sábado, 11 de maio de 2013

Casa de prostituição em bairro nobre cobrava R$ 250 a hora


Sorocaba
 

Policiais civis recolheram os pertences dos funcionários antes que a casa fosse lacrada (Foto: Fernando Rezende)
 

 
LUXO SEM SUSPEITAS

Uma casa de alto padrão no Parque Campolim foi lacrada, na tarde de ontem, por fiscais da Prefeitura Municipal durante o desdobramento de uma investigação feita pela Polícia Civil, por meio de agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Conforme os investigadores e fiscais, a casa, localizada na rua Avelino Agnello Rosa, era utilizada para prostituição e comércio ilegal, já que não possuía inscrição municipal para a venda dos produtos. O responsável pelo estabelecimento ainda estava sendo identificado.

O delegado José Humberto Urban Filho ressaltou que a ação conjunta da Polícia Civil com o setor de Fiscalização da Prefeitura foi possível graças às inúmeras denúncias anônimas, e por escrito, que chegaram aos agentes apontando o crime na casa de luxo. Monitorada por câmeras, com muro alto e portão elétrico todo fechado, a casa não despertaria suspeitas se não fossem as denúncias. “O bairro é de alto padrão, a casa tem clientes com dinheiro e tem uma localização discreta. Por isso as denúncias foram tão importantes nesse caso.”

Duas mulheres, uma de 27 e outra de 36 anos, foram retiradas da casa durante o trabalho dos fiscais em lacrar o imóvel. Com seus pertences, elas foram encaminhadas à DIG para prestar esclarecimentos e em seguida foram liberadas. Junto com elas, mais dois funcionários do local também foram ouvidos pela polícia. De acordo com o delegado, até o início da noite de ontem o responsável pelo imóvel ainda estava sendo identificado para ser autuado. 

Os policiais apreenderam máquinas de cartão, panfletos e comandas com os variados preços dos produtos oferecidos no local. Segundo Urban, o site da casa vai ajudar na identificação do responsável pelo endereço e de outras mulheres que trabalhavam no local. Quem tiver informações sobre outras casas de prostituição e quiser denunciar pode se dirigir até a rua Pernambuco, 100, uma travessa da avenida Dr. Eugênio Salerno, onde atende o setor de fiscalização da Prefeitura; ou na DIG, situada no número 3.303 da avenida Dom Aguirre.

OCORRÊNCIA ANTERIOR – Em fevereiro passado, outra casa de prostituição, no Jardim Imperador, já havia sido fechada pelas duas equipes, após recebimento de um abaixo-assinado. Naquela ocasião, quatro mulheres e um homem identificado como gerente foram ouvidos pelos policiais da DIG e liberados. 

No abaixo-assinado, havia 28 denunciantes apontando que o prostíbulo de alto padrão, situado na rua Ângelo Verrone, funcionava desde outubro. Pelo site da casa, era possível agendar os programas com as mulheres que, segundo apurado pelos policiais civis, cobravam em torno de R$ 200 a R$ 300. A entrada era R$ 30 e o cliente ainda pagava para consumir dentro do local a preços que variavam de R$ 5 para uma garrafa de água até R$ 120 por uma garrafa de vinho.

As informações são do jornal Diário de Sorocaba.

Congresso tem 108 emendas à Constituição 'esquecidas'


Sem consenso ou relevância, propostas de deputados e senadores buscam todos os tipos de alterações na Constituição - e ficam décadas estagnadas

Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
Plenário da Câmara Federal em Brasília
Plenário da Câmara Federal em Brasília (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
Em vigor desde 1787, a Constituição dos Estados Unidos teve 28 emendas; a brasileira, de 1988, já contabiliza 72
A aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), no último dia 24, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mostrou o quão longe radicais e réus do PT no mensalão estão dispostos a ir para amordaçar o Poder Judiciário. Um grupo de deputados, entre eles dois condenados pela Justiça que sequer deveriam estar no Congresso, os petistas João Paulo Cunha (SP) e José Genoino (SP), aproveitou uma reunião vazia da CCJ para fazer avançar uma tentativa de golpe à Constituição e à independência entre os poderes. A manobra abriu uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) até que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu jogar água na fervura. Sem meias palavras, o peemedebista anunciou que a PEC petista terá o mesmo destino de outras dezenas: ficará esquecida na gaveta do Legislativo.
Assim como a proposta petista, que pretende submeter decisões do Supremo ao Congresso, um grande número de emendas à Constituição apresentadas por deputados e senadores permanece décadas engavetado, seja por falta de amarração política, amparo jurídico ou, como no caso da PEC petista, bom senso e apreço à democracia. Segundo cálculos da direção da Câmara, a fila contabiliza hoje outras 108 emendas à espera de análise por uma comissão especial.
Para chegar à promulgação, a PEC precisa enfrentar um longo rito. Após a aprovação na CCJ, que dá aval justamente à constitucionalidade da proposta, o passo seguinte é a criação de uma comissão especial para discutir detalhadamente as alterações sugeridas. Na Câmara, porém, 93 PECs já aprovadas pela CCJ ainda aguardam a criação das comissões especiais. Outras quinze esperam a indicação de seus integrantes e uma já está instalada, mas não começou a funcionar de fato. 
Há situações ainda mais inusitadas em que o parlamentar encerra o mandato ou morre sem ver seu projeto levado adiante. Uma das propostas mais antigas na lista, a obrigatoriedade do serviço civil para isentos do serviço militar, aguarda criação de uma comissão especial desde 1998. O autor é o ex-senador baiano Antônio Carlos Magalhões, morto em 2007. Nesses casos, o texto tem de ser desarquivado para ter continuidade.
Para o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), faltam critérios para definir quais projetos terão prioridade. O tucano é autor de uma proposta que proíbe a privatização da Petrobras, medida colocada na geladeira há quase dois anos. Para ele, a morosidade é proposital. “O objetivo do meu texto é acabar com essa brincadeira do PT em atribuir ao PSDB a ideia de privatizar a Petrobras. Além disso, o país passa por um momento delicado e seria um período fértil para discutir os rumos da estatal”, justifica o parlamentar. Para acelerar o processo de formação das comissões especiais, Leite sugere que seja formado um colegiado para discutir temas diversos com assuntos correlatos.

Sem relevância – O próprio Nazareno Fonteles (PT-PI), autor da desvairada tentativa de amordaçar o STF, criou outra proposta controversa: quer incluir na Constituição, entre as atribuições do Congresso, "sustar os atos normativos dos outros poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa". O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça em abril do ano passado.

Na lista de temas sem consenso, também está uma proposta que torna o voto facultativo - a PEC está parada há mais de dois anos e o autor da medida, o deputado federal Pedro Irujo (PMDB-BA), aposentou-se em 2007.

Mais um tema que dificilmente será levado adiante é o que reserva percentual de cargos e empregos públicos para os residentes em municípios de até vinte mil habitantes, do deputado Efraim Filho (DEM-PB). Na proposta, o parlamentar aponta a concentração de recursos no centro do país e ainda prevê facilidades para os jovens que estão em busca do primeiro emprego, dando-lhes oportunidades “sem a necessidade de migrar para os centros urbanos que já se encontram saturados nos mais diversos âmbitos”.

Um dos fortes candidatos ao prêmio de pior proposta, porém, é Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), autor de uma PEC que inclui a internet de alta velocidade entre os direitos fundamentais do cidadão. O deputado Valadares Filho (PSB-SE) quer, por sua vez, que o esporte seja incluído como direito social na Constituição.

O excessivo número de PECs, acompanhado pela irrelevância da maioria, é um sinal claro de duas características do funcionamento do Congresso: a seletividade da vontade política dos donos do poder e o furor legiferante que é parcialmente responsável pelo gigantismo da burocracia brasileira. "A questão é que existem alguns políticos que têm necessidade de demonstrar trabalho. Eles apresentam PECs mesmo sabendo que elas têm chance mínima de aprovação, pois julgam que com isso mostram serviço ao seu eleitor", diz Ricardo Caldas, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB).

