sábado, 4 de janeiro de 2014

Sorocaba - Pedestres desrespeitam faixa de segurança para travessias

Em apenas 15 minutos, 280 pessoas cometem infração de trânsito



     Rodrigo Gasparini
rodrigo.gasparini@jcruzeiro.com.br 

A travessia fora das faixas de pedestres é uma prática comum entre usuários do Terminal Santo Antônio, em Sorocaba. Apesar das grades que ajudam a bloquear o acesso às vias e das placas alertando sobre os perigos, muita gente prefere correr o risco e andar pela pista, dividindo espaço com os ônibus. Ontem, em 15 minutos observando a movimentação de pedestres, a reportagem do Cruzeiro do Sul constatou 280 pessoas atravessando fora da faixa. O número representa média de 18,6 usuários por minuto que cruzam a pista em lugares proibidos. 

O levantamento foi feito próximo ao ponto onde, na última quinta-feira, uma mulher que tentava passar entre dois ônibus acabou prensada quando um deles deu ré. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Regional, de onde teve alta quatro horas depois. O acidente ocorreu às 11h, na plataforma 4, ponto N, envolvendo um ônibus que tinha por destino o Parque São Bento. 

Entre as pessoas vistas ontem atravessando fora da faixa, havia inclusive funcionários das empresas de ônibus e pessoal da limpeza e da fiscalização do terminal. Também era comum gente com crianças (algumas de colo) e carregando pacotes, malas e sacolas. Entre os que descumprem as normas de segurança, há aqueles que passam bem próximos à faixa -- embora sem pisar nela --, os que fazem parte da travessia sobre a faixa e depois desviam para cortar caminho antes de chegar à calçada, e os que realizam a travessia em pontos bem distantes das faixas. Neste último caso, principalmente, a imprudência pode ter graves consequências. Ontem, um homem deixou cair um objeto que segurava e abaixou-se no meio da pista para apanhá-lo, bem próximo ao local onde os ônibus fazem a curva antes de chegar ao ponto. 

Além de atravessar fora do espaço delimitado, algumas pessoas se arriscam também caminhando pela pista ou no meio-fio, junto à calçada. "Muitas vezes culpam o motorista, mas não veem a imprudência das pessoas", comenta o atendente Lucas Rodriel, de 17 anos. Ao utilizar diariamente o terminal para ir e voltar do trabalho, ele testemunha muita gente desobedecendo às normas de segurança. "Não é por falta de aviso", diz, citando as placas espalhadas pelo local, que avisam sobre o perigo de atropelamento para quem atravessa fora da faixa. Lucas conta ser comum o ônibus ter de parar no meio da pista para evitar acidentes. "É negligência dos pedestres." 

Segundo a Urbes - Trânsito e Transportes, os motoristas são orientados a utilizar a primeira marcha, com velocidade bastante reduzida, enquanto circulam pelos terminais urbanos. "Via de regra, acidentes ocorrem em razão de imprudência, negligência ou imperícia de alguma das partes envolvidas. Ações dos pedestres que se colocam em situação de risco têm papel fundamental nesses eventos", afirmou o órgão, em nota enviada pela assessoria de imprensa. A Urbes diz ainda que desenvolve campanhas de travessia segura, inclusive dentro dos terminais. 

Para a comerciante Vilma Fernandes, 69, que também utiliza o local cotidianamente e convive com o problema, a maior dificuldade está na postura dos próprios usuários, que deveriam se conscientizar da necessidade de atravessar pela faixa de pedestres. "É uma ignorância, igual à de não usar cinto de segurança no carro ou no ônibus. O que precisa é cada um levar mais a sério suas responsabilidades." 

"Estado de choque" 

O motorista que deu ré no ônibus e prensou a mulher contra outro veículo, na quinta-feira, ficou "em estado de choque". A afirmação é do auxiliar de manutenção Anderson Monteiro, 38, que estava bem próximo ao local do acidente. "Dois colegas o levaram para uma sala localizada sobre o banheiro. Ele estava desolado", afirmou. 

O impacto da pancada fez com que a mulher, de 26 anos de idade e identificada apenas como Patrícia, tivesse ferimentos na cabeça. "Ouvi um grito e um barulho. Quando olhei, vi um ônibus do Parque São Bento a prensando", contou Anderson. De acordo com ele, primeiros bombeiros chegaram ao local cerca de cinco minutos depois do acidente e rapidamente a levaram ao hospital. O para-brisa do ônibus se quebrou com a batida.

Polícia do Maranhão prende sete suspeitos de participar de ataques

Governo diz que ônibus foram queimados por ordem de dentro da prisão e aumenta policiamento nas ruas


Agência Estado
SÃO PAULO - A polícia maranhense prendeu neste sábado, 4, sete suspeitos de participar de ataques a ônibus em São Luís na noite desta sexta-feira. Segundo informações do governo do Estado do Maranhão, o número de policiais nas ruas foi aumentado na tentativa de evitar novos ataques.
"Temos informações comprovadas do Setor de Inteligência Policial de que esses ataques são uma resposta ao sistema de moralização e de retomada da disciplina do sistema penitenciário", declarou ao portal do governo estadual o secretário de Segurança, Aluisio Mendes. De acordo com ele, a "retomada da disciplina" não vai parar por conta dos ataques.
A crise no sistema carcerário do Maranhão ganhou as ruas da capital na noite de ontem após uma ordem partida de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas fazer com que bandidos queimassem quatro ônibus e atirassem em uma delegacia de polícia. Os policiais maranhenses ainda investigam se a execução do policial militar reformado Antônio César Cerejo, ocorrida durante a ação, tem ligação com a onda de terror promovida pelos membros de duas facções criminosas que lutam pelo controle do tráfico de drogas em São Luís.
O estado de saúde de uma das crianças feridas durante os ataques é gravíssimo, segundo o Hospital Municipal Clementino de Moura. Ela tem seis anos, está com 90% do corpo queimado e segue entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outras quatro pessoas estão feridas. Três em estado grave, sendo uma também criança.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu explicações à governadora Roseana Sarney sobre as providências que serão tomadas para controlar a situação penitenciária do Estado. Somente em 2014, dois detentos foram mortos dentro do presídio de Pedrinhas.(Com informações do site do governo do Maranhão e da Agência Brasil)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

São Paulo registra 35,4°C às 15h desta sexta-feira, diz Inmet

Máxima 'oficial' registrada em Santana entrou no 'top 10' da série histórica. 
Em outra medição, do CGE, sensação de calor chegou a 46ºC na Penha.

