sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

MPT e 3º DP investigam Faculdades Anhanguera de Sorocaba

Ex-diretor da instituição é suspeito de falsificar documentos para credenciamento no MEC
Pupin vai convocar denunciantes - EMÍDIO MARQUES


     Adriane Mendes
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas, que teve acatado pela Justiça o pedido de afastamento do então diretor das Faculdades Anhanguera de Sorocaba, Adriano Donizete Pila, por assédio moral, investiga agora a denúncia de falsificação de documentos, que seria ordenada por ele, à fim de conseguir credenciamento junto ao Ministério da Educação (MEC). O expediente está por conta do 3º Distrito Policial de Sorocaba, que no último dia 16 instaurou o inquérito. As denúncias são de que a faculdade local não possui núcleo docente estruturante, precisando para isso, forjar até mesmo atas de reuniões e falsificar assinaturas de professores. 

De acordo com o delegado José Augusto de Barros Pupin, o expediente encaminhado pelo procurador Gustavo Rizzo Ricardo, conta com denúncias feitas por funcionários sob sigilo de suas identidades. O primeiro passo, segundo ele, será convocar os denunciantes, e posteriormente ouvir também os responsáveis pela auditoria do MEC. 

As denúncias são semelhantes em seu teor, com todas apontando Adriano Pila como o orquestrador da fraude. Numa das denúncias, o funcionário especifica que a Faculdade Anhanguera de Sorocaba não possui núcleo docente estruturante, composto por doutores das áreas com carga horária mínima de 40 horas semanais, o que caracterizaria tais professores doutores como funcionários de dedicação exclusiva. Porém, como a instituição local "abre mão desse núcleo em função do alto custo", conforme afirmação feita ao MPT, "quando há visitas do MEC esse núcleo é formado por maneira improvisada, sendo alocados profissionais de outras unidades para virem para Sorocaba como se fizessem parte do núcleo local, e que em função disso são forjadas atas de reuniões, com falsificação de assinaturas", garante o denunciante. 

Nesse mesmo depoimento, o denunciante afirma que "os coordenadores são obrigados a forjar um documento visando demonstrar, de forma fictícia, uma carga horária maior para os professores mestres e doutores, a fim de melhorar a pontuação no MEC", e acrescenta ainda que "a obrigação de falsificação de documentos por parte do senhor Adriano Pila, é feita para todos os coordenadores". 

Em outra denúncia, o depoimento é bastante taxativo ao se referir à suposta falsificação documental: "que em função das metas do MEC, os coordenadores são obrigados a falsificar dados e documentos....", e continua afirmando que "em função da perda de diversos documentos da instituição e a necessidade de recredenciamento dos cursos junto ao MEC, os coordenadores estão sendo obrigados a falsificar dados e documentos, inclusive ficha docente, já que a instituição é obrigada a ter um determinado número de mestres e doutores, que efetivamente não possui". 

Outra parte considerada importante no tocante ao teor dessa denúncia é a de que "a contratação desses mestres e doutores é uma maquiagem, visto que alguns desses não dão aulas, e que após o credenciamento da instituição junto ao MEC são todos demitidos". A reportagem não divulgou o nome de tal funcionário para preservar também sua identidade, uma vez que não há nada comprovado contra ele. 

Para o delegado Pupin, o teor das denúncias é considerado grave, e ele não descarta que a Faculdade Anhanguera de Sorocaba possa sofrer até mesmo uma intervenção pelo MEC. Ele também destacou que além de ouvir os denunciantes, que irá posteriormente oficiar o auditor do Ministério da Educação para comparar o quadro funcional da faculdade com o que era apresentado durante a avaliação do órgão federal.

Por meio de uma nota enviada pela assessoria da imprensa, o grupo Anhanguera Educacional informa que "não recebeu qualquer notificação acerca de tal denúncia e, na hipótese de ser citada, tomará todas as providências para contribuir com a elucidação do caso". 

A reportagem, também procurou a assessoria de imprensa do MEC, que não se manifestou até o fechamento desta edição. 

Assédio moral 

Por determinação da juíza Deborah Beatriz Ortolan Inocênio Nagy, da 2ª Vara do Trabalho de Sorocaba, o diretor local das Faculdades Anhanguera, Adriano Donizete Pila, foi afastado por suposta prática de assédio moral contra funcionários. A decisão, na forma de liminar judicial, dava prazo de 15 dias para o afastamento de Pila, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia, reversível ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), mas o grupo o afastou tão logo chegou a decisão judicial. 