O que Nazareno Fonteles, Sebastião Bala Rocha e Efraim Filho parecem não compreender é que as Propostas de Emenda à Constituição, por alterarem o texto legal mais importante do país, deveriam se restringir a tratar de diretrizes permanentes e relevantes - sem se imiscuir em temas secundários ou transitórios, como a internet de banda larga - e a preservar a harmonia entre os poderes, não o contrário. O efeito prático dos excessos dos legisladores é mensurável: a Constituição dos Estados Unidos, que está em vigor desde 1787, teve 28 emendas até hoje. A brasileira, de 1988, já contabiliza 72.

Por boas ou más razões, a maioria das PECs encostadas deve continuar onde sempre esteve. Nos três últimos biênios da Câmara, foram instaladas 62 comissões especiais para o exame de cada proposta. Na gestão do presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), foram 14. Na de Michel Temer (PMDB-SP), 36. Na de Marco Maia (PT-RS), 12. O ritmo é insuficiente para fazer avançar - ou derrubar de vez - todas as propostas adormecidas. Mas, pelo menos no caso da recente tentativa dos radicais e mensaleiros do PT de impor sua agenda bolivariana, o melhor mesmo talvez seja o esquecimento.
As informações são da Veja.

PF investiga militantes do PCdoB por desvio de recursos do Minha Casa, Minha Vida


Esquema chefiado por um militante comunista pode ter irrigado os cofres do partido e os bolsos de camaradas, revela reportagem de VEJA desta semana

Robson Bonin
MAIS-VALIA - Os comunistas criaram empresas para lucrar com o programa de construção de casas populares. O método já havia sido usado antes no Segundo Tempo
MAIS-VALIA - Os comunistas criaram empresas para lucrar com o programa de construção de casas populares.    (Agência RBS e Juliana Santos/DRD A Press)
Por definição, o comunista é inimigo do capital, da propriedade privada, da exploração do trabalho e do acúmulo de riqueza. Quando chega ao poder, porém, essas sólidas certezas se derretem no ar. É o que ocorre agora em Brasília. Na semana passada, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar um grupo de ex-servidores do Ministério das Cidades que fraudou licitações e desviou recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. O esquema, chefiado por um militante comunista, pode ter irrigado os cofres do PCdoB e os bolsos de camaradas com o dinheiro desviado das casas populares. Ao melhor estilo capitalista, os militantes fundaram um conjunto de empresas de papel para lucrar sem fazer nenhum esforço. A partir de informações privilegiadas, eles fraudavam licitações e ganhavam contratos com as prefeituras. Depois, cobravam propina para repassá-los a pequenas empreiteiras, que eram subcontratadas para construir as casas populares. Um negócio bem tramado que não continuou operando porque houve um desentendimento na hora de socializar a mais-valia dos golpes.
As informações são da Veja.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Trânsito tem 20 mortes no 1º trimestre em Sorocaba


Balanço aponta aumento de 42,8% no número de mortos em acidentes

Rosimeire Silva
rosimeire.silva@jcruzeiro.com.br
Vinte pessoas perderam a vida nas ruas e trechos urbanos de rodovias que cortam a cidade, aponta a estatística do primeiro trimestre de 2013, divulgada pela Secretaria de Segurança do Estado. No mesmo período do ano passado, foram 14 mortes dos 59 acidentes fatais registrados ao longo de 2012. O aumento nos três primeiros meses chega a 42,8%. A violência no trânsito vem crescendo a cada ano, tanto que no comparativo a 2011, quando foram registradas 12 mortes, os casos subiram 66,6%.

Fora os mortos no trânsito, o número de pessoas que sofreram lesões decorrentes de acidentes já soma 456 casos somente nos primeiros três meses deste ano. Embora esse volume seja um pouco inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram totalizadas 475 lesões, está 28,4% acima do número de vítimas lesionadas em acidentes em 2011 (355 casos).

Ainda estão fora dessas estatísticas casos como o adolescente Joelson Aparecido Gomes, 17 anos, que no feriado do dia 1º de maio, morreu depois de bater a moto que pilotava na traseira de um carro na avenida Paraná, no bairro do Cajuru. No mês de março, o policial militar Márcio Baragao Hernandes, 41 anos, também perdeu a vida ao colidir a sua moto de frente com um outro veículo, na avenida Victor Andrew, na região do Éden.
 
