sábado, 24 de agosto de 2013

Votorantim - Ação da GCM orienta crianças sobre cuidados com animais e prevenção aos maus tratos

 

A cachorra Brisa ajudará a Guarda Civil Municipal levar orientaçöes importantes aos escolares votorantinenses (Foto: Secom/PMV)
 
 
VOTORANTIM

A cachorra Brisa prendeu a atenção das crianças em uma apresentação e também demonstrou como gosta de carinho e atenção. A atividade vem sendo aperfeiçoada pela Guarda Civil Municipal de Votorantim para explicar às crianças como trabalha a corporação e incentivar a cuidarem bem dos animais. Alunos da Escola Municipal "Antônio Marciano", no Parque Bela Vista, receberam a visita inusitada para uma aula importante na quarta-feira (21). A unidade foi escolhida para a atividade piloto do projeto "Bicho é amigo, não é brinquedo" desenvolvido pela GCM votorantinense, contando com a participaçäo da cachorra Brisa para demonstrações de adestramento e do bom relacionamento entre humanos e animais de estimação. 

Brisa é uma pastora alemã illinois, com três anos, e prendeu a atenção das cerca de 150 crianças presentes na quadra da Escola. Salto sobre obstáculos, obediência e busca de objetos foram alguns exercícios executados com perfeição. Sob a ordem do treinador, a cachorra também demonstrou como atuaria em uma situação de perigo, imobilizando um suspeito. "Ela é treinada para o faro de entorpecentes e para situações de proteção, só vai atuar quando receber o comando", explicou o inspetor GCM Fábio Romano. 

Aos alunos do quinto ano foi realizada ainda uma palestra com orientações sobre cuidados com os animais, como escolher um bichinho de estimação e as responsabilidades do dono. Também foram abordados os maus tratos, esclarecendo que é crime abandonar, maltratar e/ou submeter a sofrimento qualquer tipo de animal, atitude que deve ser denunciada à Polícia. "O foco da nossa ação com as crianças é trazer a informação e estimular o comportamento adequado. Nosso objetivo é que eles tenham atitudes corretas, tratando bem os animais, dando e recebendo atenção do bicho de estimação", explicou Romano.

Com a ajuda de vídeos e desenhos animados, a apresentação estimulou perguntas e a interação das crianças. Para Kaio Eduardo da Silva, de 10 anos, além da apresentação de Brisa, as orientações foram interessantes. "Gostei de aprender coisas novas. É importante não maltratar os animais, porque eles são nossos amigos e querem carinho", comentou.

Os cuidados necessários na rotina, como dar banho e levar ao veterinário, chamaram a atenção de Lilian Feitosa, de 10 anos. Para ela, o vídeo que mostra a situação de um cão abandonado foi triste, mas ajudou a entender melhor o que acontece. "Fiquei com pena do cachorrinho e ficou mais fácil para entender o que não podemos fazer, o que é errado", disse Lilian.

Durante a palestra, também foi abordada a adoção de animais abandonados, lembrando que cães soltos nas ruas estão expostos a risco de acidentes e doenças, mas podem ser domesticados. "O cão espera atenção e cuidados e o animal de rua também tem essas necessidades. Ao invés de comprar um animal, devemos pensar em adotar algum que está na rua", ensinou o GCM.

Conteúdo Jornal Diário de Sorocaba

Sorocaba - Partidos perdem 1,8 mil filiados em seis meses

Levantamento do TSE vai de outubro do ano passado a março deste ano

Rodrigo Gasparin
rodrigo.gasparin@jcruzeiro.com.br

O número de filiados a partidos políticos em Sorocaba caiu 8,4% entre a eleição do ano passado e março deste ano, data do último levantamento divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse período, mais de 1,8 mil pessoas deixaram de ter vínculo com algum partido. Em outubro de 2012 (mês em que ocorreram os dois turnos da eleição municipal), 21.336 pessoas eram filiadas a algum partido na cidade. O número caiu para 19.528 em março. Os dados estão publicados na página do TSE na internet.

