sexta-feira, 1 de março de 2013

Piratas voltam a atacar trens de carga em Sorocaba. Violência com participação de pelo menos 400 pessoas


Trens da ALL voltam a ser saqueados

Trens da empresa América Latina Logística (ALL) voltaram a ser saqueados na madrugada de ontem (28) na região no Jardim Nova Esperança. A ação tem sido constante nos últimos meses e desde o início de 2013 até agora, foram 11 vagões saqueados, cada um deles com capacidade para 50 toneladas, o que resulta em um total de cerca de 550 toneladas de prejuízos.

Ontem, cerca de 400 pessoas, entre elas, mulheres e crianças, participaram do crime, que se repete pela segunda vez na mesma semana. Foram subtraídas 50 toneladas de açúcar de diversas marcas. A ação ocorreu na altura do quilômetro 108 da malha ferroviária. Os assaltantes desengataram um dos vagões do trem a pauladas, o que fez com que o veículo parasse. Logo após, centenas de pessoas iniciaram os saques. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no plantão norte, o crime aconteceu por volta de 0h10.

Ontem mesmo a ALL realizou uma reunião onde decidiu reforçar a escolta dos trens que passam pelo local. A empresa mencionou, através de nota enviada à imprensa, que para isso, conta ainda com o apoio tanto da Polícia Militar quanto da Guarda Civil Municipal para coibir a ação de marginais. Entretanto, tanto a PM quanto a GCM informaram ao Cruzeiro do Sul que não participaram de nenhuma reunião com representantes da empresa, como fora divulgado anteriormente.

Segundo o comandante da GCM de Sorocaba, Benedito Zanin, essa é uma questão que não compete a corporação, que atua somente nos limites do município. Como a malha ferroviária é de competência estadual, a Guarda Municipal não promove ações preventivas no local. "Entretanto, em casos de flagrantes ou em uma operação conjunta com a PM, poderemos até atuar no caso", afirma Zanin. Já a Polícia Militar informou que reforçou o policiamento na região, mas quanto a uma convocação da ALL para uma discussão sobre o assunto, nada foi feito ainda. 

Hostilidade à imprensa

Duas equipes de reportagem da imprensa de Sorocaba foram hostilizadas por vândalos que saqueavam trens no Jardim Nova Esperança somente no mês de fevereiro. No último dia 7, um repórter e um fotógrafo do Cruzeiro do Sulforam agredidos com empurrões e pontapés e chegaram a receber inclusive ameaças de morte enquanto registravam um furto de uma carga de cimento praticado por cerca de 200 pessoas. Na ocasião, um funcionário da ALL também recebeu ameaças e acabou deixando o local enquanto o carregamento era transportado por moradores por meio de seus veículos. A reportagem permaneceu no local por mais de uma hora, tempo esse em que nenhuma viatura da Polícia Militar compareceu ao local.

Já na última quarta-feira, o fotógrafo Assis Cavalcante, do jornal Bom Dia, foi recebido no local a pedradas por volta das 15h enquanto registrava uma nova atitude de vandalismo. Cavalcante chegou a machucar o braço ao ser atingido por uma pedra, mas conseguiu fotografar pessoas em cima de vagões do trem com o rosto coberto por camisetas. Na oportunidade, não houve nenhum furto pois o trem estava vazio.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

Facebook apresenta nova timeline no dia 7


Por Anna Carolina Papp
Empresa mostrará o novo visual da linha do tempo em sua sede na próxima semana; versão vem sendo testada na Nova Zelândia
SÃO PAULO – Na próxima semana, o Facebook apresentará um novo visual para a sua página de linha do tempo no site. A empresa convidou jornalistas para, no dia 7 de março, conferirem a nova timeline em evento na sede em Menlo Park, Califórnia.
A versão, que já vem sendo testada na Nova Zelândia, deve trazer uma nova barra superior e uma nova disposição dos itens da timeline: as informações do usuário (como local de estudo, trabalho e cidade natal) ficarão abaixo da foto de perfil, deslocando o campo de atualização de status para a direita. Já o controle de navegação pela timeline em períodos vai o canto direito superior da página, com os anúncios logo abaixo.
Outra novidade aparece nas publicações: ao compartilhar um link de um site, aparecerá um botão para que seus amigos possam curtir não só a publicação, mas a página responsável por aquele conteúdo.
FOTOS: Reprodução/Mashable
Uma fonte próxima ao site Mashable tirou screenshots da versão atualmente testada na Nova Zelândia, que deve ser a apresentada na próxima quinta-feira pela empresa:

Fonte: Estadão.

Prefeitura de Sorocaba contrata médicos em caráter emergencial


A Prefeitura de Sorocaba abriu edital de chamamento para contratação emergencial de médicos das seguintes especialidades: Clínico Geral, Plantonista Clínico Geral, Pediatra, Plantonista Pediatra e Ginecologista. O edital foi publicado no Jornal Município de Sorocaba desta sexta-feira (1º).

A contratação será imediata e se dará por meio da análise de Curriculum Vitae e por ordem de comparecimento junto à Secretaria da Saúde no período de 4 a 15 de março de 2013, das 9h às 16h.

São 25 vagas para clínico geral, 18 para plantonista clínico geral e pediatria, e mais dez para plantonista pediatra e ginecologista.