Outro motociclista perdeu a vida em 29 de abril, após atropelar um estudante no km 102 da Raposo Tavares. Os motociclistas, aliás, são maioria entre as vítimas do trânsito. De acordo com o último levantamento realizado pela Urbes - Trânsito e Transportes, apenas nos dois primeiros meses de 2013, 332 motociclistas estiveram envolvidos em acidentes de trânsito em Sorocaba. Embora seja um número bastante representativo, houve um redução de 24,3% no comparativo ao mesmo período, quando 439 motociclistas foram vitimados.

Mesmo quem não é condutor também vem engrossando as estatísticas do trânsito. Entre os meses de janeiro e fevereiro, último período computado pela Urbes, foram registrados 56 casos de atropelamento de pedestres nas ruas de Sorocaba. Nos meses mais recentes, as ocorrências de atropelamento continuam. No dia 13 de março, a dona de casa Tânia Cristina a Silva Jorge, 39 anos, foi morta ao ser atropelada por um veículo que havia se envolvido numa colisão no cruzamento das ruas Fernando Luiz Grohman e Joaquim Rodrigues de Barros, na Vila Hortência, por volta do meio-dia. O seu filho, de apenas 8 anos, que estava junto com Tânia no momento do acidente também foi atingido, mas se salvou. No dia 1º de maio, mais um atropelamento também tirou a vida de Valdenir Antunes, 35 anos, na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, na Vila Rica.
 
Acidentes diminuem 
Apesar do aumento do número de vítimas fatais no trânsito de Sorocaba, conforme demonstrado pela estatística de Secretaria de Segurança Pública, o volume de ocorrências de acidentes demonstra uma tendência de queda em relação a 2012. Segundo o último levantamento disponibilizado pela Urbes, referente ao primeiro bimestre de 2013, foram registrados 927 acidentes nos dois primeiros meses do ano. Deste total, 386 resultaram em vítimas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de ocorrências apresentou uma queda de 24,8%, quando houve um total de 1.233 acidentes, sendo 502 com vítimas. De acordo com a Urbes, as vias com maiores índices de acidentes em Sorocaba são as avenidas Ituvuvu, Ipanema, General Carneiro, Dom Aguire, Armando Pannunzio, São Paulo, Afonso Vergueiro, General Osório, Antonio Carlos Comitre e Américo Figueiredo.

A presença dos agentes de trânsito, os chamados amarelinhos, nas ruas da cidade, é apontada pelo Urbes como um dos fatores que têm contribuído para essa redução. A análise é baseada num comparativo técnico que leva em consideração o frota veicular e o número absoluto de acidentes referente ao mês de ingresso dos agentes de trânsito (outubro de 2010) e do mesmo mês dois anos depois (outubro de 2012). Com base nesse cálculo, a média de acidentes para cada grupo de 10 mil veículos da frota caiu de 24,52 ocorrências em 2010, para 16,99 em 2012.

Os investimentos em engenharia de tráfego, sinalizações e dispositivos viários, como a fiscalização eletrônica por câmeras e radares, também são apontados pela equipe técnica da Urbes como responsável pela melhor segurança de tráfego e ordenamento viário que contribuíram para a redução no número de ocorrências. Aliado a isso, complementa a equipe técnica, por meio de nota, estão as operações de fiscalização realizadas em operações conjuntas pela Urbes, Polícia Militar e Guarda Civil e também os programas de educação no trânsito.
 
Falha humana 
O comando do 7º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I) informou, por meio de nota, que as falhas humanas são as principais causas dos acidentes de trânsito, conforme estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), somadas às condições dos veículos, das vias e ambiente de comportamentos inadequados. Segundo a corporação, essa gama de fatores faz com que medidas isoladas tomadas para coibir a direção perigosa, como é o caso da Lei Seca, não pode influenciar, solitariamente, na redução do número de mortes ou acidentes no trânsito, já que essa ação está atrelada a uma das modalidades decorrentes da falha humana.