Do G1 São Paulo

Paulistanos aproveitam tarde de forte calor no Sesc Belenzinho, em São Paulo, SP, nesta sexta-feira (03). (Foto: Gero/Futura Press/Estadão Conteúdo)Paulistanos aproveitam tarde de forte calor no Sesc Belenzinho, em São Paulo, SP, nesta sexta-feira (03). (Foto: Gero/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O calor na cidade de São Paulo chegou aos 35,4°C às 15h desta sexta-feira (3), maior temperatura desde outubro de 2012, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A máxima foi a 9ª maior entre a série históricas de temperaturas compiladas entre 1943 e 2014.
 Os dados foram registrados na estação do Mirante de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Em  31 de outubro de 2012, a marca foi de 36,6°C. Quando são comparados apenas o mês de janeiro, não fazia tanto calor desde o ano de 1999, quando foram verificadas três temperaturas superiores a 36°C, inclusive com o registro recorde de 37°C em 20 de janeiro de 1999.

Ranking da temperatura
Calor na madrugada
De acordo com o Inmet, a madrugada de calor na capital de São Paulo teve registro de mínima de 24,2°C perto das 6h da manhã, a madrugada mais quente desde o 31 de outubro de 2012, quando registrou-se 24,9°C.  No comparativo com janeiros recentes, esta foi a 2ª madrugada mais quente desde 1979, a maior temperatura é de 16 de janeiro de 2005 com 24,4°.
Veja abaixo as maiores máximas na capital paulista, segundo o Inmet:

1º - 37,0°C  em  20/01/1999
2º - 36,7°C  em  19/01/1999 
3º - 36,7°C  em  21/01/1999
4º - 36,6°C  em  31/10/2012
5º - 36,1°C em  30/10/2012
6º - 35,7°C  em  10/10/2012
7º - 35,6°C  em  11/10/2002
8º - 35,6°C  em  03/12/1998
9º - 35,4°C  em  03/01/2014

Sensação térmica
A medição oficial para fins de comparativos históricos é realizada pelo Inmet, sempre no Mirante de Santana. Entretanto a Prefeitura de São Paulo, por meio do do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), realiza medições em outros pontos da cidade e verificou calor de até 37°C e aponta ainda que a sensação de calor pode ter alcançado 46°C nesta tarde.
De acordo com o meteorologista Thomaz Garcia, do CGE, a média de temperatura máxima registrada em toda a cidade foi de 35°C, mas a combinação com o índice de umidade relativa do ar, que entrou em declínio durante o dia e atingiu 34% em alguns bairros, como o Tucuruvi, na Zona Norte, e a Mooca e a Vila Prudente, na Zona Leste, gerou a sensação de um calor ainda mais forte.
De acordo com o meteorologista, esses dados são aplicados a um quadro denominado "Tabela de Índice de Calor". De acordo com os cálculos previstos, a sensação de calor no Tucuruvi, na Mooca e Vila Prudente chegou a 40°C.
Entretanto, a sensação de calor máxima foi registrada no bairro da Penha, na Zona Leste, onde o termômetro da estação meteorológica automática apontou os 37°C combinado com uma umidade relativa do ar de 42%. O resultado foi uma sensação térmica de 46ºC.
Ao todo, o CGE mantém 26 estações meteorológicas em diversas regiões da capital.
  •  
  •  
Grupo de garotos se refresca em lago da praça da República, no centro de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (3). (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)Grupo de garotos se refresca em lago da praça da República, no centro de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (3). (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/sao-paulo-registra-354c-15h-desta-sexta-feira-diz-inmet.html

Pressão alta é mais perigosa em mulheres, diz estudo

Pesquisadores encontraram 30% a 40% mais doenças vasculares em mulheres do em que homens com mesmo nível de pressão arterial

Médicos sugerem tratamento diferenciado para a pressão alta em homens e mulheres
Médicos sugerem tratamento diferenciado para a pressão alta em homens e mulheres (Thinkstock)
Um novo estudo sugere que homens e mulheres devem tratar a pressão alta de forma diferente. Pela primeira vez, pesquisadores encontraram diferenças significativas nos mecanismos que causam a elevação da pressão sanguínea de acordo com o sexo e sugerem que as mulheres sejam tratadas mais cedo e de forma mais intensa. O artigo que descreve esses resultados foi publicado na edição de dezembro do periódico Therapeutic Advances in Cardiovascular Disease.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Hemodynamic and hormonal patterns of untreated essential hypertension in men and women 

Onde foi divulgada: periódico Therapeutic Advances in Cardiovascular Disease

Quem fez: Carlos M. Ferrario, Jewell A. Jessup e Ronald D. Smith

Instituição: Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 100 homens e mulheres a partir de 53 anos de idade, que apresentavam pressão alta e não eram tratados

Resultado: Os pesquisadores descobriram que, para o mesmo nível de elevação da pressão sanguínea, pacientes do sexo feminino apresentavam 30 a 40% mais doenças vasculares do que os do sexo masculino
"Este é o primeiro estudo a considerar o gênero, dentre os vários fatores que contribuem para a elevação da pressão sanguínea, como um elemento a ser levado em conta na seleção de agentes anti-hipertensivos", diz Carlos Ferrario, professor de cirurgia do Centro Médico Wake Forest Baptist, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo.
O questionamento que levou a pesquisa a ser realizada partiu da percepção de que, apesar de ter havido uma redução significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares em homens nas últimas duas a três décadas, a estatística não se repetiu entre o sexo feminino.

As doenças do coração se tornaram a principal causa de morte entre as mulheres americanas, correspondendo a quase um terço de todos os óbitos. O cenário é semelhante no Brasil: segundo dados de 2012 do Ministério da Saúde, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto aparecem em primeiro lugar nas causas de mortalidade feminina, representando 34,2% do total. Considerando que pacientes dos dois gêneros recebem o mesmo tipo de tratamento médico, os pesquisadores começaram a suspeitar que algo estaria dando errado para as mulheres.
Pesquisa – Participaram do estudo 100 homens e mulheres a partir de 53 anos de idade, que apresentavam pressão alta, mas não tinham se submetido a nenhum tipo de tratamento. Eles passaram por diversos testes para avaliar, por exemplo, as forças envolvidas na circulação do sangue e as características hormonais dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento da hipertensão.
Os pesquisadores descobriram que, para o mesmo nível de elevação da pressão sanguínea, mulheres apresentavam 30 a 40% mais doenças vasculares do que homens. Além disso, diferenças fisiológicas significativas no sistema cardiovascular delas, incluindo os tipos e quantidades de hormônios envolvidos no controle da pressão, contribuíam para a severidade e frequência das doenças cardíacas.
"É necessário entender mais profundamente as características específicas do sexo feminino na hipertensão para otimizar os tratamentos para essa população vulnerável", afirma Ferrario.