Para se candidatar existem requisitos. Para clínico geral é preciso ter curso superior em medicina e registro no Conselho e para os demais é preciso ter curso superior em medicina e registro no respectivo conselho, acompanhado do título de especialista ou residência na área. A jornada é de 15 horas semanais.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

Barbosa prevê prisões do mensalão até julho e chama sistema penal de 'frouxo'


Advogados dos condenados dizem que ministro tem 'ânsia por celeridade' e faz 'futurologia'

FELIPE RECONDO, MARIÂNGELA GALLUCCI - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa disse na quinta-feira, 28, que as penas dos 25 condenados no julgamento do mensalão devem começar a ser cumpridas até 1.º julho deste ano. Ele afirmou, porém, que por causa de um sistema penal "frouxo" boa parte dos condenados deverá ficar na cadeia pouco mais que dois anos.
Para Barbosa, falhas do sistema penal vão reduzir substancialmente as penas dos condenados - Nelson Jr./STF/Divulgação
Nelson Jr./STF/Divulgação
Para Barbosa, falhas do sistema penal vão reduzir substancialmente as penas dos condenados
"Eu espero que até julho (sejam expedidos os mandados de prisão)", disse o ministro em entrevista a correspondentes internacionais. "Mas a minha expectativa é que tudo se encerre antes de 1.º de julho, antes das férias."
Treze dos condenados têm penas superiores a oito anos, o que os levará ao regime fechado de prisão. O restante cumprirá penas diferenciadas, como o regime semiaberto, no qual o condenado apenas dorme na cadeia.
Barbosa afirmou que espera encerrar o julgamento de todos os recursos dos advogados contra a condenação até essa data. Depois, os mandados de prisão poderão ser expedidos. "Os votos de alguns ministros ainda não foram liberados e eles ainda têm um prazo para fazer isso. Assim que todos apresentarem os seus votos, eu vou determinar a publicação, e aí começa a correr o prazo de recursos dos réus", disse. O calendário só não será cumprido, segundo ele, se houver "chicana" dos advogados.
Barbosa criticou as penas impostas pelo tribunal no julgamento do mensalão e afirmou que há um problema sistêmico na Justiça criminal. "Nosso sistema penal é muito frouxo. É um sistema totalmente pró-réu, pró-criminalidade", disse.
"Essas sentenças que o Supremo proferiu aí, de dez anos, 12 anos, no final se converterão em dois anos, dois anos e pouco de prisão, porque há vários mecanismos para ir reduzindo a pena", disse. "E, por outro lado, esse sistema frouxo tem vários mecanismos de contagem de prazo para prescrição que são uma vergonha. São quase um faz de conta. Tornam o sistema penal num verdadeiro faz de conta."
Barbosa chamou o sistema prisional de "caótico". "Isso, no Brasil, infelizmente, é utilizado para afrouxar ainda mais o sistema penal. O que eu acho um absurdo", disse o presidente do STF. "Os governantes brasileiros não dão importância a esse fenômeno que é esse sistema prisional caótico."
Apontado pelo Supremo como figura central no esquema de pagamento de parlamentares em troca de apoio político ao governo Luiz Inácio Lula da Silva entre os anos de 2003 e 2005, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de reclusão. Já o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão, foi condenado a mais de 40 anos.
O julgamento da ação penal do mensalão terminou em 17 dezembro do ano passado, após mais de 4 meses de sessões e embates entre o relator, ministro Joaquim Barbosa, e o revisor, ministro Ricardo Lewandowski. Mas o acórdão do julgamento ainda não foi publicado, pois depende da liberação de todos os votos e das notas taquigráficas, que estão sendo revisadas pelos ministros. Depois de publicada a decisão, os advogados de defesa terão prazo para recorrer.
Barbosa já antecipou o entendimento de que não serão novamente julgados os casos em que houve quatro votos pela absolvição. Advogados de defesa tentarão refazer o julgamento desses réus por meio de embargos infringentes. Um dos possíveis beneficiários seria Dirceu, condenado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Reações. O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende Dirceu, não comentou as declarações do presidente do STF.
O criminalista Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério, criticou a "futurologia" de Barbosa. "Enquanto o acórdão não for publicado, qualquer previsão não tem sustentação. Se não se souber quais os recursos interpostos e sua fundamentação, não se deve fazer futurologia na Justiça."
As informações são do Jornal Estado de São Paulo

O mandato de Dilma durou apenas dois anos. Os outros dois, agora, serão anulados tentando conseguir mais quatro. Ou: Ninguém sabe ser tão inescrupuloso quanto Lula


