sábado, 9 de março de 2013

Sorocaba integrará rede de combate ao câncer


Projeto será implantado em 20 meses e incluirá o hospital de tratamento do câncer infantil mantido pelo Gpaci

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) lançou ontem, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer. O programa vai ampliar as unidades que oferecem tratamento do câncer e garantir o acesso rápido e de qualidade aos pacientes.

O projeto, que será implantado em no máximo 20 meses, incluirá Sorocaba. Será uma rede de 71 unidades integradas e uma única regulação, o que beneficiará mais de 12 mil novos pacientes por mês, como detalhou o governador. "Nós teremos todo o Estado integrado na Central de Regulação de Oncologia. Um paciente lá da ponta do Estado, na barranca do rio Paraná, vai ao serviço de saúde que comunica o atendimento à Central, que, por sua vez, verifica o serviço mais próximo e, de acordo com a complexidade do caso, o melhor trabalho. Tudo gratuito e humanizado", afirmou Alckmin.

A outra novidade é que todos os hospitais receberão os mesmos protocolos de atendimento, unificando e padronizando ainda mais o tratamento. Das 71 instituições (estaduais, municipais e filantrópicas) que farão parte do Programa, 13 receberão ampliações e adequações em seus serviços, entre elas o hospital de tratamento do câncer infantil em Sorocaba, mantido pelo Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci). As outras 58 estão funcionando dentro dos padrões e serão qualificadas pela Rede, recebendo os mesmos protocolos de atendimento ao paciente com câncer oferecidos pelo Icesp.

Para a implantação da rede foram necessários dois anos de estudos para a realização do mapeamento do câncer em todo o Estado. Um Comitê de Oncologia, coordenado pelo Icesp e com a participação de 14 unidades referência no atendimento oncológico, teve a missão de levantar e apontar as principais necessidades, montando os planos de melhorias e expansão dos serviços oncológicos.

A Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer será implantada em três etapas distintas e simultâneas: adequação estrutural dos serviços, qualificação das unidades participantes e expansão da Central de Regulação. Além disso, o projeto Caminhos na Rede, idealizado para integrar o programa, levará atendimento humanizado para todos os pacientes com câncer, promovendo o acolhimento e a ética no cuidado em todos os níveis de atendimento, deslocamento e tratamento, colaborando com a melhoria do paciente.


Notícia importante


Em entrevista na manhã de ontem, no Jornal da Cruzeiro, transmitido pela rádio Cruzeiro FM (92,3 MHz), Geraldo Alckmin confirmou com exclusividade que o Gpaci receberá até o ano que vem apoio da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer. "Trata-se de um grande esforço no fortalecimento da nossa rede paulista de combate ao câncer", disse ele. Segundo Alckmin, o objetivo dessa iniciativa é ampliar o número de unidades de tratamento e garantir o acesso rápido e gratuito aos pacientes que necessitam do tratamento. "Vamos ampliar gradualmente no prazo máximo de 20 meses. A ampliação da rede para 71 unidades permitirá o atendimento de 12 mil novos pacientes por mês", destacou. Um Centro de Regulação Oncológica será responsável pela localização de vagas em toda a rede.

Ao todo, mais de R$ 190 milhões serão investidos em 13 hospitais do Estado, ampliando e adequando as áreas oncológicas das instituições, e o Gpaci está entre elas. De acordo com Alckmin, as cidades que receberão unidades especializadas em tratamento contra o câncer, nos próximos 20 meses, estão Sorocaba, Itapeva, Araçatuba, Santos, Presidente Prudente, Jales, Catanduva, Barretos, Guarulhos e Osasco. Juntas, receberão mais de R$ 100 milhões do governo do Estado para ampliações, adequações e compra de equipamentos.

Para o Gpaci, essa é uma notícia importante, pois o hospital tem um custo mensal de R$ 600 mil. O hospital oferece atendimento a crianças e adolescentes portadores de câncer com idade até 18 anos e, atualmente, assiste a 60 pacientes somente no setor de quimioterapia. O presidente do Gpaci, Carlos Camargo Costa, destacou que o hospital precisa obter o registro de unidade de alta complexidade, porque o Sistema Único de Saúde (SUS) paga o hospital como uma unidade de baixa e média complexidade, porém, desenvolve cirurgias de alta complexidade. Por isso, busca com as autoridades um auxílio para melhorar os repasses ao hospital, uma referência na área de oncologia. No começo de fevereiro, o Gpaci recebeu a visita do Secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, que ficou impressionado com a complexidade do hospital.


Regulação


Um ponto fundamental do projeto é a criação de uma Central de Regulação Oncológica, que fará o monitoramento e o gerenciamento dos serviços da Rede, encaminhando o paciente para a unidade mais próxima de sua residência. Isso será feito de acordo com a complexidade e necessidade dos casos. O novo setor será composto por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e administrativos. Inicialmente, a meta é regular 1,2 mil pacientes por mês. Até o final de 2014, quando a Rede estiver 100% implantada, o serviço irá aumentar em 1.000% o número de novos pacientes regulados no Estado. (Fernando Guimarães)

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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