Em termos proporcionais, o PDT foi o partido que mais perdeu filiados, com 19,9%. Na sequência, aparecem PSDB (16,9%), PMDB (14,4%), DEM (13,1%) e PPS (12,8%). De acordo com os apontamentos do TSE, nenhum dos 27 partidos políticos presentes em Sorocaba ganhou mais gente para seus quadros. Seis deles estavam, em março, com o mesmo número de filiados que tinham em outubro: PC do B, PPL, PRTB, PSC, PSL e PSTU. Todos os demais perderam ao menos um integrante.

A situação é diferente da registrada em março de 2009, cinco meses após a eleição municipal do ano anterior. Naquele período, apenas 83 pessoas se desfiliaram de suas legendas, o equivalente a 0,4% do total. Além disso, oito partidos haviam ganho mais filiados na época (PRB, PSTU, PSOL, PV, PT do B, PC do B, PR e PDT).
 
Justificativas 
Os presidentes dos diretórios municipais dos partidos ouvidos pelo Cruzeiro do Sul relataram motivos diversos para a perda de filiados desde outubro. O presidente sorocabano do PDT, Ruy Amorim, atribui o problema às constantes campanhas de filiação realizadas por outros partidos, principalmente os que têm um público-alvo específico. "A queda é normal, pela pressão da propaganda dos partidos ligados a igrejas evangélicas", disse.

Já, para Maria Lúcia Amary, presidente do diretório municipal do PSDB, o partido foi afetado com vários casos de dupla filiação (pessoas que se filiam a duas legendas e têm seu registro vetado em ambas). Ela vê a atuação dos filiados como sendo algo mais importante do que o número de pessoas. "O que importa é a militância, o partido ativo."

Terceiro partido que mais perdeu filiados em termos proporcionais, o PMDB lidera o ranking em números absolutos, com 641 desfiliações. "Para mim é uma surpresa", afirmou Renato Amary, presidente do diretório municipal. Ele disse que deve procurar o TSE para entender os números. Por sua vez, o presidente do DEM em Sorocaba, José Crespo, diz não se preocupar com a diminuição no número de filiados. Para ele, um quadro mais enxuto facilita a realização de convenções (que dependem de quórum) e agrega militância. "Se a gente for em praça pública fazer campanha de filiados, não é difícil conseguir mais gente. Mas essas pessoas não serão necessariamente militantes dos partidos", comentou.

Já para o PPS, a redução de partidários se deve a pessoas que mudaram de cidade, faleceram ou tiveram os direitos políticos cassados por não terem votado. "O número de filiados é importante, mas é mais importante que eles estejam militando", ressaltou João Paulo Correia, presidente do diretório municipal.
O conteúdo é do Jornal Cruzeiro do Sul

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Previdência começa a pagar 13º salário na 2.ª feira

Antecipação da primeira parcela beneficia 26 milhões e injetará R$ 12,6 bi na economia


Ayr Aliski, da Agência Estado


BRASÍLIA - A antecipação da primeira parcela do 13º salário para os segurados da Previdência Social começa a ser pago na segunda-feira, 26. No total, será injetada uma parcela de R$ 12,622 bilhões na economia. Serão 26,196 milhões de benefícios com direito à antecipação de metade do benefício de final de ano. Os valores serão creditados juntamente com o pagamento da folha de agosto, em calendário de liberação que segue até 6 de setembro.