Mal saímos de uma campanha eleitoral, já estamos em outra. É o ritmo frenético que Lula impõe ao processo político. Não tem jeito. Ele não consegue descer do palanque. É o seu elemento. Isso mantém permanentemente mobilizadas as bases de seu partido e também força adversários e aliados a fazer escolhas precoces. Como estes não têm exatamente uma agenda própria e se colocam como meros caudatários dos comandos petistas — sim, vale também para  PSDB —, o Apedeuta pinta e borda.
Com dois ou três movimentos, Lula já colocou em xeque o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Estou entre aqueles que acham que seria saudável que se candidatasse à Presidência — embora eu também queira saber o que ele pretende e como vai dizer ao eleitorado que permaneceu por tanto tempo na barca petista até decidir romper. De toda sorte, vejo com simpatia — e isso não é segredo para ninguém — um eventual racha do condomínio liderado pelo PT. Mas, também já escrevi aqui, não aposto muito nisso.
Ocorre que Lula, de uma ignorância oceânica, é, não obstante, dotado de uma esperteza política sem concorrentes no país. Nesse particular, e só nesse, ele é dotado de mais recursos do que FHC, por exemplo. Não por acaso, já atraiu o seu adversário de divã — sim, o problema é freudiano — para o bate-boca eleitoral. Levou o PSDB a tentar antecipar a escolha, os tucanos agiram como patos, e o partido, anotem aí, ainda acabará assistindo a uma revoada de descontentes se continuar nessa marcha. Sabem por quê? Com perspectiva de poder, os políticos podem até aceitar certos atropelos e humilhações. Sem ela, por que aceitariam? E o viés, tudo contabilizado, não é exatamente de alta para o tucanato na esfera federal.
Lula chamou o PSDB para a briga, e alguém lá do ninho teve uma ideia: “Ah, vamos decidir agora, pronto! E quem não gostar que se dane!”. OU POR OUTRA: OS TUCANOS COMBINARAM TUDO COM O ADVERSÁRIO, MAS ESQUECERAM DE COMBINAR COM OS ALIADOS. Lula não aprendeu a fazer essas coisas na política partidária. Ele vem do sindicalismo, onde só há cobras criadas. Pior para quem cai na sua conversa.
O Apedeuta também leva outra vantagem sobre qualquer político: não tem nenhum escrúpulo. Não é o único. Mas ninguém é tão inescrupuloso, no que concerne aos hábitos políticos,  quanto ele. Ontem, por exemplo, como se fosse presidente da República, visitou as obras do Maracanã, acompanhado do governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), e do vice, o sr. Pezão. Falou aos operários. E qual foi o tema? Os 10 anos do PT no poder. Ou por outra: foi a um canteiro de obra pública para fazer proselitismo partidário — não sem elogiar fartamente o anfitrião, Cabral. PT e PMDB fluminenses estão em pé de guerra por causa de 2014. Mas o Apedeuta estava lá fazendo a conciliação. Assim como é muito difícil para Campos levar adiante o seu intento, a candidatura de Lindbergh não será muito fácil. Em seu discurso no estádio em obras, o ex-presidente excitou o ufanismo da massa e fez um desagravo de agravo que não houve: segundo ele, diziam (quem “diziam”?) que o Brasil não seria capaz de realizar a Copa do Mundo, mas estaríamos provando que é mentira etc. etc. etc. Bem, nunca ninguém disse isso. Lula vive atribuindo coisas a um sujeito indeterminado para que possa, então, afirmar o contrário. Está permanentemente em guerra.
De lá voou para Fortaleza para um dos eventos que marcam os dez anos da chegada do PT ao poder. Poucos estão se dando conta do quão autoritário é o espírito que anima essa comemoração. Os petistas tentam transformar o ano de 2003 numa espécie de data do calendário oficial, como se tivesse havido um rompimento da velha ordem em benefício da nova. Que velha ordem se rompeu? O Brasil já era um democracia plena, regido por uma Constituição elaborada por representantes do povo, eleitos livremente — Constituição que os petistas se negaram  homologar, destaque-se.
O PT comemora os 10 anos (tendo a certeza de mais dois que a lei já lhe assegura) como quem anuncia que virão mais quatro a partir de 2015, depois outros quatro a partir de 2019; em seguida, outro tanto…  E assim eternidade afora. “É normal, Reinaldo! Os partidos lutam para ganhar eleições!” Eu sei. Mas não é corriqueiro que transformem isso em marco inaugural. Fico cá a imaginar se os tucanos decidissem fazer seminário em São Paulo para exaltar as conquistas dos últimos 18 anos de poder PSDB — 20 em 2014…  O mundo viria abaixo na imprensa paulista: “Ora, onde já se viu?”. Aliás, nos setores “petizados” das redações, como sabem, a gente ouve falar na necessidade de “renovação”…
Essa “comemoração” liderada por Lula é um absoluto despropósito e foi só a maneira encontrada para deflagrar a campanha antes da hora — o que a Lei Eleitoral proíbe, é bom lembrar. Mas quem se importa? O inimputável pode fazer o que lhe der na telha, incluindo proselitismo partidário num canteiro de obra pública. Não reconhece instância que possa lhe botar freios.
“Ah, tudo vai às mil maravilhas com o Brasil, e fica esse Reinaldo Azevedo enchendo o saco…” Não! As coisas não vão às mil maravilhas, como sabe qualquer pessoa medianamente informada. Mas nem temos na oposição quem sem disponha a pôr o guizo no pescoço do gato nem há na situação quem consiga pôr algum freio em Lula e sua turma. Ele pressentiu que começava a haver um acúmulo considerável de críticas às irresoluções e incompetências do governo. Animal político notável, deflagrou a campanha eleitoral.
O mandato de Dilma durou apenas dois anos. Os outros dois serão anulados pelas articulações políticas para conseguir outros quatro a partir de 2015.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: Veja

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-mandato-de-dilma-durou-apenas-dois-anos-os-outros-dois-agora-serao-anulados-tentando-conseguir-mais-quatro-ou-ninguem-saber-se-tao-inescrupuloso-quanto-lula/

Cassado habeas-corpus que suspendia processo do CHS


Decisão do Tribunal libera a retomada das investigações de fraudes



Por 3 votos a 0, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) cassou ontem o habeas-corpus que em 20 de janeiro de 2012 suspendeu as investigações da Operação Hipócrates sobre supostas fraudes em plantões médicos e concorrências públicas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). A informação foi divulgada no início da noite pelo promotor de justiça Welington dos Santos Veloso, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

O habeas-corpus foi cassado em decisão dada por três desembargadores do TJ-SP. Segundo Welington, o TJ-SP considerou válidas as provas do processo e afastou todas as alegações das defesas dos denunciados de que as provas seriam ilícitas. O voto do relator do processo dado em 17 de dezembro, acrescentou Welington, "foi bastante contundente quanto à validade e licitude das provas". Sua expectativa era de que os dois outros desembargadores acompanhassem o voto do relator, o que acabou acontecendo ontem.

A decisão do TJ-SP de ontem foi concluída após três adiamentos. Em 17 de dezembro, após o voto do relator, um dos desembargadores pediu vistas do processo e novo julgamento foi marcado para 7 de fevereiro de 2013. Neste dia, um dos desembargadores faltou na sessão e houve novo adiamento para 21 de fevereiro. Também nesse dia um deles faltou e nova data foi programada para ontem, quando finalmente se completaram os votos dos três magistrados.

Agora, segundo Welington, o TJ-SP comunicará a decisão de ontem à 3ª Vara Criminal de Sorocaba, que decidirá os próximos passos do processo. A paralisação em 20 de janeiro de 2012 ocorreu num momento em que a 3ª Vara Criminal recebia as defesas dos denunciados para avaliação. O passo seguinte seria a aceitação ou não da denúncia feita pelo Ministério Público contra os acusados.


