiscais verifiquem que a regra não está sendo cumprida, os proprietários podem ser advertidos verbalmente, pagar multa e, em último caso, devido à gravidade do fato, ter a permissão de uso suspensa. “O que pode ter agravado a situação agora em fevereiro, foi que, dos cinco fiscais, um foi dispensado, outro estava de férias e o terceiro de licença médica, mas agora em março tudo deve se normalizar”.

Já em relação ao estacionamento que não possui nenhuma sinalização, o gerente afirma que existe um projeto elaborado para sanar o problema, mas que não há prazo para implantação. A segurança é feita por uma equipe terceirizada 24 horas por dias, segundo o gerente. “Os vigias andam armados e à noite redobram a atenção, devido ao volume de clientes. Sempre procuramos fazer o melhor possível.” 

Outra queixa de frequentadores é sobre o estado do asfalto, que contém centenas de buracos e desníveis. Quanto a isso, o responsável explica que em 2011 foi firmada uma parceria com a Prefeitura de Sorocaba, que divide os gastos com a reforma; porém já existe uma negociação com o Estado para a revitalização do asfalto.    

As informações são do Jornal Diário de Sorocaba.

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