quarta-feira, 17 de abril de 2013

EUA querem recontagem de votos para reconhecer Maduro


Segundo o secretário de Estado americano, o governo ainda não se posicionou

Nicolas Maduro segura lembrança religiosa com uma imagem do falecido presidente Hugo Chávez durante coletiva de imprensa no comitê eleitoral em Caracas neste domingo (14)
Nicolas Maduro segura lembrança religiosa com uma imagem do falecido presidente Hugo Chávez durante coletiva de imprensa no comitê eleitoral em Caracas neste domingo (14) - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
















Os Estados Unidos ainda não reconheceram Nicolás Maduro como presidente da Venezuela e aguardam que uma recontagem de votos esclareça a situação no país, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, nesta quarta-feira. No último domingo, Maduro foi eleito na Venezuela por uma margem pequena o suficiente para provocar protestos da oposição.
Essa avaliação ainda não foi feita pelo governo americano, disse ele à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, quando perguntado se Washington havia reconhecido o resultado das eleições de domingo. "Achamos que deve haver uma recontagem dos votos", pontuou Kerry aos legisladores.
A eleição presidencial da Venezuela teve um resultado apertado, com 50,75% a favor de Maduro e 48,97% para Capriles. A pequena diferença e as milhares de denúncias de fraude eleitoral levaram Capriles a pedir uma auditoria com a recontagem total dos votos. O Poder Eleitoral, dominado por chavistas, rejeitou o pedido, apesar de Maduro inicialmente ter dito que concordava com a recontagem.
Tensão - opositor venezuelano Leopoldo López disse nesta quarta-feira que foi emitida uma ordem de prisão contra ele e Henrique Capriles. Na noite de terça, Capriles suspendeu a marcha que havia convocado para pedir a recontagem dos votos da eleição presidencial realizada no domingo, diante das ameaças de Maduro, que prometeu "radicalizar a revolução".
Capriles, por sua vez, responsabilizou Maduro por qualquer eventual dano a sua pessoa. “O ilegítimo fala de amor, de não-violência, e mandou atacar minha residência oficial como governador de Miranda. O que quer que aconteça comigo lá, aponto como responsável Nicolás Maduro”, afirmou o opositor. Capriles convocou panelaços para pedir o fim da "perseguição contra pessoas que estão pedindo a recontagem de votos". 
Os conflitos pós-eleições já deixaram ao menos sete mortos e mais de 60 feridos.

(Com agência Reuters)
As informações são da Veja.

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