Com o objetivo de promover um trânsito mais seguro, o comando do 7º BPM/I informou que somente neste primeiro trimestre de 2013, a Polícia Militar autuou 3.494 veículos e 3.473 condutores em situações irregulares, além da remoção de 1.321 veículos. Em parceria com o Detran, a Polícia Militar também desenvolveu um programa de conscientização da população sobre segurança no trânsito, o "Trânsito Consciente", disponível para toda a comunidade por meio do site www.transitopm.com.br.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

Homem é roubado e tem corpo incendiado na Avenida Itavuvu

Sorocaba

Um homem de 36 anos foi queimado por assaltantes quarta-feira à noite próximo ao bairro Habiteto, após ter o veículo roubado. Ele, que se encontra em estado grave, era procurado pela Justiça por pensão alimentícia e por isso permanece escoltado pela Guarda Civil Municipal na ala de queimados do Hospital Regional.

Uma equipe das Rondas Ostensivas Municipal (Romu) patrulhava o Parque Tecnológico, quando foi informada de que na avenida Itavuvu um homem teria tido o carro roubado e os ladrões ainda teriam ateado fogo em seu corpo. No local indicado, os GCMs encontraram a vítima com o corpo todo queimado e pedindo socorro, sendo imediatamente levada para o Hospital Regional. 

As queimaduras atingiram os braços, pernas e rosto da vítima. Segundo as informações passadas pela GCM, os agressores eram três homens, que também teriam levado seus pertences pessoais, além do carro. A vítima disse que os homens, após molharem seu corpo com gasolina e atearam fogo.


As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

Caso PC: resultado do julgamento deve sair nesta sexta


Quatro ex-seguranças acusados de envolvimento na morte de PC Farias serão julgados; último dia do júri começará com debates entre defesa e acusação

Juiz Maurício Brêda, momentos antes do júri popular do Caso PC Farias
Juiz Maurício Brêda, momentos antes do início do júri - DICOM TJ/AL
















O julgamento dos quatro ex-seguranças acusados de envolvimento com a morte de Paulo César Farias e da sua namorada, Suzana Marcolino, em 1996, deve acabar nesta sexta-feira. A sessão começará às 8h com o confronto entre defesa e acusação. Em seguida, os sete jurados vão se reunir para decidir o destino dos acusados.
Os réus são suspeitos de participar da morte do casal ou ter permitido que eles fossem mortos. Na ocasião do crime, em 23 de junho de 1996, eles faziam a segurança da casa de praia de PC, ex-tesoureiro de Fernando Collor de Melo. A defesa afirma que os réus não têm envolvimento com o caso e aponta que o crime foi passional - Suzana atirou em PC e depois se suicidou.
Nesta quinta-feira, os quatro réus – José Geraldo da Silva, Adeildo dos Santos, Reinaldo de Lima Filho e Josemar Faustino – falaram ao júri. Todos negaram envolvimento com o crime. Os jurados também ouviram a equipe de peritos que elaborou o segundo laudo do caso, apontando duplo homicídio – hipótese que havia sido defendida inicialmente pela polícia. 
Histórico – PC Farias foi o cabeça do esquema de corrupção instaurado no governo de Fernando Collor no início dos anos 90. Em troca de dinheiro, facilitava a vida de empresários interessados em tocar obras públicas, aproveitando-se da proximidade que detinha com o então presidente. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo Collor. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos, como ficaria provado por uma série de documentos revelados por VEJA na época.
Em 1993, ao ter sua prisão preventiva decretada, PC fugiu do país para a Tailândia – e voltou algemado. No ano seguinte, foi condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, mas fugiu do país em seguida. Cumpriu um ano e meio de prisão, até obter a liberdade condicional por decisão do Supremo Tribunal Federal. Fora da cadeia, tentou retomar sua vida como empresário, até que foi encontrado morto ao lado de sua namorada, na casa de praia do empresário em Guaxuma, litoral norte de Alagoas. 
As informações são da Veja.