Em 2012, o governo também adotou a antecipação do pagamento da metade do 13º salário dos segurados e dependentes do INSS, exatamente na mesma época do ano. A medida, no ano passado, representou uma liberação de R$ 11,3 bilhões.O Estado de São Paulo receberá a maior parcela desses recursos: R$ 3,604 bilhões, com o pagamento de 6,094 milhões de adiantamentos de 50% do 13º salário. O Rio deJaneiro fica em segundo lugar, com R$ 1,375 bilhão liberados a 2,383 milhões de pessoas. Minas Gerais ocupa o terceiro posto, com R$ 1,368 bilhão no pagamento de 3,017 milhão de beneficiários.A Previdência informa que a folha de agosto contempla ao todo (ou seja, incluindo o pagamento regular mensal) 30,760 milhões de beneficiários, somando uma liberação de R$ 39,321 bilhões. A diferença entre a quantidade de beneficiários da folha e o número de adiantamentos do abono de final de ano ocorre porque nem todos os segurados têm direito a receber 13º salário. Por lei, aqueles que recebem benefícios assistenciais (LOAS) não têm direito ao 13º salário.
Os depósitos começam na segunda-feira, 26, para os segurados que recebem até um salário mínimo e têm cartão com final 1, descontando-se o dígito. Os segurados que recebem acima do mínimo terão seus benefícios creditados a partir do dia 2 de setembro. Aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro. Neste caso, o valor será calculado proporcionalmente.
Os segurados que estão em auxílio-doença também recebem uma parcela menor que os 50%. Como esse benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período.

O conteúdo é do ESTADÃO

TelexFree é autuada pela Anatel por operar ilegalmente

Empresa pagou multa de 4.000 reais, mas continua operando de maneira irregular

Carro com marca da TelexFree na cidade Lucas do Rio Verde no estado do Mato Grosso
Carro com marca da TelexFree na cidade Lucas do Rio Verde no estado do Mato Grosso (Ivan Pacheco)
A empresa TelexFree acaba de sofrer mais um revés. Depois de ter suas operações bloqueadas, seus bens congelados e estar sob investigação da Justiça e do Ministério Público, agora terá de responder a um processo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo nota da agência, a TelexFree foi autuada por prestação de serviço clandestino e ilegalidade.
A agência argumenta que o serviço de telecomunicação por dados oferecido pela empresa, o Voice over Internet Protocol (VoIP), não possui licença para funcionar no Brasil. A companhia foi multada em 4 000 reais pela agência, mas ainda segue irregular e sem autorização para operar.
A Anatel também denunciou a empresa ao Ministério Publico, já que prestação de serviço clandestino também é crime, com pena de até quatro anos de prisão e multa de 10 000 reais.
Pirâmide - A empresa é investigada pelo crime de pirâmide financeira, que se confunde, muitas vezes, com o modelo de marketing multinível, pois ambos trabalham com o conceito de agregar associados à rede de vendas. A diferença entre eles é que no segundo, legal, a remuneração dos associados e vendedores é atrelada ao volume de vendas, e não ao número de associados novos angariados. O modelo de pirâmide é insustentável no longo prazo porque a base de potenciais associados fica, com o tempo, mais estreita - e a receita da companhia com a venda dos produtos não consegue ser suficiente para remunerar as comissões de todos os associados.
TelexFree e BBom são os principais alvos de uma investigação feita em conjunto numa força-tarefa de Ministérios Públicos. No caso da primeira, era comercializado um sistema de telefonia via internet, mas os 'divulgadores', como são chamados os participantes da rede, não obtinham rendimentos por meio da venda do sistema - e sim ao angariar novos membros para a empresa, segundo o MP. Já na BBom, a inserção de novos integrantes na rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de fachada.
A BBom foi surpreendida operando mesmo depois de suas atividades terem sido bloqueadas pela Justiça. Recentemente, o MPF divulgou uma nota afirmando que a empresa havia tentado burlar o bloqueio de bens por meio de um 'laranja'.
O conteúdo é da VEJA

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mulheres dizem não a tinturas e impulsionam indústria de cosméticos mais "limpos"