Vendas de automóveis no Brasil caem 1,61% em 2013

Vendas tiveram a primeira queda em 10 anos e somaram 3,57 milhões ao longo do ano

Beatriz Bulla, da Agência Estado
SÃO PAULO - O total de automóveis e comerciais leves emplacados em 2013 atingiu 3.575.935 unidades, o que representa um recuo de 1,61% em relação ao total de 3,634 milhões de unidades registradas em 2012, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A despeito de o mês de dezembro ter sido positivo para a indústria automobilística, o setor não conseguiu recuperar a queda nas vendas registrada ao longo de 2013. No ano, a queda de 1,61% foi o primeiro resultado negativo em 10 anos. A última vez que o segmento de automóveis e comerciais leves registrou queda nas vendas foi no ano de 2003 ante 2002, com resultado negativo de 1,40%. Desde então, de acordo com os dados da Fenabrave, o segmento só registrava resultados positivos.
Em 2013, a queda nas vendas de automóveis e comerciais leves chegou a 1,61%. No subtotal das vendas, que engloba ainda caminhões e ônibus, a queda é de 0,91%. No total de vendas de veículos, que conta também com motos, implementos rodoviários e outros, também foi registrada queda, de 2,29%.
Em outubro, frente à expectativa de recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para janeiro, a Fenabrave esperava um aquecimento nas vendas de automóveis e comerciais leves nos últimos meses do ano, capaz de equilibrar o resultado de 2013 para algo em torno de 1% positivo.
As vendas de caminhões e ônibus cresceram 14,36% no mesmo período, de 167.298 unidades (dado atualizado) para 191.319 unidades e as vendas de motos caíram 7,44%, somando 1.515.689 unidades no ano passado.
As vendas totais, que englobam automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos, alcançaram 5.485.671 unidades em 2013, o que equivale a uma queda de 2,29% sobre as 5,586 milhões de unidades vistas em 2012.
Dezembro
Segundo a Fenabrave, em dezembro, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves atingiram 335.948 unidades, baixa de 2,27% na comparação com as 343.739 unidades (dado revisado) de dezembro de 2012 e alta de 16,57% sobre o resultado de novembro de 2013.
As vendas de caminhões cresceram 15,76% sobre igual mês do ano anterior e também registraram um avanço de 23,82% sobre novembro, com a venda de 14.502 unidades.
Somados, caminhões e ônibus mostraram altas de 15,08% sobre dezembro de 2012 e de 21,58% sobre novembro de 2013. Os dois segmentos totalizaram 17.915 unidades vendidas em dezembro do ano passado. No caso das motos, houve crescimento de 1,87% dos emplacamentos sobre dezembro de 2012, para 140.587 unidades. A alta foi de 15,02% na comparação com novembro.
No total de dezembro - soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos - as vendas de veículos chegaram a 510.808 unidades no Brasil, altas de 0,10% na comparação com igual mês de 2012 e de 16,03% ante novembro.

Sorocaba - Saae reconhece que pontos de corrosão e ferrugem tornam sistema vulnerável

Más condições de tubulação pode provocar novo rompimento da rede
ETE Aparecidinha: atraso em obras impede universalização da coleta - ARQUIVO JCS / PEDRO NEGRÃO


    André Moraes
andre.moraes@jcruzeiro.com.br 

O rompimento de uma da tubulação que faz a ligação entre duas adutoras, ocorrido no início dessa semana, e que deixou cerca de 60% de Sorocaba com problemas no fornecimento de água, foi sanado em pouco mais de um dia, porém o próprio Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) reconhece que não é possível assegurar que a cidade está livre de passar por situação semelhante no futuro. Segundo a autarquia, o grande problema é possibilidade da ocorrência de "fatos imprevisíveis" no entorno da tubulação que capta a água da represa do Clemente, que é antiga e apresenta alguns pontos de corrosão e ferrugem. O Saae garante, no entanto, que investimentos de segurança nas adutoras foram realizados nos últimos anos, para evitar que os sorocabanos fique sem água, além do monitoramento diário, feito in loco e on-line, nos 15 quilômetros de extensão da tubulação. 

De acordo com a autarquia, existe um planejamento de vistoria das adutoras para impedir que problemas ao longo da estrutura afetem o serviço de distribuição de água na cidade. O Saae informa que diariamente é feita a inspeção visual, por meio de seus fiscais, que percorrem o trajeto das tubulações, com a intenção de verificar as condições operacionais e de conservação das linhas, comunicando imediatamente eventuais vazamentos e condições de riscos da integridade das tubulações. "Mediante a identificação de alguma avaria é feita a programação da manutenção conforme o grau de criticidade do evento", relata, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa. 

O Saae também conta com um monitoramento feito on-line, por meio de um sistema de telemetria, que permite verificar as condições do nível da represa do Clemente e de cada uma das adutoras. Por isso, equipes da autarquia ficam de prontidão 24 horas por dia verificando o sistema, na sala de rádio e telemetria localizada na unidade central do Saae, no bairro de Santa Rosália. Caso algo de errado seja avistado, as equipes técnicas da autarquia são avisadas, para verificar e fazer os reparos necessários. 

Além de contar com esses serviços, o Saae ainda cita que já foram investidos cerca de R$ 15 milhões, para a realização de uma obra de melhoria das condições de estabilidade das adutoras localizadas na Serra de São Francisco, realizada entre 2009 e 2012. Essa ação foi necessária, devido ao deslizamento de pedras existentes naquele local que causaram dois rompimentos nas adutoras, sendo um em janeiro de 2004 e outro em janeiro de 2006. No de 2004, 85% da cidade ficou sem o abastecimento de água durante seis dias, e no ocorrido de 2006, os sorocabanos ficaram sem água por cinco dias. Foram feitas, então, proteções, que contam com telas, concreto ou amarras de cabos de aço. Caso essas pedras deslizem novamente, elas têm ainda barreiras feitas de alambrado com 610 metros lineares e 4 metros de altura - o correspondente a aproximadamente 3 mil metros quadrados de tela. 

Corrosões 

A reportagem do Cruzeiro do Sul esteve ontem no local onde houve o último rompimento da tubulação que faz o ligação entre as duas adutoras, ocorrido na tarde do dia 30 de dezembro, e pode notar que a tubulação é antiga, por isso apresenta alguns sinais de corrosão e ferrugem. Durante uma visita feita no dia 31 de dezembro, a reportagem também notou que existia um vazamento preocupante, a 400 metros do tubo rompido, que o Saae informou que já era de conhecimento da autarquia, por isso uma manutenção estava prevista. O Saae ressaltou ontem que o serviço foi concluído e tudo segue na normalidade. 