A juíza acatou pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), após denúncia de uma funcionária que teria sido ofendida e humilhada pelo diretor. Em ação civil pública, o MPT também pede a condenação do grupo educacional ao pagamento de R$ 10 milhões "pelos danos morais coletivos causados".

“Empresários devem ficar cada vez mais atentos”, alerta advogada

Sylvia Urquiza, especialista em Direito Penal Empresarial e Compliance, diz que ‘combate à corrupção e responsabilidade penal da empresa são uma viagem sem volta’.
por Fausto Macedo
A advogada Sylvia Urquiza avalia que não é a gravidade de uma pena, por si só, que poderá acabar com a corrupção no Brasil. “Basta constatar que países que adotaram a pena de morte não expurgaram o crime de homicídio”, compara, ao falar sobre os efeitos e o alcance da nova Lei Anticorrupção, em vigor desde quarta feira, 29.
São muitas as dúvidas que tiram o sono dos executivos. Alguns estão confusos, outros preocupados.
Sylvia Urquiza, com ampla experiência nesse segmento da advocacia, observa que o País já experimentou casos de empresas que se reinventaram para não ser alcançadas por uma sanção administrativa ou cível. “Casos de criatividade fraudulenta sempre vão existir”, anota a advogada.
Especialista em Direito Penal Empresarial e Compliance, com mais de 10 anos de atuação em investigações internas focadas em legislação anticorrupção nacional e estrangeira – além da preparação de programas de compliance e aplicação de treinamentos –, Sylvia Urquiza recomenda aos empresários que fiquem “cada vez mais atentos” à nova Lei Anticorrupção, em vigor desde quarta feira, 29.
Debruçada sobre o texto da Lei Anticorrupção, a advogada ressalta. “A eficácia da lei resulta de sua aplicação efetiva e rápida. Aqui a lei encontra outro problema, que reside na completa descentralização das autoridades competentes para sua aplicação. Decisões conflitantes, desmedidas e desproporcionais também podem levar ao insucesso da lei.”
Paulistana, formada em 1992 pela Faculdade de Direito Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com especialização em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, Urquiza é reconhecida hoje como uma referência na área de compliance.
Iniciou sua carreira no Muylaert e Livingston Advogados, onde trabalhou por 8 anos. Depois, em seu próprio escritório, adicionou à pratica de direito penal empresarial a defesa de casos eleitorais e crimes de responsabilidade.
Em 2003 iniciou a área de direito penal e compliance do Trench, Rossi e Watanabe, associado ao Baker & McKenzie, coordenando a área até maio de 2013, quando saiu para abrir seu escritório com as sócias Débora Pimentel e Carolina Fonti.
Membro da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) e do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Sylvia Urquiza foi vice-presidente do capítulo brasileiro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners) e nomeada pelo Chambers Latin América, desde 2009, entre os melhores criminalistas do Brasil (band one).
Ao alertar os empresários para que “fiquem atentos”, Sylvia Urquiza destaca um aspecto importante da Lei Anticorrupção. “Embora essa lei estabeleça sanções para as pessoas jurídicas, a responsabilidade do administrador subsiste e, dependendo do caso, há a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de se atingir o patrimônio dos sócios.”
Indicada pelo Latin Lawyer em 2012 e 2013 entre os melhores criminalistas brasileiros (band one), nomeada pela Revista Análise Advocacia 500 de 2012 e 2013 como uma das mais admiradas criminalistas do país, Sylvia Urquiza falou à reportagem do Estado sobre a nova Lei Anticorrupção.
ESTADO: O que muda na rotina das empresas com a nova lei anticorrupção?
ADVOGADA SYLVIA URQUIZA: A necessidade premente de incorporar em suas culturas códigos de conduta e de boas práticas bastante criteriosos, o que não é, de forma alguma, tarefa fácil. As empresas multinacionais, em sua grande maioria, já têm códigos de conduta que são periodicamente adaptados às legislações de outros países. De certa forma, porém, essas empresas há algum tempo formaram seus departamentos de compliance. Empresas brasileiras, com algumas exceções, estão partindo do zero e, muitas vezes, não têm sequer advogado interno. Embora a lei ainda padeça de regulamentação, especialmente para definir as regras do que seja um bom programa de compliance, o maior erro das empresas é acreditar que basta copiar códigos de conduta e incluir cláusulas anticorrupção em seus contratos com terceiros. Um bom programa de compliance é muito mais do que isso. Em uma palavra, pode se traduzir em comprometimento. No comprometimento de a empresa atuar sempre em conformidade com a legislação e transmitir esse espírito aos seus colaboradores internos e externos.
