Secretaria da Saúde nega que haja subnotificação da doença na cidade
 Nebulização é uma das medidas para conter avanço em áreas mais críticas -Por: Arquivo JCS/Luiz Setti |
Marcelo Andrade
marcelo.andrade@jcruzeiro.com.br
O número de casos de dengue confirmados em Sorocaba ao longo deste ano já é o maior nos últimos 10 anos para o período, segundo informações da Secretaria da Saúde de Sorocaba. Desde o início do ano, 217 pessoas da cidade contraíram dengue, dos quais 28 na última semana, entre os dias 1º e 8 de deste mês. A Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde (SES) informou ontem que em Sorocaba não há subnotificação de casos.
Em algumas cidades como Bauru, por exemplo, há um alto índice de subnotificações, estimado em cerca de 50% do montante confirmado e que acabam por afetar o controle, segundo reconhece a própria pasta de saúde daquela cidade. Sendo assim, ainda tomando por base a cidade de Bauru, para cada dois casos contabilizados, ao menos um não seria registrado.
As subnotificações ocorrem em algumas cidades do País, em sua maioria porque o exame é realizado no sexto dia de manifestação de febre, quando há anticorpos suficientes no organismo para apontar a existência da doença. Antes desse período, a probabilidade de resultados falsos negativos é alta. Nesses municípios, o paciente que procura as unidades de saúde é orientado a retornar dias depois, o que nem sempre ocorre.
A Secretaria da Saúde de Sorocaba respondeu ontem, por meio de nota, que não há subnotificações porque o município colhe o material para a realização de exame assim que o paciente, com sintomas característicos de suspeita clínica de dengue, procura os serviços de saúde da cidade. Sorocaba, ainda segundo a nota, realiza o teste NS1, que detecta a doença precocemente.
28 na semana
De acordo com dados divulgados no último boletim, na segunda-feira, entre os dias 1º e 8 de março foram registrados 28 novos casos da doença. Dessa forma, são 217 o número de pessoas que contraíram dengue em 2013, sendo que 175 foram contaminadas na própria cidade (casos autóctones) e 42 contraíram a doença em outros municípios (casos importados). No dia 15 de fevereiro, foi registrado na cidade uma morte pela doença.
Questionada na noite de ontem se tais números registrados poderiam ser considerados os mais elevados dos últimos dez anos, a Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde (SES) confirmou o fato. Para efeito de comparação, em 2008 por exemplo, a cidade registrou 37 casos confirmados de dengue, enquanto que em 2009 foram sete casos. Ao longo de todo o ano de 2010 a cidade registrou 367 e em 2012 foram 25 casos confirmados.
Bloqueio
A diretora da Área de Vigilância em Saúde da SES, Daniela Valentim dos Santos, voltou a destacar que todos os casos registrados em Sorocaba neste ano tiveram operações de bloqueio realizadas na região onde o paciente reside. As ações foram desenvolvidas para reduzir o risco de proliferação da doença, com a remoção de criadouros do mosquito Aedes aegypti, orientação aos moradores e busca de outras pessoas com sintomas.
Em algumas localidades, foi realizada a nebulização (aplicação de inseticida). "Nunca é demais reforçar o alerta que, para evitar o avanço da dengue na cidade, a população deve colaborar e adotar os hábitos preventivos. Todos os objetos que acumulam água devem ser eliminados, pois a única maneira eficaz de evitar a doença é o combate ao mosquito transmissor", afirmou Daniela.
marcelo.andrade@jcruzeiro.com.br
O número de casos de dengue confirmados em Sorocaba ao longo deste ano já é o maior nos últimos 10 anos para o período, segundo informações da Secretaria da Saúde de Sorocaba. Desde o início do ano, 217 pessoas da cidade contraíram dengue, dos quais 28 na última semana, entre os dias 1º e 8 de deste mês. A Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde (SES) informou ontem que em Sorocaba não há subnotificação de casos.
Em algumas cidades como Bauru, por exemplo, há um alto índice de subnotificações, estimado em cerca de 50% do montante confirmado e que acabam por afetar o controle, segundo reconhece a própria pasta de saúde daquela cidade. Sendo assim, ainda tomando por base a cidade de Bauru, para cada dois casos contabilizados, ao menos um não seria registrado.
As subnotificações ocorrem em algumas cidades do País, em sua maioria porque o exame é realizado no sexto dia de manifestação de febre, quando há anticorpos suficientes no organismo para apontar a existência da doença. Antes desse período, a probabilidade de resultados falsos negativos é alta. Nesses municípios, o paciente que procura as unidades de saúde é orientado a retornar dias depois, o que nem sempre ocorre.
A Secretaria da Saúde de Sorocaba respondeu ontem, por meio de nota, que não há subnotificações porque o município colhe o material para a realização de exame assim que o paciente, com sintomas característicos de suspeita clínica de dengue, procura os serviços de saúde da cidade. Sorocaba, ainda segundo a nota, realiza o teste NS1, que detecta a doença precocemente.
28 na semana
De acordo com dados divulgados no último boletim, na segunda-feira, entre os dias 1º e 8 de março foram registrados 28 novos casos da doença. Dessa forma, são 217 o número de pessoas que contraíram dengue em 2013, sendo que 175 foram contaminadas na própria cidade (casos autóctones) e 42 contraíram a doença em outros municípios (casos importados). No dia 15 de fevereiro, foi registrado na cidade uma morte pela doença.
Questionada na noite de ontem se tais números registrados poderiam ser considerados os mais elevados dos últimos dez anos, a Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde (SES) confirmou o fato. Para efeito de comparação, em 2008 por exemplo, a cidade registrou 37 casos confirmados de dengue, enquanto que em 2009 foram sete casos. Ao longo de todo o ano de 2010 a cidade registrou 367 e em 2012 foram 25 casos confirmados.
Bloqueio
A diretora da Área de Vigilância em Saúde da SES, Daniela Valentim dos Santos, voltou a destacar que todos os casos registrados em Sorocaba neste ano tiveram operações de bloqueio realizadas na região onde o paciente reside. As ações foram desenvolvidas para reduzir o risco de proliferação da doença, com a remoção de criadouros do mosquito Aedes aegypti, orientação aos moradores e busca de outras pessoas com sintomas.
Em algumas localidades, foi realizada a nebulização (aplicação de inseticida). "Nunca é demais reforçar o alerta que, para evitar o avanço da dengue na cidade, a população deve colaborar e adotar os hábitos preventivos. Todos os objetos que acumulam água devem ser eliminados, pois a única maneira eficaz de evitar a doença é o combate ao mosquito transmissor", afirmou Daniela.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.
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