Como forma de evitar que a idade da tubulação e as corrosões na mesma possam voltar a preocupar os sorocabanos, a autarquia afirma que possui a previsão de investir na substituição de uma das adutoras. Se trata de uma tubulação de aço de 500 milímetros de diâmetro, que percorre um trecho de 12 quilômetros. O Saae também cita a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Vitória Régia, que captará a água do rio Sorocaba para tratamento e distribuição. A autarquia alega que essa ação fará com que a cidade tenha uma nova alternativa de abastecimento, reduzindo a dependência da água que vem pelas adutoras da represa do Clemente. 

Rompimento 

O rompimento na tubulação que faz a ligação entre as adutoras, que está localizada próxima à fábrica de cimento Santa Helena, em Votorantim, ocorreu na tarde do dia 30, durante o feriadão de Réveillon, fazendo com que 60% dos imóveis de Sorocaba ficassem sem água. O sistema foi normalizado no dia 1º, depois que o serviço de manutenção foi concluído às 0h do dia 31. Segundo o Saae, foi verificado um pequeno vazamento no dia 30, numa inspeção diária, e, após isto, técnicos foram ao local, mas o problema já havia tomado outras proporções devido à corrosão na tubulação de aço que capta a água da represa do Clemente e transporta para a ETA Cerrado.

Saae recebe R$ 3 mi para obras na rede de esgoto

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) irá investir cerca de R$ 3 milhões em melhorias do sistema de tratamento de esgoto de Sorocaba. Esse recurso é proveniente de um convênio feito com o governo do Estado, por meio do Programa de Apoio à Recuperação de Águas (Reágua), e vai contemplar cinco ações, fazendo com que mais de 22 mil habitantes passem a contar com esse serviço básico. Segundo a autarquia, essas obras são "imprescindíveis" para universalizar a coleta, transporte e tratamento de esgotos que não são coletados até o momento, por serem gerados por imóveis que utilizam-se de fossas individuais. Atualmente 96% do esgoto gerado no município é tratado. O prazo final para a entrega de todas as melhorias é em novembro de 2015. 

Conforme publicado no Diário Oficial do Estado, na edição do último sábado (dia 28), a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos aprovou a liberação de recursos para cinco ações, distribuídas em sete localidades da cidade, que serão realizadas pelo Saae. A primeira delas, sob o valor de R$ 380.582, é para a construção de três redes coletoras de esgoto em diferentes bairros da cidade. O bairro Bom Jesus será contemplado com uma rede coletora de 2.640 metros de extensão, que será construída no final da avenida Ipanema, atendendo aproximadamente 765 habitantes. Outra rede será implantada na rua Paulo Varchavacthik, em Brigadeiro Tobias, com extensão total de 446 metros, para o atendimento de 110 habitantes residentes naquela região. Os 65 habitantes do bairro Chácaras Reunidas São Jorge (localizado no quilômetro 105 da rodovia Raposo Tavares), também serão contemplados com uma rede de coleta de esgoto, que possuirá 256 metros de extensão. 

O financiamento de R$ 1.304.390, proveniente do Reágua, servirá para que o Saae implante uma rede coletora de esgoto e um coletor-tronco no final da avenida Ipanema, para atender os 1.310 habitantes do bairro Recreio dos Sorocabanos. Essa estrutura terá 11.933 metros de extensão. 

Outro investimento do Saae será para a construção do coletor-tronco do residencial Bosque Ipanema, com 929 metros de extensão, para o recebimento do esgoto de 600 ligações desse condomínio. A estrutura também servirá para coletar os esgotos das redes coletoras do Jardim Botucatu, com 542 unidades residenciais, sob um investimento de R$ 245.309. 

Os recursos do Reágua também servirão para a construção de duas Estações Elevatórias de Esgoto, para fazer o bombeamento dos resíduos. Um deles será implantado na rua José Sarti, em Brigadeiro Tobias, para o atendimento de 540 habitantes. Foram liberados R$ 132 mil para essa obra. Já o outro será para o atendimento dos 19,3 mil habitantes do bairro Cajuru, sob um investimento de R$ 876 mil. 

ETE de Aparecidinha 

Todas essas ações podem contribuir para universalizar o tratamento do esgoto gerado na cidade, porém o serviço ainda não atinge 100% dos sorocabanos até o momento. Segundo o Saae, de todo o esgoto gerado no município, 96% dele passa por tratamento, para evitar a poluição de rios e nascentes. Seria possível atingir esses 4% restantes, caso a autarquia finalizasse as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Aparecidinha, que já se arrastam desde 2011, tendo várias datas de inauguração marcadas e remarcadas. A estrutura estava sendo montada por uma empreiteira, que abandonou a obra em dezembro de 2012, alegando um "desequilíbrio econômico-financeiro do contrato". 

O Saae agora revela que está aguardando a abertura de uma nova licitação, para a retomada e conclusão dos serviços ainda pendentes. A autarquia ainda informa que o novo prazo para conclusão das obras é março de 2015. Em abril do ano passado, o Saae relatou que 85,13% da estrutura da ETE já está finalizada.(A.M.) 

Sorocaba - Lojas do Centro fazem "Liquida Tudo 2014" a partir de 2ª feira

A promoção abrange cerca de 750 lojas de Sorocaba
 "Esse estoque tem de se transformar em capital, pois temos compromissos para pagar" - Hudson Pessini  Pessoas vão encontrar preços bons, garante Hudson Pessini - ADIVAL B. PINTO


    Anderson Oliveira
anderson.oliveira@jcruzeiro.com.br 

Estabelecimentos comerciais da região central de Sorocaba iniciam, na próxima segunda-feira, o Liquida Tudo 2014. A iniciativa, que se estende até o dia 18, sábado, é organizada pela Associação do Centro de Sorocaba (Aceso) e tem o objetivo de alcançar a meta de vendas das lojas da região, que tiveram prejuízo no último mês. As promoções abrangem vários setores do comércio e cada loja terá, pelo menos, um produto com 50% de desconto. Cerca de 750 lojas devem participar da ação, de acordo com a Aceso, e poderão ser identificadas por meio de uma faixa colocada na entrada. 