ESTADO: Quais os pontos do texto que mais preocupam os advogados que atuam na área do Direito Empresarial?
SYLVIA URQUIZA: Toda lei que procura combater a corrupção é muito bem vinda. No entanto, alguns pontos chamam a atenção e preocupam os advogados, sobretudo em razão da possibilidade de ausência de segurança jurídica. Um dos pontos que se debate bastante, e com razão, é o cálculo da pena de multa, seja na aplicação da sanção, seja a resultante de acordo de leniência, já que mesmo a redução prevista de 2/3 da sanção de 20% do faturamento bruto pode resultar em um valor desmedido quando comparado à infração cometida. A lei comporta regulamentação, que deverá sair em breve e resolver algumas das questões controvertidas. Porém, se a regulamentação for descentralizada, a confusão poderá levar ao descrédito da lei. Mas, sem dúvida, o principal ponto de preocupação é a pluralidade de leis existentes, com diferentes autoridades competentes e, consequentemente, possibilidade de sanções diversas, tanto administrativas como judiciais, assim como a falta de previsão de benefícios para as pessoas físicas que queiram colaborar. Essa preocupação se traduz, sobretudo, na eficiência do instituto da leniência. No cenário legislativo atual, é praticamente impossível alcançar um acordo que traga segurança jurídica para a empresa que queira colaborar com as investigações.
Uma das principais criminalistas do País, advogada acredita que nova lei traz desafios para empresários e advogados. Foto: Arquivo Pessoal
ESTADO: Como avalia a possibilidade de sanção de até 20% do faturamento bruto da empresa?
SYLVIA URQUIZA: A obrigação de reparação independe da multa a ser aplicada como sanção. Enquanto a reparação pelo dano causado será sempre integral, a lei fixa um limitador para a aplicação da pena de multa. Veja que, embora se estabeleça o valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao início do processo administrativo, o qual nunca será inferior à vantagem auferida, a multa máxima será de 60 milhões no caso de impossibilidade de auferir esse faturamento. Se de um lado 20 % pode ser um valor desproporcionalmente alto, por outro, haverá casos em que a vantagem auferida é superior ao faturamento bruto da empresa, especialmente se se tratar de empresas com baixo faturamento. Mais complicado é o caso de empresas que tiveram alta queda de faturamento, ou mesmo faliram, no ano anterior ao início do processo administrativo. Nessas situações, a existência de um limitador pode ser ineficaz.
ESTADO: A previsão de dissolução compulsória da empresa pode acabar com a corrupção ou é medida sem eficácia?
SYLVIA URQUIZA: A previsão legal de uma sanção, ao menos aos olhos da sociedade, busca a prevenção e a reeducação. Mas não é a gravidade da pena, por si só, que poderá acabar com a corrupção. Basta constatar que países que adotaram a pena de morte não expurgaram o crime de homicídio. Já vimos, no passado, casos de empresas que se reinventaram para não ser alcançadas por uma sanção administrativa ou cível. Casos de criatividade fraudulenta sempre vão existir. A eficácia da lei resulta de sua aplicação efetiva e rápida. Aqui a lei encontra outro problema, que reside na completa descentralização das autoridades competentes para sua aplicação. Decisões conflitantes, desmedidas e desproporcionais também podem levar ao insucesso da lei.
ESTADO: Qual é a orientação que você pode passar aos executivos?
SYLVIA URQUIZA: Os executivos devem estar cada vez mais atentos. Embora essa lei estabeleça sanções para as pessoas jurídicas, a responsabilidade do administrador subsiste e, dependendo do caso, há a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de se atingir o patrimônio dos sócios. Cabe aos executivos zelar pela adaptação de suas empresas à nova lei e ao panorama legislativo mundial. Combate à corrupção e responsabilidade, inclusive penal, da pessoa jurídica são uma viagem sem volta. Quem antes se adaptar, melhor estará. Os administradores e o conselho das empresas precisam se convencer que o investimento em programas de compliance é mais do que viável. É, na verdade, imprescindível para evitar perdas futuras. Com o confuso cenário legislativo brasileiro, a linha entre o certo e o errado muitas vezes é tênue, mas compliance nunca importou em obstáculos à realização de negócios. Cada empresa, independentemente do ramo de atividade ou de indústria, tem suas particularidades e, por isso, merece um programa de compliance sob medida. Calibrar as necessidades da empresa é peça chave na definição de um bom programa. Daí para frente, deve-se incorporar a política no sangue e nunca esquecer que compromisso com a lei é um organismo vivo. Precisa de cuidado perene.