MARIANA VERSOLATO
EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

Há cerca de nove anos, a escriturária Renata Perrotta, 57, do Rio, decidiu se libertar dos retoques semanais de tintura para cobrir os fios brancos.
"Resolvi dizer 'chega'. Hoje me identifico tanto com os cabelos brancos que, se pintasse de novo, deixaria de ser eu", conta.
Luciana Whitaker/Folhapress
Renata Perrotta, 57, que há cerca de nove anos cansou de tingir os fios brancos
Renata Perrotta, 57, que há cerca de nove anos cansou de tingir os fios brancos
Renata faz parte de um grupo de mulheres que abandonaram os produtos químicos no cabelo e adotaram um visual mais natural. "Eu assumi na boa, mas acho que a maioria tem vergonha."
Editoria de Arte/Folhapress
Não deve ser o caso da presidente Dilma Rousseff, que, como afirmou à Folha, pretende se juntar ao clube e deixar a tintura de lado depois de deixar o cargo público.
O cansaço por ter que retocar as raízes brancas é um dos motivos alegados pelas mulheres, como Renata, para abandonar a química. O suposto malefício das substâncias químicas da tintura também pode ser um temor.
Hoje, porém, as tintas para cabelo são menos tóxicas do que antigamente, segundo Valcinir Bedin, dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo.
Segundo ele, há uma tentativa das empresas de fazer produtos mais seguros, sem os metais pesados que costumavam constar das fórmulas. Os lançamentos incluem ainda tintas sem amônia, que pode causar irritação.
NAS UNHAS
Marcas de esmalte também têm se esforçado para fazer produtos menos tóxicos.
Tornou-se comum encontrar embalagens que exibam o aviso "3 free", ou seja, livre de formaldeído, tolueno e dibutilftalato. Os três compostos são solventes e substâncias usadas em pigmentos e que conservam e dão brilho ao esmalte, mas têm maior risco de causar alergias.
A designer gráfica Ana Vizeu, 34, precisou abandonar os esmaltes desde que teve uma reação grave no rosto por causa de uma substância do pigmento de esmaltes.
"Mas até base faz mal. É uma limitaçãozinha. Quando vou a uma festa, não tem jeito, acabo passando."
Francisco Le Voci, dermatologista e coordenador do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que nenhum produto químico é inócuo.
"Às vezes não depende tanto da qualidade do produto, mas da sensibilidade individual. Por isso é sempre importante testar o produto em uma pequena área antes do uso maior, e isso vale principalmente para quem tem alergias", diz.








O conteúdo é da Folha de S. Paulo

Novo reajuste de combustíveis neste ano é dado como certo no governo

NATUZA NERY
DE BRASÍLIA


Após apelos da Petrobras por aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel, e diante das perdas geradas à companhia pela escalada do dólar, integrantes do governo federal já dão como certo um reajuste ainda neste ano.

Não há definição nem de percentual nem de quando exatamente o aumento será concedido.

A presidente da empresa, Graça Foster, esteve ontem com a presidente Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também discutiu o assunto com a chefe.

No Executivo, a avaliação é que a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas, e auxiliares presidenciais dizem ser muito difícil fugir de um aumento nos próximos meses.

Na Petrobras, a percepção é que a "água está batendo no nariz". A estatal compra combustível em dólar e vende em real no Brasil. A situação de caixa, que já não era confortável, agravou-se com a desvalorização cambial verificada no ano, de aproximadamente 20%.

O temor é de que, sem o reajuste, a companhia perca o grau de investimento (status de bom pagador) dado pelas agências de classificação de risco.

Nos cálculos internos, a defasagem entre os preços internacionais e nacionais chegou a 30% na semana passada, após o dólar superar a marca de R$ 2,40.

O governo, entretanto, vive um dilema, pois o considerado inevitável aumento nas bombas tem efeito direto sobre a inflação, o que assusta o Palácio do Planalto em um momento de crescentes dificuldades na economia.

Segundo a Folha apurou, a Petrobras já chegou a propor um reajuste escalonado para diluir o impacto inflacionário, mas não tem esperança de um aumento que compense integralmente a defasagem recente.

A companhia fez todo o seu plano de negócios para os próximos anos com um câmbio a R$ 2,00, daí a extrema preocupação com a escalada do dólar diante do real.

Outro problema força a decisão de reajuste neste ano: nenhum governo quer aumentar a gasolina em um ano eleitoral. Dilma concorrerá à reeleição em 2014.

O mais recente reajuste de preços da Petrobras foi em janeiro. O aumento foi de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel nas refinarias.