Segundo Hudson Pessini, diretor de Relações Públicas da Aceso, a iniciativa em conjunto das lojas do Centro é resultado do baixo faturamento do último mês. "Quem empatou com as vendas de 2012, comemorou muito, soltou rojão, mas todo mundo ficou abaixo do esperado." Segundo ele, o Liquida Tudo também deve ajudar a liquidar o grande estoque que acabou ficando nos estabelecimentos comerciais. "Esse estoque tem de se transformar em capital, pois temos compromissos para pagar. A folha de pagamento agora de janeiro é altíssima, os impostos e as contas de luz e água também", destaca. 

A ideia é que as lojas coloquem, ao menos, um produto com 50% de desconto, revela Pessini. "Pelo menos um tem de ter esse desconto, mesmo que os demais sejam menores - mas podem até ser maiores -, pois isso foi o que caracterizou o sucesso do Liquida Tudo do ano passado." Ele garante, ainda, que "as pessoas que forem até o Centro vão ter a oportunidade de encontrar produtos com preço bom." 

Previsão 

Além da queda nas vendas do mês de dezembro, os lojistas do centro preveem que o mau desempenho nas vendas se repita neste ano, revela Hudson Pessini. "Não vai ser um ano muito fácil, porque vai passar muito rápido e o foco será prejudicado". Segundo ele, a ocorrência do Carnaval em março é um fator ruim, pois "o ano começa para os lojistas só após esse período." 

De acordo com ele, a Copa do Mundo no Brasil também deve atrapalhar o comércio, com exceção do setor de esportes, que será bastante beneficiado. "O Dia das Mães e o Dia dos Namorados estarão com o foco totalmente dividido." E acrescenta: "E depois começa também a eleição governamental e presidencial, que desfocam também e mexem com a rotina dos brasileiros e prejudicam as vendas." 

Diante disso, o representante da Aceso explica que o comerciante deve buscar segurança nesse ano. "O lojista vai ter que estar bem seguro; vai ter de comprar não muito a prazo, mais à vista, manter o estoque dentro do necessário e tentar fazer um controle financeiro maior para que não se complique". Ainda segundo Pessini, "o crescimento maior vai ser em 2015, por conta de todos os gastos deste ano. "Vamos ter a Copa, as eleições, e todo esse capital vai aquecer a economia, mas só deverá chegar aqui no próximo ano", finaliza. 

Dicas do Procon 

Para os que desejam aproveitar as promoções do pós-Natal, o Procon de São Paulo fornece uma série de dicas importantes. O órgão alerta, no entanto, para o comprometimento do orçamento com gastos típicos desta época do ano, como os impostos (IPTU e IPVA) e os uniformes e materiais escolares. Mas se ainda assim o consumidor tiver a possibilidade de ir às compras, as dicas são: 

- Verificar as ofertas antecipadamente e definir previamente o que precisa adquirir; 

- Não ter pressa e atentar para o estado do produto que está sendo comprado; 

- Todo produto durável possui garantia de 90 dias (mas não se esquecer do certificado); 

- Em caso de produtos vendidos com pequenos defeitos, exigir que o vendedor descrimine o problema na nota fiscal; 

- As lojas não são obrigadas a trocas produtos por motivo de cor, tamanho e gosto, a não ser que tenham se comprometido a isso por escrito, em etiquetas ou na nota fiscal; 

- Se o produto apresentar problemas, o fornecedor tem 30 dias para resolver a situação; caso contrário, ele deverá trocar a mercadoria ou devolver a quantia paga com correção monetária; 

- Sempre perguntar ao vendedor quais são as opções de pagamento oferecidas pela loja e escolher aquela que mais se encaixa ao orçamento; lembrando que o melhor é sempre pagar à vista; 

- Caso não pague à vista, o consumidor deve observar o contrato de financiamento e os juros cobrados; 

- Nos pagamentos com cartão de crédito, o valor do produto não deve sofrer alteração.

Caraguatatuba adota 'tolerância (quase) zero' contra pancadão

RICARDO HIAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CARAGUATATUBA (SP)

A Prefeitura de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, promete "tolerância zero" ao som alto de carros.
Uma ação integrada com a Polícia Militar, iniciada no mês passado, tenta combater quem ouve músicas acima do permitido (80 decibéis).
"Neste ano, vamos ter tolerância zero com o som alto e a atividade de alguns baderneiros que querem tirar o sossego de moradores e turistas", disse o secretário de Trânsito, João Amandes.
Diferente de São Paulo, onde legislação similar foi regulamentada nesta semana, a lei da cidade do litoral é antiga, de 2000, mas só agora vem sendo intensificada. De 26 de dezembro a anteontem, 15 veículos foram apreendidos.
A lei de Caraguá prevê a remoção do veículo e multa de R$ 300. A retirada do carro só ocorre após o pagamento do guincho (R$ 202,84), do pátio (diária de R$ 20,28) e de multa de R$ 127,69 -o motorista leva cinco pontos na carteira.
A tolerância em Caraguá só não é zero porque a fiscalização dá uma primeira chance ao infrator. Após o flagrante, é solicitado ao proprietário que reduza o volume.
A placa do veículo é registrada. Em caso de novo flagrante, aí sim todas as sanções são aplicadas.
Durante a festa de Réveillon, a fiscalização apreendeu, no centro, cinco veículos logo na primeira hora de 2014.
Mesmo assim, vários outros continuaram com o os pancadões na madrugada.
Folha encontrou dezenas de veículos com som alto nas praias de Caraguá. A maioria ao som de funk.
O comerciante Maurício Gusmão, 27, um dos que curtiam o som, disse não concordar com a ação da polícia por se tratar de uma diversão.
Já a dona de casa Cristina de Mattos, que mora em Caraguatatuba, diz que é preciso, sim, combater os abusos.