Ex-funcionário acusa pastor Marcos Pereira de tramar rebeliões de presos


Homem que trabalhou na Assembleia de Deus dos Últimos Dias afirma que líder religioso ordenava motins para aparecer como pacificador e ganhar poder

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Pastor Marcos Pereira com uniforme da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap)
Pastor Marcos Pereira com uniforme da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) - Divulgação
Os depoimentos que compõem a investigação da Polícia Civil contra o pastor Marcos Pereiradesmontam uma farsa de grandes proporções. Entre as vítimas de estupros e ameaças, destaca-se o relato de um ex-funcionário da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) que abandonou o pastor em 2009 e, em 2012, decidiu por iniciativa própria denunciar os crimes que testemunhou. Segundo conta, era Marcos Pereira quem ordenava rebeliões em presídios para, em seguida, aparecer em público como conciliador, evitando mortes e operando a rendição de bandidos. A lista de encenações inclui a mais famosa delas, em 2004, quando o pastor foi chamado pelo então secretário de Segurança, Anthony Garotinho, hoje deputado federal pelo PR, para conter um motim na Casa de Custódia de Benfica, na Zona Norte. Na ocasião, morreram 34 detentos de facções inimigas do Comando Vermelho – com o qual Pereira mantinha contato próximo. O ex-funcionário acusa Pereira de ter tramado a rebelião com Silvana Santos da Silva, irmã do traficante Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP.
Em dois depoimentos que somam dez páginas, prestados nos dias 7 e 9 de março de 2012, o ex-seguidor de Marcos Pereira afirma que em 2006 o pastor e Silvana deram ordens para que bandidos do Comando Vermelho perpetrassem os ataques que aterrorizaram o Rio na noite de 28 de dezembro – episódio que ficou conhecido como “Rio de Sangue” e deixou 20 pessoas mortas em explosões e alvejamento de carros e cabines da PM, além de incêndios de ônibus.
Ainda segundo o ex-funcionário, “os ataques criminosos ocorridos em 28 de dezembro de 2006 no Rio de Janeiro foram orquestrados pelo pastor”, a partir de uma intermediação feita por Silvana com o irmão, preso. Como fogo e gasolina, a receita do plano era a seguinte: reunir criminosos soltos, e que precisavam de dinheiro, para ir às ruas atacar em pontos distintos da cidade, queimando carros, ônibus e atacando delegacias e cabines policiais. “Cada ônibus incendiado rendia de 1.500 a 2.000 reais”, disse ele à polícia. Os criminosos sentiram-se motivados a atacar a partir de declarações do governador Sérgio Cabral de que a repressão ao tráfico de drogas seria intensificada. O pastor operou, então, uma trégua verdadeira, mas entre os traficantes: facções que guerreavam há anos, Comando Vermelho, Amigos dos Amigos e Terceiro Comando passaram a deixar de lado as diferenças para enfrentar a polícia.
Outra testemunha, que estava presa em Benfica quando ocorreu a rebelião, afirmou que "era comum ouvir entre os presos que Marcos tinha grande influência junto às lideranças do crime organizado do Rio de Janeiro" e que a ordem na Casa de Custódia era que a rebelião não poderia ter fim até que o pastor Marcos chegasse. O objetivo do pastor era se promover como um interlocutor capaz de frear a barbárie. O ex-funcionário também acusa Pereira e uma lista de políticos de tramar um ataque na madrugada das eleições de 2010. A ideia era evitar a reeleição do governador Sérgio Cabral, franco favorito e reeleito em primeiro turno. 
UPPs – O ex-funcionário dedica uma parte de seu relato às UPPs. Diz ele que, a partir das Unidades de Polícia Pacificadora, criadas em 2008, o pastor começou a perder poder e receita nas favelas antes ocupadas pelo tráfico. Nesses locais, a ADUD recebia entre 25.000 e 35.000 reais por culto, pagos pelo tráfico.
Os depoimentos destacam a forma como o pastor usa, ora o nome de Deus, ora o nome de bandidos para manter sua influência. O nome de Marcinho VP, por exemplo, servia para intimidar inimigos do pastor, o que acabava rendendo ao traficante a autoria de crimes que, na verdade, foram pensados pelo pastor e por Silvana. Em outros momentos, como para persuadir suas seguidoras a fazer sexo, Pereira usava o nome de Deus.
Nos arredores da sede da ADUD, são conhecidas as imagens de mulheres que se vestem completamente cobertas e são privadas de ter acesso a meios de comunicação – rádio, TV, computador e internet são proibidos nos limites da igreja de Marcos Pereira. O que a polícia descobre, agora, é uma rede de exploração a serviço das taras do líder supremo do grupo.
Os mais de 20 depoimentos contêm detalhes arrepiantes dos abusos cometidos contra menores – entre eles um grupo de três irmãs e um irmão que moravam no prédio, com idades entre 6 e 13 anos. Filhos de um presidiário preso em Bangu, os menores apanhavam e eram ameaçados com as palavras repetidas pelo pastor em muitas outras circunstâncias: vocês estão com o demônio no corpo e estão mentindo. Foi isso o que ouviu a menina de 6 anos ao ameaçar que denunciaria a uma tia o fato de as irmãs terem feito sexo anal com Pereira. Os detalhes desta cena estão no depoimento de um ex-funcionário da igreja. Ele contou à polícia, em março de 2012, que Marcos Pereira, ao tomar ciência das intenções da menina de 6 anos, surrou a criança e enfiou sua cabeça em um vaso sanitário, para depois aplicar chutes e dizer que ela estava mentindo e com “o diabo no corpo”.
Nas dez páginas de seu relato à polícia, a testemunha afirma que o líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias “fez sexo com diversas irmãs ao mesmo tempo em motéis” e que o pastor contratava “prostitutas, garotos de programa e travestis” para participarem das orgias. O ex-colaborador diz ainda que “aproximadamente 120 mulheres que frequentavam ou frequentam” a igreja de Pereira foram vítimas dos abusos. "E que o pastor Marcos gosta de ver várias mulheres fazendo sexo grupal”.
O relato minucioso indica que Marcos Pereira praticava, na vida pessoal, outro ato considerado abominável pela doutrina evangélica: o aborto. A rotina de abortos seria tão frequente que Marcos Pereira teria, segundo o ex-funcionário, um médico contratado para a prática ilegal.