Fonte: ESTADÃO

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Empresa japonesa exibe sutiã que só abre 'por amor' ou desejo sexual


Lingerie monitora ritmo cardíaco da mulher e envia informações para app.
Se batimentos corresponderem a padrão, fecho pisca e se abre.


Da AFP

A empresa japonesa de lingerie “Ravijour” exibiu nesta quinta-feira (30) em Tóquio um sutiã que se abre apenas em casos de amor verdadeiro ou desejo sexual.
Empresa japonesa exibiu sutiã que só abre 'por amor' ou desejo sexual (Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP)

A peça “inteligente” conta com sensores que analisam o ritmo cardíaco da mulher, o que faz com que o mecanismo decida se irá abrir o fecho que se encontra entre os seios da usuária.

Os sinais recebidos pelo sensor são enviados via Bluetooth para um que um aplicativo em um dispositivo móvel interprete os batimentos cardíacos e o nível de excitação. Caso a curva seja correspondente ao desejo sexual, o fecho pisca e o sutiã se abre.

O produto foi criado para uma campanha de marketing para comemorar os 10 anos da marca.

“Queríamos realizar uma campanha que não só incentive a divulgação de nossos produtos, mas que também contribua para esquentar o ambiente romântico entre homens e mulheres” explicou Yuka Tamura, porta-voz da empresa.
Sutiã pisca e se abre apenas para 'verdadeiro amor' ou desejo sexual (Foto: AFP)Sutiã pisca e se abre apenas para 'verdadeiro amor' ou desejo sexual (Foto: AFP)
Fonte: G1.com

Polícia Civil tem pistas sobre bando que explodiu caixas em Sorocaba

Delegado está ouvindo testemunhas e analisando laudos da perícia.
Aulas na PUC foram suspensas.




A Polícia Civil já tem pistas da quadrilha que está explodindo caixas automáticos na região de Sorocaba (SP). Somente nesta semana foram dois ataques, o mais recente na manhã desta quinta-feira (30), na faculdade de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba. Na terça-feira (28) a explosão foi no Mercadão do Campolim, também em Sorocaba. Com estes, já são nove assaltos este ano na região, três a mais do que em todo o ano passado.

De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, em todos os casos existem pontos em comum, o que leva a polícia a suspeitar de que se trata da mesma quadrilha. "É um trabalho lento, complicado. Nós temos uma deficiência muito grande que é a questão de que nos locais onde existem esses caixas, normalmente, os sistemas de filmagem são obsoletos, não existem ou simplesmente não funcionam. E isso seria uma boa ferramenta para a investigação também."

A polícia está analisando os laudos da perícia e também ouvindo as testemunhas das explosões dos caixas. "Hoje, a fase é de compilamento e cruzamento de informações", resume o delegado.

Sobre o armamento usado nos assaltos, Marcelo Carriel diz que são armas longas, sem se saber ao certo de qual tipo. A polícia também está investigando qual a origem da dinamite empregada nas explosões. "Nós temos um cadastro de todas as pedreiras e depósitos autorizados pelo Exército e isso também está sendo investigado. Principalmente para saber se cumprem as exigências que o Exército impõe para que eles possam ter autorização para a guarda desse tipo de material. Mas a gente já sabe que a maioria do material utilizado provém de roubos e furtos a pedreiras", completa.

O aposentado Olímpio Matiuci também estava no hospital e ouviu a explosão. "Eu ouvi duas explosões: uma mais calma e outra mais forte. Mas eu não vi nada, só ouvi o barulho das explosões", afirma.Funcionários reféns
Dois homens fortemente armados renderam os seguranças e algumas pessoas que estavam na guarita na entrada da avenida Comendador Pereira Inácio durante a troca de turno dos funcionários, por volta das 6h. Os criminosos apontaram armas para a cabeça de uma mulher que estava no hospital ao lado da faculdade. "Ele me abordou, abriu a porta do carro e mandou que eu saísse e entrasse no quartinho. Quando eu entrei no quartinho já tinha uns 10 ou 15 funcionários sentados no chão", conta a mulher, que preferiu não se identificar.

Na entrada da faculdade várias cédulas manchadas de tinta ficaram espalhadas pelo chão. Os criminosos levaram todo o dinheiro que estava no caixa. A PM isolou o local para que perícia avaliasse os estragos e colhesse pistas sobre os assaltantes. Por conta da explosão, a instituição suspendeu as aulas nesta quinta-feira.