48 acusados


O Ministério Público ofereceu denúncia em 17 de outubro de 2011 contra 48 pessoas e entre elas havia 19 médicos, 3 dentistas, 1 farmacêutico, 12 enfermeiros, 1 auxiliar de enfermagem, 5 funcionários e ex-funcionários, 7 empresários e o ex-secretário de Esportes do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), o médico Jorge Pagura. O Gaeco informou os principais nomes dos acusados de irregularidades e entre eles estavam os ex-diretores do CHS: Ricardo José Salim, Sidnei Abdalla, Antonio Carlos Nasi e Heitor Consani. E também o coordenador de serviços de saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Ricardo Tardelli.

O escândalo da Operação Hipócrates foi deflagrado em em 16 de junho de 2011, após investigação conjunta do Gaeco e do Grupo Antissequestro (GAS) da Polícia Civil, e consistiu em 12 prisões naquele dia - dias depois, todos foram liberados. Passados 4 meses, em 17 de outubro de 2011, o MPE ofereceu denúncia contra as 48 pessoas por crimes de formação de quadrilha ou bando, peculato, falsidade ideológica, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva e homicídio. A peça de denúncia tinha 420 páginas.

Em 20 de janeiro de 2012, uma liminar obtida pelo empresário Edson Brito Aleixo, contratado para fornecer próteses ao CHS, suspendeu o andamento do processo. "Concedo a liminar apenas para suspender o processo até o final (do) julgamento do habeas-corpus", decidiu um desembargador (decisão monocrática) da 15ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Foi esta decisão que foi revertida ontem.


Plantões e licitações


As investigações foram feitas em conjunto pelo Gaeco e o GAS e investigaram denúncias de plantões recebidos e não trabalhados e irregularidades em licitações. Os policiais e promotores encarregados da investigação concluíram que pelo menos 65.430 pessoas deixaram de ser atendidas no CHS, entre 2009 e 2011, por falta de profissionais que recebiam para cumprir plantões e estavam ausentes.

O Gaeco também denunciou um médico por homicídio culposo (aquele em que não há intenção), porque deveria estar e não compareceu em um plantão no qual um homem precisou de atendimento de endoscopia e morreu. Ele chegou às 4h de um dia de carnaval (não determinado), recebeu os primeiros atendimentos somente às 9h e não resistiu.

Os dois tipos de irregularidades (plantões e licitações), segundo o Gaeco, representam um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 20 milhões - valor que correspondeu a 15,38% do orçamento anual do CHS em 2011, que era de aproximadamente R$ 130 milhões. No inquérito, os números impressionaram: 70 volumes, correspondentes a 13.907 páginas, mais 97 volumes de material anexo (19.400 páginas), tudo isso somando um total de 167 volumes e respectivas 33.307 páginas.

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

Brasileiro tem visão positiva dos empreendedores



Pesquisa da Endeavor Brasil revela que 3 em cada 4 brasileiros prefeririam ter um negócio próprio a ser funcionário de uma empresa.
Aproximadamente 88% da população brasileira reconhece os empreendedores como geradores de emprego. O número é o mesmo nos Estados Unidos e quase 20% maior do que no Japão. Em meio às melhores percepções sobre o empreendedorismo, as pessoas entendem ainda que ter um negócio próprio é assumir responsabilidades, poder oferecer oportunidades, “colocar a mão na massa”.
Essas informações fazem parte do pré-lançamento da Pesquisa Empreendedores brasileiros: Perfis e percepções, divulgada em fevereiro de 2013 pela equipe da Endeavor Brasil, com o apoio da Ibope Inteligência.
Com o intuito de registrar os perfis empreendedores no país e compará-los com a população como um todo, foramentrevistados proprietários de micro, pequenas e médias empresas de todos os setores, potenciais empreendedores e até mesmo jovens e adultos que não pretendem abrir um negócio próprio.
A partir do estudo, destaca-se uma impressão geral: os brasileiros veem o empreendedorismo com bons olhos e consideram esta atividade benéfica para o país em vários aspectos.
Muita vontade e pouca ação
Mais do que a visão otimista sobre o papel do empreendedor, a pesquisa identifica também que o brasileiro realmente deseja empreender. Neste quesito, o país tem a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas da Turquia (segundo dados do Eurobarometer).
A amostra da Endeavor revela que 3 em cada 4 brasileiros prefeririam ter um negócio próprio a ser empregado ou funcionário, enquanto metade dos americanos tem a mesma ambição. Além disso, 52% dessa população acredita ser provável ou muito provável que se torne empreendedor em um horizonte de 5 anos.
Por que, então, apenas 4% dos brasileiros são empreendedores com funcionários (aqueles com maior sucesso profissional e mais escolarizados)?
Falta de recursos
Um dos principais impedimentos para começar, segundo a pesquisa, é a falta de recursos financeiros. Entre aqueles que acham pouco provável empreender no futuro, 66% diz que esta é a principal razão para isso – um dos maiores índices em todo o mundo.
Como termômetro, a pesquisa lança mão da seguinte pergunta: “O que você faria se ganhasse R$ 50 mil?”, à qual a maioria responde que iniciaria um negócio ou compraria uma casa, em troca das opções: poupar dinheiro, gastar em coisas que sempre quis e trabalhar menos ou parar de trabalhar.
Apesar disso, no Brasil, outros riscos da atividade empreendedora parecem ser subdimensionados, como perder a propriedade, falir ou gastar muita energia ou tempo de trabalho.
O empreendedor do futuro
De acordo com a pesquisa, o futuro empreendedor brasileiro, embora seja mais jovem, guarda características semelhantes as do empreendedor com funcionários. Ambas as categorias são mais escolarizadas e empreendem mais por oportunidade do que por necessidade, ou seja, têm maior convicção em relação à atividade. Além disso, a sua renda familiar é mais elevada e o acesso aos bens de consumo, maior.
Esta é, portanto, a nova cara do empreendedorismo no Brasil e um sinal muito positivo para o futuro do país.
 Fonte: Endeavor