Seleção pelo Enem tem 171 mil vagas no ensino superior

Sistema unificado do MEC registrou alta de 33% na oferta e será usado por 115 instituições; inscrições vão de segunda a sexta-feira


Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 poderão concorrer a 171.756 vagas em instituições públicas de ensino superior a partir de segunda-feira, quando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abre as inscrições. O número de vagas é 33% maior do que o ofertado no primeiro semestre do ano passado.
O Sisu centraliza as vagas em instituições de ensino superior, sobretudo federais, que adotam o Enem como processo seletivo único para seus cursos ou parte deles. Durante o período de inscrições, os candidatos podem testar se é possível ingressar nos cursos pretendidos a partir da nota de corte divulgada ao fim de cada dia. As inscrições ficam abertas até o dia 10 e são feitas pela internet.
Neste ano, o Sisu teve adesão de 115 instituições, contra 101 em 2013. O número de cursos também aumentou, chegando a 4.731 opções (salto de 26%), de acordo com levantamento feito pela reportagem no site do sistema - onde já é possível consultar as vagas disponíveis.
A maior concentração está no Nordeste - quase 40% das vagas estão nessa região -, seguido por Sudeste (28%), Sul (13%), Centro-Oeste (12,5%) e Norte (7%).
Estreia. O Estado com a maior oferta de vagas é Minas, com 20.029 cadeiras. Isso porque é também o Estado com o maior número de instituições de ensino participantes, 18 no total. Entre elas está a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que estreia neste ano no Sisu.
Segunda maior federal do País, ficando atrás apenas da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a UFMG oferece neste primeiro semestre 3.535 vagas. São 77 cursos. A UFRJ adotou o Enem como vestibular em 2012.
Outra grande universidade federal a aderir ao Sisu em 2014 é a de Brasília (UnB), que preencherá 50% das vagas com quem fez o Enem. A instituição tem 88 cursos no sistema, com a oferta de 1.986 vagas.
A adesão da UnB acabou com um mal-estar dentro do Ministério da Educação (MEC), uma vez que a universidade participava da realização do Enem, com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), mas mantinha vestibular próprio.
O Sisu foi criado em 2010, após a reformulação do Enem, feita no ano anterior. Com a mudança - que foi do número de questões até o sistema de correção de itens -, o Enem passou a ser usado como vestibular.
O plano do MEC era avançar com maior velocidade na adesão das instituições, mas os problemas na aplicação do exame nas três primeiras edições (em 2009, 2010 e 2011) deixaram as instituições reticentes. Assim, muitas universidades preferiram aguardar edições sem problemas, como registrado nas duas últimas provas, e também comparar a experiência das instituições na seleção dos ingressantes.
Peso. Todas as 59 universidade federais usam o Enem de alguma forma em sua seleção, apesar de algumas ainda não entrarem no Sisu. É o caso das federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, em que o exame tem peso na nota final do vestibular próprio.
As três universidades federais do Estado de São Paulo, além do Instituto Federal de Educação (IFSP, antigo Cefet-SP), já aderiram ao Sisu. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entretanto, adota vestibular próprio para cursos da área de saúde, como Medicina. Neste Sisu, São Paulo tem 10.304 vagas - 8% (ou 760 vagas) a mais do que em 2013.
A Lei de Cotas exige que, em 2014, o mínimo de 25% das vagas de cada curso nas instituições federais de ensino sejam ocupadas por estudantes de escola pública. Metade deve ser de renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita e a proporção de negros e indígenas de cada Estado deve ser respeitada entre os cotistas. 

Polícia do Colorado faz blitz no trânsito após legalização da maconha

Polícia estadual pretende reprimir motoristas que dirigem sob efeito da maconha; lei que regulariza venda entrou em vigor no primeiro dia do ano


O Estado de S.Paulo
DENVER - No dia seguinte à legalização da maconha para uso recreativo no Estado americano do Colorado, autoridades locais intensificaram a fiscalização de trânsito contra pessoas dirigindo sob efeito da droga. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (CSP, na sigla em inglês), a aprovação da lei não elimina a obrigação dos motoristas de estarem sóbrios ao conduzir seus veículos.
"A CSP continua a cumprir as leis que proíbem a direção sob efeito de drogas, seja maconha, álcool ou qualquer outra substância", disse o porta-voz Mike Baker.
Com a legalização, a polícia incluirá relatórios de inteligência em pontos de fiscalização para descobrir motoristas sob efeitos de drogas. Segundo o Departamento de Transporte do Estado, em 2012, foram registrados 472 mortes no trânsito no Colorado. Em 7,4% dos casos, os condutores estavam sob efeito da droga, que, segundo especialistas, provoca sonolência e diminui o tempo de reação ao volante. Em Denver, a capital, também em 2012, apenas 3,6% das prisões por direção sob efeito de drogas tinham relação com o consumo de maconha.
O limite estadual de THC no sangue permitido para dirigir é de 5 nanogramas por mililitro. Nos próximos meses, deverá ser lançado um programa de educação sobre o trânsito e sobre a nova lei de maconha nas escolas estaduais.
Para detectar se o motorista está sob o efeito da droga, podem ser feitos testes a partir da saliva e exames de sangue. O Colorado é o primeiro Estado americano a permitir a compra de maconha para uso recreativo, desde que feita por maiores de 21 anos. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Mulher é prensada entre dois ônibus dentro de terminal de ônibus em Sorocaba


Com a batida, o para-brisa ficou trincado - Divulgação/Anderson Monteiro

Uma mulher de 26 anos foi prensada entre dois ônibus dentro do terminal Santo Antônio na manhã desta quinta-feira (2). Segundo testemunhas, a vítima passou entre dois veículos quando um deles deu ré e a atingiu. Com a batida, o retrovisor do ônibus quebrou. A vítima foi levada para o hospital consciente, com ferimentos na cabeça e no tórax.

O acidente aconteceu às 11h em frente à lanchonete Expresso. A vítima, aparentemente acompanhada de duas crianças, tentou atravessar a plataforma, próximo ao ponto da linha São Bento, quando foi prensada. O local foi isolado até a chegada do Corpo de Bombeiros, 20 minutos após o acidente. A vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital Regional.

Anderson Monteiro que estava no terminal no momento do acidente contou como foi: "Ouvi um grito e corri para ver. Foi uma sensação horrível, mas graças a Deus ela está bem".

Travessia fora da faixa

De acordo com a Urbes - Trânsito e Transportes, a mulher atravessou a via fora da faixa de pedestres no momento em que foi atingida pelo ônibus que estacionava. Ela foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital Regional devido a um ferimento na cabeça. Ainda de acordo com a Urbes, a empresa Consor prestou toda a assistência necessária à vítima. A mulher teve alta às 15h. A Urbes destacou que o terminal possui placas de orientação para que os pedestres utilizem as faixas de segurança para a travessia, inclusive próximo ao local do acidente.