Conteúdo Folha de S. Paulo

Ataques contra cristãos aumentam após queda de Mursi

Igrejas, casas, escolas e até lojas de cristãos foram destruídas em várias partes do país. Papa copta apoiou golpe contra membro da Irmandade Muçulmana

A igreja copta de Minya, ao sul do Cairo, depois de ser incendiada
A igreja copta de Minya, ao sul do Cairo, após incêndio (Virginie Nguyen Hoang / AFP)
Vítima de constantes perseguições na história recente do Egito, a minoria cristã do país passou a sofrer com ataques ainda mais frequentes após a queda de Mohamed Mursi. Acusados de apoiar o golpe militar contra o ex-presidente, os cristãos se tornaram um dos principais alvos dos radicais islâmicos. A intolerância se intensificou a partir da última semana, quando forças de segurança fizeram uma operação para desocupar duas praças tomadas por manifestantes pró-Mursi no Cairo, deixando centenas de mortos. Em represália pela carnificina, os islamitas voltaram sua fúria contra alvos cristãos: igrejas foram incendiadas, casas, lojas e escolas foram destruídas, além de clubes de jovens e pelo menos um orfanato. Estabelecimentos de propriedade de cristãos foram marcados com um "x".

A princípio, líderes da Irmandade Muçulmana incentivaram ou toleraram a perseguição contra os cristãos, mas depois passaram a condenar os ataques. O governo interino, apoiado pelos militares, que pouco fez para proteger a minoria religiosa, agora tenta capitalizar com a imagem de igrejas incendiadas para chamar os membros da Irmandade de terroristas, ressaltou o jornalThe New York Times.
Números - Os cristãos coptas correspondem a quase 10% dos 85 milhões de egípcios – uma minoria que engloba uma multidão de mais de 8 milhões de pessoas. Outros grupos cristãos formam apenas 1%. A maior parte da população egípcia, mais de 80%, é formada por muçulmanos sunitas. Os coptas se consideram descendentes dos habitantes originais do Egito antigo, que começaram a adotar a nascente religião cristã por obra de São Marcos. Com a posterior ascensão de uma religião concorrente, a muçulmana, trazida por tribos árabes, os coptas tornaram-se uma minoria discriminada. Os confrontos ocorrem periodicamente, em especial no sul, região mais pobre, mas os ataques registrados nos últimos dias são os piores em anos.
A União Juvenil Maspero, movimento da juventude copta, denuncia uma represália contra a minoria desde que o papa dos coptas, Tawadros II, apoiou o golpe militar. "Os coptas são alvos de ataques em nove províncias apenas porque são cristãos”, afirmou o grupo, que conta seis mortes e quase quarenta igrejas destruídas nos últimos dias.
O bispo-geral Macarius, líder copta ortodoxo em Minya – cidade que fica 270 quilômetros ao sul do Cairo e que teve uma igreja incendiada –, diz que os ataques contra as igrejas ocorrem há décadas. “Os coptas sempre pagam a conta: no tempo de Gamal Abdel Nasser, no tempo de (Anwar) Sadat, no tempo de (Hosni) Mubarak, no tempo do regime militar, no tempo de Mursi e depois de Mursi”, disse, listando os governos do Egito desde que o golpe coordenado por Nasser em 1952 contra o rei Farouk pôs fim à monarquia.
No início desta semana, um porta-voz da Irmandade Muçulmana rejeitou qualquer ligação do grupo fundamentalista com os ataques e disse que as forças de segurança falharam na tentativa de evitá-los, sugerindo uma possível conspiração. Os argumentos não tiveram eco entre os coptas. Algumas lideranças cristãs continuam firmes no apoio aos militares, assumindo o discurso de que o Egito está combatendo o "terrorismo".
Na semana passada, o governo interino instalado pelo exército disse que os ataques contra os cristãos egípcios representam uma "linha vermelha" e afirmou que as autoridades "responderão energicamente" a qualquer provocação. Pouco depois, o ministro da Defesa, o general Abdel Fatah al-Sissi, chefe das forças armadas que liderou o golpe, disse que o Exército pagará a reconstrução das igrejas destruídas.


(Com agências France-Presse e Reuters) e VEJA