Lula, Lulincoln da Silva, surto de megalomania

O surto de megalomania inspira mais uma pedagógica manchete do Diário do Comércio

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Diário do Comércio voltou a mostrar aos concorrentes, nesta quinta-feira, como se faz uma primeira página. AGORA, LULINCOLN DA SILVA, resume a manchete principal, ilustrada pela fotomontagem que coroa a cabeça do palanque ambulante com uma superlativa cartola ─ marca registrada do estadista que aboliu a escravidão e impediu o esfacelamento dos Estados Unidos. Subtítulo: A boa notícia é que Lula está ‘lendo muito’ (convidados da festa de 30 anos da CUT gargalharam, ao ouvi-lo’). A ruim é que ele agora encarna o presidente Abraham Lincoln.
O diário dirigido pelo jornalista Moisés Rabinovici complementa a aula com a segunda manchete: Veja o PT censurando o cartaz do Mensalão. Na foto ao lado, dois funcionários do partido carregam para os porões do Congresso um painel, instalado pela oposição, que lembra a grande roubalheira descoberta em 2005. Compreensivelmente, o ano foi excluído da exposição em que o PT festeja as proezas que jura ter protagonizado desde o nascimento em 1980.
As duas notícias ficaram fora das primeiras páginas do Estadão, daFolha e do Globo. Os três maiores jornais do país confinaram em espaços mofinos ─ e, pior ainda, trataram como se fossem coisa séria ─ duas brasileirices singularíssimas. Mesmo no País do Carnaval, não é todo dia que um surto de megalomania faz um chefe de seita enxergar Abraham Lincoln quando se olha no espelho. Nem pode ser reduzido a irrelevância rotineira o roubo de um painel que denuncia o sumiço de um ano inteiro.
São fatos que merecem manchete. E merecem o tratamento sarcástico que ilumina a primeira página do Diário do Comércio. Os vigaristas que debocham do Brasil decente reagem a acusações gravíssimas e denúncias de grosso calibre como se fossem confrontados com a previsão do tempo. Só se sentem atingidos no fígado quando o calibre da bala é engrossado pela ironia impiedosa.
Editores de jornais vivem se queixando da falta de leitores. Como demonstra o confronto das primeiras páginas desta quinta-feira, o que falta é argúcia, independência intelectual, coragem e talento.

Credibilidade da política fiscal brasileira está na UTI


Para especialistas, governo deixou para agir no fim de 2012, tomou decisões ruins, como o uso de recursos do Fundo Soberano, e não foi transparente