Startup bagunçada do ponto de vista jurídico pode afugentar potenciais investidores

Pontos de atenção incluem questão societária, propriedade intelectual e contratos

O Brasil conta com mais de 10 mil empresas de inovação tecnológica que levantaram cerca de R$ 1,7 bilhão em aportes em 2012, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Mais do que ter um negócio promissor, a startup também precisa estar preparada do ponto de vista jurídico para se tornar atrativa para os investidores.
"O investidor não vai escolher a empresa porque gosta mais de um negócio do que do outro. Ele vai escolher qual empresa está mais preparada e tem mais condições de crescer no mercado. Se uma startup tem pendências, um prazo de seis meses para resolver os problemas é crucial e o investidor pode optar por outro negócio que está mais preparado", diz Frederico Viana Rodrigues, um dos sócios do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch, que criou uma área especializada em startups.
De acordo com Rodrigues, uma startup já começa pensando na entrada de um investidor, quando será sua abertura de capital. "A startup tem o DNA para ser grande e precisa ter um ambiente preparado para quando o investidor chegar", diz. Diante desse cenário, Rodrigues citou três pontos de atenção para o empreendedor com estratégia de crescimento para seu negócio.
1 - Sociedade
O primeiro ponto é a questão societária. Na constituição da empresa, muitas vezes, o jeito mais fácil e barato é utilizar um contrato pré-moldado. "Isso é um ponto complicado. Ainda que o empreendedor comece sozinho, os atos societários precisam estar em linha com o entendimento do mercado", diz Rodrigues.
O empreendedor precisa definir o melhor tipo de sociedade, a constituição dos atos societários de forma clara e objetiva e a criação de um acordo de sócios que estipule as relações de voto e transferência de ações. "São questões que poderão ser futuramente um problema", pontua o advogado.
Outro alerta envolve a criação de planos de compras de ações. Em geral, as empresas iniciantes não têm condições de remunerar um profissional com recursos compatíveis e em muitos casos oferecem uma participação na sociedade. "O que vemos é que essas ofertas não são muito bem definidas", conta. Estipular de forma clara a remuneração por meio de participação societária de colaboradores ajuda a evitar problemas em caso de desligamento do profissional.
2 - Propriedade intelectual
Um ponto primordial para o negócio é a propriedade intelectual.  "Os empreendedores estão voltados a fazer acontecer e, muitas vezes, se descuidam e esquecem de proteger seu produto do ponto de vista da propriedade intelectual. E o investidor vai querer saber se o empreendedor tem o produto registrado, o que o diferencia do concorrente", afirma Rodrigues.
3 - Questões contratuais
O empreendedor também precisa se preocupar com a elaboração de contratos que protejam a realização dos negócios. É importante ter cláusulas que não dificultem a captação de recursos através de dívidas ou de investidores estratégicos. Ou mesmo que o contrato atual tenha esse impedimento, é importante ter cláusulas que preveem como lidar com essas situações.

Novo mínimo terá impacto de R$ 1,79 bi para municípios, diz CNM

Salário, que era de R$ 678 no ano passado, passou para R$ 724 por mês em 2014

DEBORA BERGAMASCO - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organização que se identifica como apartidária e sem fins lucrativos, apresenta um cálculo mostrando que o aumento do salário mínimo em 6,78% causará um impacto de R$ 1,79 bilhões nos caixas dos municípios neste ano. Isso porque boa parte da folha de pagamento do serviço público das cidades é baseada no piso federal.
De acordo com a CNM, desde 2003, a política de valorização do mínimo acumula impacto de R$ 18,8 bilhões aos cofres municipais. Em nota, a entidade reconhece que os reajustes anuais do mínimo "se mostrou bastante salutar à população e ao conjunto da economia", mas afirma que os caixas das prefeituras acabam sofrendo pressão. "Vale lembrar que o conjunto dos municípios é o maior empregador do Brasil, com mais de 2 milhões de funcionários com remuneração vinculada ao salário mínimo", descreve a CNM.
A Confederação explicou que no cálculo do impacto do reajuste do salário mínimo nas contas municipais foram considerados dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da base de dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego sobre a quantidade de funcionários públicos municipais que recebem até 1,5 salário mínimo. "Multiplicamos o total de funcionários em cada um dos anos, considerando as faixas de remuneração, pelo aumento do salário mínimo. A estimativa inclui os encargos que são pagos sobre o salário base, como o INSS patronal, FGTS, Salário Família, PIS , Sistema S, entre outros", explica a CNM.
Em 2014, o novo valor salário mínimo é de R$ 724 por mês, ante R$ 678 mensal, no ano passado. Isso representa uma alta de 6,78%. O Decreto 8.166, da presidente Dilma Rousseff, foi publicado no Diário Oficial da União de 24 de dezembro, estabelecendo o reajuste. 

Balança comercial encerra 2013 com pior resultado em 13 anos

Exportações superaram as importações em US$ 2,561 bilhões, resultado bastante inferior ao de 2012, quando houve superávit de US$ 19,396 bilhões

Exportações superaram as importações em 2013, mas o resultado veio muito menor do que nos últimos anos
Exportações superaram as importações em 2013, mas o resultado veio muito menor do que nos últimos anos (Ivan Pacheco)
A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,561 bilhões de dólares em 2013, o pior resultado desde 2000, quando as importações superaram as exportações em 731 milhões de dólares. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações brasileiras totalizaram 242,178 bilhões de dólares em 2013, queda de 1% ante 2012, enquanto as importações subiram 6,5%, para 239,617 bilhões de dólares, pela média por dia útil, de acordo com dados do governo. Em relação a 2012, quando o superávit foi de 19,396 bilhões de dólares, o saldo recuou 86,8%.
Em dezembro, o saldo ficou positivo em 2,654 bilhões de dólares, o pior resultado para o mês desde 2003, quando houve superávit de 2,756 bilhão de dólares. O resultado veio, porém, bem acima da mediana das expectativas de pesquisa Reuters, que apontava para um superávit de 1,35 bilhão de dólares. No último mês do ano, as exportações somaram 20,846 bilhões de dólares em dezembro e as importações, 18,192 bilhões de dólares.
O dado de dezembro foi ajudado pela exportação de plataformas de petróleo, semelhante ao que ocorreu em novembro. De acordo com o MDIC, as exportações de plataformas somaram 1,155 bilhão de dólares no mês passado. No acumulado do ano, as exportações atingiram 7,736 bilhões de dólares, alta de 426,4% em relação a 2012.
Cenário — A balança comercial se manteve deficitária em boa parte do ano, pressionada, principalmente, pela chamada conta petróleo. Por causa da manutenção de uma série de plataformas da Petrobras, o Brasil elevou sua importação de derivados do petróleo em 2013. Segundo o secretário de comércio exterior do ministério, Daniel Godinho, 2013 foi um ano "bastante difícil" devido à conta petróleo, a queda de preços e a baixa demanda externa.
A importação de combustíveis também pesou nas contas da Petrobras, que vem amargando prejuízos devido à defasagem entre os preços pagos no mercado externo e aqueles cobrados no mercado doméstico. Especialistas calculam que diferença é de 7% para gasolina e 14% para o diesel, mesmo com os reajustes aprovados em novembro, em reunião do Conselho de Administração da estatal. O governo vem segurando os preços dos combustíveis para tentar evitar uma pressão maior na inflação, que ao longo do ano andou acima de 6,5%, teto da meta para 2013.
Futuro — Para 2014, o mercado espera uma leve melhora nas exportações do país devido à retomada de atividade das plataformas de petróleo. Contudo, uma melhora consistente depende do aumento de competitividade real da indústria brasileira em relação ao mercado externo, além do aumento da demanda por produtos brasileiros.
Como de costume, o governo mantém o tom otimista em relação à balança. "O saldo comercial nesse montante é um saldo conjuntural, que tem todos os elementos para se recuperar nos próximos anos", afirmou Godinho.
China — A China foi o principal destino das exportações brasileiras em 2013, totalizando 46,026 bilhões de dólares, um crescimento de 10,8% em relação a 2012. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar. As vendas externas brasileiras para o mercado norte-americano somaram 24,856 bilhões de dólares, queda de 8,2% em relação ao ano anterior.
Apesar de todas as dificuldades no comércio bilateral, a Argentina foi o terceiro destino das exportações brasileiras, totalizando 19,616 bilhões de dólares, o que significa um incremento de 8,1%. Entre os blocos, as exportações do Brasil para o Mercosul cresceram 5,2% e para Ásia, 2,3%. Por outro lado, houve queda de 3,6% nas vendas para a União Europeia.
(com Estadão Conteúdo e agência Reuters