O que dizem os depoimentos contra o pastor Marcos Pereira

1 de 7

Estupros

O pastor estuprava as vítimas com a "desculpa" de que precisavam ser salvas. Uma delas ouviu o pastor dizer que via "um espírito lésbico" a rondando. As vítimas contam que sentiam-se fragilizadas quando eram abordadas pelo pastor. Algumas chegam a se referir à “libertação espiritual”. A Delegacia Especial de Combate às Drogas investiga seis estupros que teriam sido praticados pelo pastor. Ele teve a prisão preventiva decretada por dois estupros. O delegado Márcio Mendonça afirma que outras 20 jovens podem ter sido estupradas por Marcos Pereira.
As informações são da Veja.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vítimas do pastor Marcos Pereira afirmam que estupros eram parte da salvação


Mulheres contaram à polícia que pastor comandava orgias, mantinha médico particular para realizar abortos e, ao fim dos abusos, ordenava que os participantes pedissem perdão uns aos outros

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Pastor Marcos Pereira com uniforme da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap)
Pastor Marcos Pereira com uniforme da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) - Divulgação
Marcos Pereira acreditava na impunidade e beneficiava-se do mesmo mecanismo que permite a estupradores contumazes manter a rotina de abuso contra suas vítimas: o medo. A jovem conta em seu depimento que resolveu denunciar o pastor depois que se casou. Ao saber do relacionamento da jovem com um rapaz, Marcos Pereira tentou separar o casal e chegou a afirmar que os filhos dos dois “nasceriam defeituosos”
Os depoimentos das vítimas que acusam o pastor Marcos Pereira de estupro indicam que o líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) promovia orgias e abusos sexuais como se estivesse salvando as pessoas de espíritos do mal. As violações aconteciam na sede da igreja, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e em uma residência da ADUD, onde moravam cerca de 30 seguidoras da seita. Uma das vítimas, que contou ter sido violentada pelo pastor dos 14 aos 22 anos de idade, disse que ao se tornar seguidora do pastor Marcos Pereira e começar a usar o “roupão” típico dos fiéis foi muito criticada pela família. Ao ouvir o pastor afirmar que as críticas “eram influência do diabo”, a jovem deixou a casa dos pais e se mudou para a residência da assembleia.
De acordo com o depoimento, prestado no dia 15 de abril de 2013, antes dos estupros o pastor afirmou que estava “vendo um espírito lésbico” na jovem. Depois de algumas conversas, começaram os abusos. Segundo a vítima, Marcos passou “a trazer outros membros da ADUD para participar dos atos sexuais”. Em uma das vezes, um “garoto de programa” participou da orgia, contou ela. Segundo a vítima, o líder da Assembleia de Deus dos últimos Dias “tinha sempre predileção por sexo anal”.
 Marcos Pereira acreditava na impunidade e beneficiava-se do mesmo mecanismo que permite a estupradores contumazes manter a rotina de abuso contra suas vítimas: o medo. A jovem conta em seu depoimento que resolveu denunciar o pastor depois que se casou. Ao saber do relacionamento da jovem com um rapaz, Marcos Pereira tentou separar o casal e chegou a afirmar que os filhos dos dois “nasceriam defeituosos”.