Benedito Sverberi
presidente da República, Dilma Rousseff, participa de café da manhã com jornalistas em 27 de dezembro de 2012
Dilma Rousseff, ao optar por subterfúgios fiscais, caminha em terreno delicado (Gustavo Miranda/Getty Images)
O ano começa com um péssimo presságio para a condução da política econômica. Analistas ouvidos pelo site de VEJA avaliam que a decisão de arranjar recursos de última hora para cumprir a meta de superávit primário de 2012, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), põe em xeque a credibilidade da política fiscal do país. A avaliação geral é que o governo federal goza, hoje, de posição orçamentária relativamente confortável - o que até lhe permitiria fazer um esforço fiscal menor. Bastaria anunciar uma meta menos agressiva e justifica-la de forma detalhada. A conjuntura internacional adversa e os desafios que este quadro impõe à economia doméstica seriam explicações mais que suficientes, dizem os especialistas. Contudo, a presidente Dilma Rousseff optou por agir de forma obscura. Seu governo deixou as ações para os últimos dias úteis de 2012 e tomou decisões inadequadas, como o uso de recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Ao fim e ao cabo, fica a percepção de que o Brasil caminha para voltar a ser um país em que o improviso e o descaso com a transparência das contas públicas são, sim, a regra.
Ano desafiador – Felipe Salto, economista da consultoria Tendências, reconhece a boa intenção do Palácio do Planalto em reduzir o compromisso fiscal em 2012 para promover crescimento econômico e controlar a inflação. Ele citou, como exemplo, o fato de o governo ter zerado a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na bomba de gasolina para que o reajuste no preço do produto não pesasse no bolso do consumidor. Lembrou também da importância da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para estimular a indústria. O problema, segundo ele, é que o governo tomou seguidas medidas sem observar, com inteira clareza, os efeitos dessas medidas sobre a arrecadação. “Reduzir [impostos e, consequentemente, a arrecadação] pode ser bom, mas não sem planejamento. O governo precisa assumir um compromisso efetivo na construção de uma reforma tributária”, defendeu.
A impressão que o Planalto transmitiu ao mercado foi que acordou, de maneira muito tardia, para a distância que teria de percorrer para entregar um superávit minimamente próximo da meta. Para se ter ideia, ante uma economia anual prometida de 139,8 bilhões de reais, o governo viu-se em dezembro diante do desafio de arranjar recursos para cobrir nada menos que 40% da meta.
A melhor saída – Ante a impossibilidade de entregar o primário prometido, os especialistas ouvidos por VEJA foram unânimes em afirmar que teria sido melhor ter o governo utilizado a mais simples das soluções: admitir que o objetivo não seria cumprido. “O que a presidente poderia ter feito era não cumprir a meta e justificar. Dizer que o ano foi um ano difícil, por exemplo. Seria mais transparente, mesmo faltando 50 bilhões de reais para cumprir a meta”, declarou Raul Velloso, especialista em contas públicas. “É melhor reduzir a meta do que usar subterfúgios cada vez menos transparentes e de difícil previsão sobre qual é o real superávit primário”, acrescentou José Marcio Camargo, economista da gestora de recursos Opus e professor da PUC-Rio.
Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor do Departamento de Economia da PUC-SP, o governo possui hoje melhores condições para, se necessário, ter de reduzir o esforço fiscal. Ele explica que, com a queda da Selic, também diminui a pressão por receitas para equilibrar a dívida porque se gasta menos para financiá-la. “Não vejo isso como um comprometimento do arcabouço da política macroeconômica. O principal desafio agora é retomar as condições de crescimento e de investimentos”, disse. Os especialistas explicaram que o país possui atualmente uma relação de endividamento enquanto proporção do PIB mais aceitável. Também por isso pode se dar ao luxo de, em um ano ou outro, não cumprir a meta fiscal – sem que isso comprometa a saúde das contas públicas.
Fundo Soberano – Um dos pontos mais criticados nas decisões tomadas na virada do ano para tentar cumprir, ao menos no papel, a meta fiscal foi o uso dos recursos do Fundo Soberano. A alternativa foi considerada oportunista e a prova de que o Planalto perdeu o rigor técnico. “Ninguém vai aceitar isso. Já não engoliram o artifício de descontar da meta os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É mais difícil ainda engolir que uma receita que entrou em 2008 possa ser recuperada e introduzida no fluxo de 2012”, criticou Velloso. 
“Usar esse recurso no último dia do ano de 2012, quando ficou claro que o superávit se deteriorou fortemente, equivale a uma medida oportunista. Se fosse uma política anticíclica, as medidas deveriam ter sido previstas no orçamento de 2011 e não pegar todo mundo de surpresa”, disse Salto. O FSB, após a operação, perdeu 12 bilhões de reais e hoje conta com capital de 2,85 bilhões de reais.
A triangulação financeira – com transferência de ações da Petrobras pertencentes ao FSB para o BNDES em troca de títulos públicos – foi interpretada pelos analistas com uma tentativa de criar uma peça de ficção. “Querer mostrar algo que não se tem não dá”, declarou Velloso. Na opinião do especialista, a presidente Dilma, ao não cumprir o primário proposto no Orçamento, poderia vir a público e explicar todas as hipóteses que o governo considerou. Ela poderia, por exemplo, ter revelado quais seriam os possíveis superávits para as diferentes taxas de expansão do PIB. Contudo, a opção foi por acabar com a transparência.
Conquistas em xeque – A perda de qualidade no planejamento e a opção por manobras contábeis transmitem aos investidores a mensagem de que as regras do jogo hoje valem menos. Pior que isso. É cada vez mais presente a percepção de que consegue quem “chora mais” no colo do governo, como aconteceu, por exemplo, com a indústria. 
Na prática, só o que a presidente Dilma e sua equipe econômica tem conseguido são quedas consecutivas na taxa de investimento – a última divulgação do PIB revelou que essa variável sofreu retração por cinco trimestres consecutivos, num claro sinal de perda de confiança na economia nacional. Além disso, o governo conseguiu levar o país a uma inflação média mais alta, em torno de 5,75%.
2013 – Camargo, da PUC-Rio, acredita que o governo deve cumprir formalmente a meta de 2012 graças às manobras contábeis e já enxerga dificuldades no horizonte. Este ano já começa, segundo o economista, com nível elevado de gastos e com baixo crescimento da economia – ele espera um PIB de apenas 2,6% para 2013 –, e sem sinal claro de que as desonerações tributárias terão redução expressiva. “Já há sinais vindos do próprio governo que não são positivos sobre a capacidade de atingir a meta. Eles publicaram uma medida provisória para as empresas públicas transferirem dividendos ao governo usando expectativas [de dividendos] e não o resultado efetivo”, alertou.
Diante disso, o professor aconselhou que o governo se adiantasse e fixasse, desde já, uma meta menor. No projeto do Orçamento para 2013 – que será votado somente em 5 de  fevereiro – consta, entretanto, o valor de 3,1% do PIB a ser perseguido como superávit fiscal, isto é, o mesmo valor dos últimos anos. Salto, da Tendências, diz que reduzir esse porcentual não seria complicado. Bastaria que o Planalto enviasse ao Congresso um projeto de lei para alterar a lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
Lacerda, por outro lado, projeta um cenário benigno para os próximos meses. Na avaliação dele, a situação fiscal do país deve melhorar, uma vez que a atividade econômica se recuperará e pode até ocorrer de haver aumento no montante destinado ao FSB.
Credibilidade – O balanço entre a má notícia de 2012 e os planos para este ano revela que a Presidência da República caminha em terreno delicado no que compete à avaliação que os investidores – destacadamente os estrangeiros – podem fazer da seriedade da condução da política fiscal brasileira. “O Planalto mina crescentemente a credibilidade dos resultados fiscais, que são uma conquista importante do Brasil. Não consigo imaginar que uma pessoa como a presidente Dilma, que tem formação econômica, não tenha se dado conta disso”, afirmou Velloso. “Eu faria o jogo da verdade, pois, nessa seara fiscal, credibilidade é tudo. A gente só sabe o quão importante é quando a perde”, destacou.
(com reportagem de Ana Clara Costa, Ligia Tuon e Naiara Infante Bertão)
Fonte: Veja

2012, o ano em que o PIB do Brasil não aconteceu


Desempenho da economia no ano passado relembra o período pós-crise, de contração do PIB, em 2009. Analistas, contudo, estão longe de prever um 2013 de crescimento robusto, como foi em 2010, quando o país cresceu 7,5%