domingo, 29 de dezembro de 2013

Em dois anos, setor industrial fecha mais de 200 mil postos de trabalho

Emprego. Com indústria desaquecida, trabalhadores migram para o comércio e os serviços, onde ainda há vagas disponíveis; para especialistas, no entanto, o problema dessa migração é a baixa qualidade dos postos de trabalho oferecidos nesses setores

DANIELA AMORIM, IDIANA TOMAZELLI / RIO - O Estado de S.Paulo
Os problemas que a indústria brasileira atravessa já fizeram mais de 200 mil funcionários perder o emprego em pouco mais de dois anos. Os trabalhadores industriais estão migrando para setores que ainda têm fôlego para aumentar as contratações, como o comércio e, principalmente, os serviços, firmando os contornos da mobilidade do mercado de trabalho nacional.
Os números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em junho de 2011, a força de trabalho da indústria - que inclui os subsetores de transformação, extrativa e distribuição de eletricidade, gás e água - somava 3,769 milhões de empregados. O resultado foi o maior da série histórica, iniciada em março de 2002.
No mês passado, no entanto, esse número caiu para 3,544 milhões de trabalhadores. Só neste ano, são menos 117 mil vagas nas seis principais regiões metropolitanas do País.
"Hoje se emprega muito menos gente no setor industrial do que há dez anos. Isso é uma tendência de longo prazo. O emprego industrial tende a se reduzir, e a maior parte do emprego disponível é o de baixa qualificação no setor de serviços. Não há nenhuma indicação de que isso possa se reverter (no próximo ano)", afirmou o presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), Simon Schwartzman.
Desde o auge do emprego na indústria, na metade de 2011, a população ocupada no setor recuou 6%, apontou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O cálculo tem como base os dados do IBGE, cuja PME é apurada em seis regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belo Horizonte.
"Ou seja, 225 mil postos de trabalho foram extintos. Esse dado bate com o da Pesquisa Industrial Mensal: Empregos e Salários (Pimes), também do IBGE. A indústria desacelerou a produção e mandou gente embora mesmo", avaliou o economista-chefe do Iedi, Rogério César de Souza.
São Paulo. Na Região Metropolitana de São Paulo, responsável por cerca de 40% da PME, a participação da indústria na população ocupada encolheu 1,1 ponto porcentual em dois anos. O setor detinha 19,2% da população ocupada em novembro de 2011, mas passou a responder por apenas 18,1% em novembro de 2013.
No ápice do emprego industrial na região, verificado em agosto de 2008 - um mês antes da quebra do Lehmann Brothers, que marcou o início da grande crise econômica global -, o setor empregava 1,955 milhão de pessoas. Em novembro deste ano, a indústria local tinha encolhido para 1,762 milhão de funcionários, o equivalente a um corte de 193 mil vagas só em São Paulo.
Por outro lado, a região registrou aumento na participação do comércio, que saiu de uma fatia de 17,7% da população ocupada em novembro de 2011 para 18,1% em novembro último.
Ao mesmo tempo, o setor chamado de outros serviços - segmento que inclui alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais - passou a contar com uma parcela de 18,3% da população ocupada na Região Metropolitana de São Paulo, ante a fatia de 17,2% verificada dois anos antes.
Dessa maneira, a categoria de "outros serviços" ultrapassou a indústria como maior segmento empregador na região, que tem o maior e mais diversificado parque industrial do País.
Adaptação ao setor de serviços nem sempre é tarefa fácil 
Por meses, a indústria conseguiu reter trabalhadores mesmo enquanto havia retração na produção. Agora, o quadro é inverso. Nem a ligeira reação da produção nos últimos três meses foi suficiente para evitar novos cortes.
"A perda na indústria (em novembro) em relação a setembro é significativa. A indústria, por dois meses consecutivos, vem apresentando reduções nos postos de trabalho. Houve queda de 2,4% na população ocupada em outubro (na comparação com o mês anterior) e recuo de 2,5% em novembro", afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Além do vaivém da produção (desde alta de 2,8% em janeiro até queda de 2,5% em julho), a indústria perde em competitividade. Com o mercado de trabalho aquecido, é inevitável que trabalhadores migrem para outros setores, avalia o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando de Holanda Barbosa Filho. Segundo ele, acaba valendo a lógica do "quem paga mais".
João Saboia, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), pondera, contudo, que trabalhadores da indústria (dispensados ou não) podem até tentar migrar para o setor terciário, mas essa adaptação não é necessariamente fácil.
"Às vezes, o que ele sabe fazer é algo tipicamente industrial." Nesse caso, o trabalhador pode abdicar do mercado formal e se tornar um profissional autônomo, segundo o professor.
O problema do setor terciário, para onde esses trabalhadores estão migrando, é que em geral são empregos de baixa produtividade e de rendimento mais baixo, apontou Saboia. "A massa das vagas no setor terciário está na base da pirâmide." Segundo ele, o setor de serviços responde por dois terços dos empregos no País, e a tendência é de que essa proporção aumente. "Nos EUA, 80% dos empregos estão no setor terciário."