Outra vítima relatou sequência de abusos cometidos pelo pastor entre 2009 e 2010. Em depoimento prestado no dia 17 de abril de 2013, ela diz que “era forçada a praticar sexo oral e tocar nas partes íntimas” do pastor. Em uma das vezes, conta ela, o líder da ADUD tentou fazer sexo anal, mas não conseguiu. Depois disso, “exigiu que fosse feito sexo oral. Não consegui reagir. Estava aterrorizada”, disse.
Marcos Pereira era figura conhecida no Rio por “salvar” pessoas condenadas pelo tribunal do tráfico e por regenerar criminosos. O medo que as vítimas tinham do pastor, segundo o delegado Márcio Mendonça, evitava que elas o denunciassem. Durante o depoimento, a jovem que foi violentada por oito anos disse que precisou de “muito tempo para ter coragem de denunciar o pastor”. “Temia que acontecesse algo ruim com a minha família. Todos os membros da Igreja têm pelo pastor Marcos um temor reverencial por ele ser o líder espiritual de todos”, afirmou.
Salvação – Outra mulher que denunciou o pastor em março de 2012 disse que Marcos Pereira afirmou que ela precisava de um “conserto espiritual”. No depoimento prestado à polícia, ela conta que o pastor a “encurralava, pegava sua mão e a passava no seu pênis”. Ela contou ainda que viu Marcos Pereira fazendo sexo com outras internas. Com o tempo, ela passou a permitir os abusos porque "entendeu" que tinha de deixar o pastor abusar dela para que “não pecasse com mulheres do mundo exterior”.

O que dizem os depoimentos contra o pastor Marcos Pereira

1 de 7

Estupros

O pastor estuprava as vítimas com a "desculpa" de que precisavam ser salvas. Uma delas ouviu o pastor dizer que via "um espírito lésbico" a rondando. As vítimas contam que sentiam-se fragilizadas quando eram abordadas pelo pastor. Algumas chegam a se referir à “libertação espiritual”. A Delegacia Especial de Combate às Drogas investiga seis estupros que teriam sido praticados pelo pastor. Ele teve a prisão preventiva decretada por dois estupros. O delegado Márcio Mendonça afirma que outras 20 jovens podem ter sido estupradas por Marcos Pereira.
A mesma mulher conta que se casou com um fiel e que o líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias “mandou que o marido dela fosse evangelizar as pessoas” em favelas enquanto a assediava. Em 2006, o pastor mandou seu marido para uma favela, à noite. Logo depois, duas seguidoras de Marcos Pereira bateram em sua porta e a convenceram a ir ao encontro do pastor na sede da igreja. Lá, ela foi mais uma vez violentada pelo pastor.
Abortos – As vítimas afirmam que o pastor Marcos Pereira não usava preservativos. Uma delas contou à polícia que o religioso mantinha um médico particular para realizar abortos nas fiéis que engravidavam.  Ex-mulher do pastor, Ana Madureira da Silva, também acusa Marcos Pereira de estupro. Em depoimento prestado em março de 2012, ela afirma que “apesar de Marcos nunca ter estudado profundamente a Bíblia, acabou tornando-se pastor”. E que Marcos baseava-se “em visões”.
Ao fim das orgias, o pastor exigia que os participantes pedissem desculpas uns aos outros e confessassem os pecados.
As informações são da Veja.