Ligia Tuon
Dilma Rousseff durante a cerimônia de assinatura do Compromisso Nacional para Melhoria das Condições de Trabalho na Indústria da Construção no Palácio do Planalto, em Brasília
Dilma Rousseff: Brasil cresceu em média 1,8% durante o governo da presidente (Ueslei Marcelino/Reuters )
O governo da presidente Dilma Rousseff pode ser estigmatizado por inúmeros acontecimentos políticos e econômicos que ocorreram nos últimos dois anos, como a faxina ministerial, o silêncio sobre o mensalão, a inflação alta, o intervencionismo e a truculência. Mas, talvez, nenhum desses feitos fique mais latente na memória da população do que o Produto Interno Bruto (PIB) quase estagnado – o famoso ‘pibinho’. O crescimento econômico médio da gestão Dilma até 2012 deve ficar em 1,8% - o pior resultado desde o governo Collor e o crescimento mais baixo desde a era Vargas, segundo dados da consultoria MB Associados.
Poucos cidadãos, inteirados ou não sobre economia, conhecem a fundo os detalhes das Contas Nacionais, que serão anunciadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dentro de algumas horas. Mas todos, certamente, engolirão a seco a sensação frustrante de viver em um país cujo PIB, nos últimos dois anos, insiste em não crescer – justamente no momento em que a crise mundial dá sinais de melhora.
A oferta em baixa, os investimentos no campo negativo e as dificuldades enfrentadas pela indústria devem fazer com que o Brasil apresente, em 2012, um dos piores resultados anuais do PIB desde 2009, quando o país ainda sofria os impactos imediatos da crise econômica mundial – que foi difundida a partir da crise imobiliária nos Estados Unidos. Apesar de as estimativas mais otimistas para o crescimento econômico no quarto trimestre de 2012 levarem a um resultado anual de 1%, ainda fica abaixo do que especialistas projetavam no começo do ano - algo em torno de 3% - muito aquém dos 4,5% esperados pelo governo à época.
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Com reformas de Dilma, Brasil não é mais porto seguro


Sem investimentos - Um fator importante que explica a desaceleração da economia no ano passado é a taxa de investimento em queda. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador do IBGE que mede o nível de investimentos na atividade, recuou 4,2% no período, segundo estimativas - a primeira queda desde 2009, quando a taxa ficou negativa em 6,7%. “A partir do momento em que há uma estimativa de crescimento menor para a economia e nenhum sinal evidente de avanço na competitividade, as empresas acabam pisando no freio para desenvolver projetos”, analisa Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Entre os fatores que espantaram a ânsia de investimentos dos empresários no ano passado estão as medidas intervencionistas do governo, o protecionismo, os altos custos salariais – apesar de importantes desonerações estarem em curso -, e a falta de infraestrutura. O ‘Custo Brasil’ ainda não foi combatido e continua tirando a competitividade da indústria brasileira. “São muitos os fatores que justificam o fato de uma empresa pensar duas vezes antes de investir no Brasil”, diz Vale.

Indústria segue na berlinda – O setor industrial já teve anos melhores. A estimativa de especialistas é que, por trás de um PIB anual com alta de 1%, haja uma queda de 0,7% no resultado da indústria - o primeiro recuo também desde 2009, quando o desempenho ficou negativo em 5,6%. O excesso de estoques remanescentes de 2011 também são responsáveis, segundo especialistas, pelo desempenho industrial ruim de 2012. “Estimamos que a questão dos estoques deve ter roubado quase 1% do PIB de 2012”, afirma Bráulio Lima Borges, economista-chefe da área de macroeconomia da LCA. “Além de o consumidor colocar o pé no freio, o empresário comprou menos máquinas e o resto do mundo consumiu menos produtos brasileiros”, explica.
O PIB agropecuário tampouco ajudou na melhora econômica do ano passado. A estiagem que atingiu o Brasil, a Argentina e os Estados Unidos ao longo do ano dizimou plantações de soja, milho e trigo. Com isso, a estimativa é que o resultado do setor tenha retraído 1,5% em 2012. “Quando o PIB agropecuário cai, arrasta uma parte da indústria (especificamente a agroindústria - que esmaga e processa a soja), o que também tem impacto no consumo e nos investimentos”, explica Borges.

2013 pode ser diferente - Com o ano novo, as expectativas são renovadas – e, pela primeira vez no governo Dilma, o Palácio do Planalto prevê um crescimento relativamente em linha com o mercado – em torno de 3%. “Não é um salto grande, mas já podemos começar a falar em recuperação”, diz Vale, da MB Associados. As desonerações anunciadas, a redução da conta de luz das empresas e a retomada das privatizações devem trazer algum alento ao marasmo econômico. “Um bom termômetro para isso são as consultas que os empresários fazem ao BNDES para pegar empréstimos”, explica Borges, da LCA. Em 2010, o montante de consultas totalizava 255,9 bilhões de reais. Em 2011, o volume caiu para 195,2 bilhões de reais. Mas, em 2012, elas fecharam o ano em 312,3 bilhões de reais.

Devido ao desempenho ruim dos investimentos no ano passado, o governo começou a tentar estimular o setor de infraestrutura - que é um dos grandes motores do crescimento - apenas na segunda metade do ano, com a retomada das concessões, redução drástica do valor energia elétrica e desoneração de folha de pagamentos. A expectativa é que essas medidas tenham impacto positivo no PIB de 2013. “Considerando que, entre a consulta e o desembolso, há um prazo médio que vai de 6 a 9 meses, podemos esperar um aumento de 8% nos investimentos este ano”, prevê Borges.
Contudo, nem se a economia crescer os 3% esperados, a presidente perderá o título de "autora" do segundo pior resultado econômico dos últimos 60 anos entre os governos brasileiros. Dilma ocupa a posição com certa folga e terá de fazer mágica até 2014 - ano eleitoral - para conseguir reverter esse resultado. A corrida já começou.

Com Dilma, PIB tem segundo pior resultado dos últimos 60 anos

Desde os dois primeiros anos do segundo governo Vargas, em 1951, o único presidente que levou o PIB a patamares mais baixos do que Dilma foi Fernando Collor.
Obs. Os números são de crescimento do PIB e se referem à soma das porcentagens de crescimento dos dois primeiros anos de cada governo.

