sábado, 23 de março de 2013

Pais reclamam de demora no atendimento na UPH da zona oeste


Apenas uma pediatra estava no plantão, segundo funcionários

Rosimeire Silva
rosimeire.silva@jcruzeiro.com.br

Os pais que procuraram atendimento para seus filhos ontem, na Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da zona oeste, tiveram que esperar mais de quatro horas para serem atendidos. A demora foi justificada pelos próprios funcionários da unidade devido à falta de médicos. A informação passada aos pais era de que o atendimento era feito por apenas uma pediatra e quem não pudesse aguardar teria que procurar a UPH da zona norte, que teria uma equipe maior de profissionais.

A dona de casa Tatiane de Almeida Ribeiro, 18 anos, disse que chegou na unidade ontem por volta das 11h com o seu filho porque ele passou a noite toda com febre e chorando. Mas depois de fazer a ficha de atendimento, ela foi orientada a aguardar junto com as demais pessoas que estavam na sala. A espera se prolongou muito além do esperado, sendo que às 15h30 o seu filho ainda não tinha sido examinado pelo médico. Segundo a mãe, quando questionados os funcionários diziam que precisaria ter paciência, pois só uma pediatra estava atendendo. "Meu filho está passando mal e ainda temos que ficar todo esse tempo aqui, sem almoço e nada". 

O líder de produção Nilton Gonçalves Camargo, 26 anos, também estava inconformado com a demora no atendimento na UPH. Ele conta que chegou à unidade por volta do meio dia porque o filho apresentava um quadro de diarréia, mas logo de início foi informado que o atendimento iria demorar, pois havia apenas um médico. Nilton chegou a ligar para o telefone 156 da Prefeitura para reclamar da falta de médico, mas sequer chegou a ser atendido. O pai conta que até mesmo uma mãe que chegou com a filha na unidade com suspeita de dengue deixou de ser atendida. "Não dá ficar numa situação dessa. É um desrespeito com a população", reclamou.

De acordo com a Secretaria da Saúde (SES) a demanda maior de pacientes no período da manhã e o início da tarde de ontem, aliada à falta de um médico pediatra, ocasionou atraso no atendimento de pacientes. A SES informou, no entanto, que o atendimento à população foi feito por dois pediatras e não apenas um. A SES justificou que os profissionais se revezam na checagem e acompanhamento de pacientes no setor de observação e de transferência de pacientes, ocupando-o em outros setores da unidade.
Todas as informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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