PIB em %Getúlio Jusceli... Médici Geisel Figueir... Sarney Collor  FHC Lula Dilma
Fonte: Ipeadata Elaboração e projeção: MB Associados
Fonte: Veja

Apreensão de drogas e prisão de traficante, em Boituva.


Após receber denúncia anônima pelo Disque-Denúncia (181), a Polícia Civil solicitou mandado de busca domiciliar em residências do Bairro Novo Mundo, em Boituva. A Justiça concedeu o mandado.

 No final da tarde de quinta-feira (28/02) policiais militares, agentes da Guarda Municipal e da Polícia Civil cumpriram o mandado de busca domiciliar e localizaram aproximadamente 4 quilos de cocaína, maconha e crack.

 O morador que inclusive havia saído da prisão no final do ano passado está preso sob acusação de tráfico de entorpecentes. A polícia ainda apreendeu R$ 3.100.

Na residência haviam três cães de guarda, sendo dois da raça pitbull.  O acusado foi apresentado no Distrito Policial da cidade, mas deveria ser encaminhado para uma cadeia da região.

Quem comete crime está sujeito a “pão de angústia” e “água de amargura”.

Fonte: Blog do Toni Silva.

Estrada federal já tem defeito um mês após a entrega, afirma TCU


DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

Obras em rodovias federais por todo o país são feitas com má qualidade e apresentam defeito até um mês depois de entregues pelas construtoras.
A constatação é do TCU (Tribunal de Contas da União) após auditoria sobre a qualidade da construção de rodovias federais administradas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O órgão de controle analisou 11 obras entregues entre 2011 e 2012 e 942 quilômetros de rodovias foram percorridos com aparelhos especiais para medir a resistência e a regularidade do asfalto.
Das 11 vias pesquisadas, 10 apresentaram problemas como afundamentos, trincas, desgaste, deslocamento de pistas e buracos.
Em um caso específico, a BR-230 (Maranhão), os problemas de resistência do piso foram constatados um mês após a obra ter sido entregue. No trecho de 91 quilômetros analisado pelos técnicos, 35% tinham defeitos.
Em geral, as obras são contratadas para durar de cinco a sete anos, com garantia de qualidade assinada em contrato. Todas as vias pesquisadas foram entregues havia menos de 13 meses.
No caso de outra estrada do Maranhão, a situação é ainda pior --cinco meses após a entrega. Nos 320 km analisados, 82% tinham defeitos de resistência, 13%, problemas de regularidade.
Na BR-116 (Ceará), 63% do pavimento estava com problemas de resistência seis meses após concluída.
"Esse fato [o curto espaço de tempo entre o fim da obra e a análise] reforça a tese de que os problemas constatados correram em decorrência da má qualidade dos serviços executados, e não do período de utilização da obra", aponta o relatório do TCU.
Nas nove estradas em que o asfalto apresentou defeitos de resistência, 47% dele (408 km) tinha problemas. Caso tenham que ser refeitos, o prejuízo estimado pelos técnicos seria de R$ 158 milhões.
Além dos problemas de resistência, cinco estradas apresentaram problemas de regularidade do pavimento.
Para os técnicos, esses dois problemas fazem reduzir a vida útil da estrada e causam prejuízo aos cofres públicos.
Somente uma estrada não tinha problema, a BR-392 (Rio Grande do Sul).

Fonte: Folha de São Paulo

Cardeais brasileiros cobram acesso a dossiê


Sucessão PapalBERNARDO MELLO FRANCO
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADOS ESPECIAIS A ROMA





O cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, um dos cinco brasileiros que participarão do conclave, afirmou ontem que cobrará acesso ao relatório secreto entregue a Bento 16 com informações sobre escândalos na igreja.
Nesta semana, a Santa Sé informou que o dossiê do chamado caso Vatileaks, feito por três cardeais a pedido do agora papa emérito, só será conhecido pelo novo pontífice.
Dom Geraldo, arcebispo emérito de Salvador, disse ser contrário ao sigilo e defendeu que as conclusões do relatório sejam informadas antes do conclave a todos os 115 cardeais votantes.
"Eu acho que devia ser, se é que temos um dossiê grande. Devia ser comunicado. Que esses três cardeais passassem para nós, antes do conclave", defendeu. "Se houve uma comissão e eles apresentaram um parecer, nós vamos querer saber."
Segundo a revista italiana "Panorama" e o jornal "La Repubblica", o dossiê descreveria uma rede de corrupção e prostituição homossexual na Santa Sé e teria sido determinante na saída do papa.
O Vaticano confirmou a existência do relatório, mas negou a versão da imprensa.
O cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB e membro do conclave, disse à Folha esperar receber ao menos um resumo do texto antes de votar. "Os cardeais devem ter conhecimento do que é necessário".
"O importante é ter uma noção do que é fundamental neste documento. Por enquanto, só estou acompanhando pelos jornais."
D. ODILO
Constantemente citado entre os prováveis substitutos de Bento 16, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, disse que é "fantasia" achar que já existam candidatos a papa e que as definições só devem começar com as reuniões entre os cardeais.
"Dizer que, antes do conclave, já tem os candidatos prontinhos, faz parte da fantasia --que a gente compreende muito bem, mas não é a realidade do que significa, daqui pra frente, o trabalho do colégio cardinalício", disse à Rádio Vaticano.
"Daqui a uns dias, os cardeais começarão a se reunir (...) para uma grande tomada de consciência da situação da igreja". "Naturalmente, no meio de todas essas considerações, vai se esculpindo também o perfil daquele que deve assumir o papel de sucessor de Pedro."
Dom Geraldo disse ter cinco possíveis candidatos em mente e que o conclave, previsto para o início de março, começará sem favoritos. "Agora não temos ninguém que se sobressaia. Estão todos mais ou menos nivelados".

Fonte: Folha de São Paulo