Um dos carros que foi usado na ação foi encontrado abandonado em uma estrada de terra do Jardim Paraíso, em Votorantim (SP). Em volta do carro estavam espalhadas mais de 20 notas de R$ 20 também manchadas com tinta. De acordo com a Polícia Militar, o carro foi roubado na zona sul de São Paulo e teria sido usado na fuga dos criminosos.

Outro caso
Esta é a segunda explosão a caixa nesta semana em Sorocaba e a nono do ano na região. Na terça-feira (28), criminosos armados com fuzis e metralhadoras invadiram o Mercadão do Campolim e explodiram o caixa automático que fica no subsolo. Segundo a Polícia Civil, os criminosos conseguiram roubar quase R$ 36 mil do equipamento. Ainda conforme a polícia, o veículo usado pelos suspeitos foi abandonado no bairro Quintais do Imperador. A explosão foi tão violenta que chegou a comprometer o elevador. Dinheiro manchado com tinta ficou espalhado pelo local. Ninguém foi preso.

Dias antes, ladrões invadiram o hipermercado Extra, também no bairro Campolim, explodiram o caixa eletrônico e levaram todo o dinheiro. Os ladrões também destruíram a única agência bancária de Tapiraí (SP). Já em Salto (SP), três equipamentos de um supermercado foram danificados, mas nesse caso, os criminosos fugiram sem levar o dinheiro.

A direção da instituição estuda a suspensão das aulas (Foto: Marco Antonio Calejo/TV Tem)A direção da instituição estuda a suspensão das aulas (Foto: Marco Antonio Calejo/TV Tem)Fonte: G 1 TV TEM

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Primeiras impressões: Range Rover Sport 5.0 V8 Supercharged

SUV Land Rover vai do autódromo para a trilha com facilidade e conforto.
Nova geração incrementou proposta dinâmica e ganhou visual próprio.

Rodrigo MoraDo G1, em Campos do Jordão (SP)
Novo Range Rover Sport parte de R$ 377,5 mil (Foto: Divulgação / Marcos Camargo)Novo Range Rover Sport parte de R$ 377,5 mil (Foto: Divulgação / Marcos Camargo)
Supõe-se que a garagem de um milionário entusiasta de automóveis seja preenchida com alguns dos principais tipos de veículos, um para cada situação: SUV para viagens, hatches esportivos para bancar o piloto (num circuito, de preferência), conversível para dias ensolarados e um sedã luxuoso de segunda a sexta, para atividades triviais. Mas se fosse imposta ao tal milionário a difícil missão de escolher para si apenas um automóvel, é certo que o novo Range Rover Sport executaria bem o papel de cada um deles. É como ter vários carros num só – exceto um conversível, por motivos óbvios.
Lançado em 2005 com o Porsche Cayenne na mira, o Range Rover Sport chegou um tanto desorientado para a briga: tinha apelo e motor de carro esportivo, mas fora construído sobre a base do Discovery, que tem proposta muito mais voltada para o off-road do que para performance. A segunda geração, lançada durante o Salão de Nova York, em março, colocou o Range Rover no caminho certo.
A primeira – e mais valiosa – medida foi dar adeus à plataforma de Discovery e abraçar a estrutura (adaptada a ele) do Range Rover Vogue, construída totalmente em alumínio. Essa revolucionária tecnologia continua sendo impressionante, mesmo já tendo sido vista no mais importante dos Range Rover – afinal, são até 420 kg de emagrecimento em relação à geração anterior e consumo reduzido em até 24%, segundo a marca.
Evoque x Range Rover
Ser praticamente idêntico ao Vogue na primeira geração também não era lá motivo de orgulho – não pela aparência em si, mas pela falta de identidade própria. Agora, em compensação, o Sport é forte candidato a ser o mais belo dos Range Rover, ao unir uma frente que é basicamente o meio termo entre a do Evoque (afilada) e a do Vogue (parruda) a uma traseira que aplica os mesmos elementos do "baby Range Rover”, mas numa área maior.
Tomar as principais referências estéticas do carro de entrada e do topo de linha da gama Range Rover reflete também o comportamento dinâmico do Sport, que une o melhor dos dois mundos.
Interior esbanja luxo e conforto (Foto: Divulgação)Interior esbanja luxo e conforto (Foto: Divulgação)
Primeiras impressões
Na primeira curva contornada mais rapidamente, a bordo da versão V8 Supercharged, o condutor se dá conta de outra mudança primordial na segunda geração do utilitário esportivo. Se antes a direção do Range Rover Sport era um tanto lenta (apropriada para um SUV, mas inadequada para um carro com pretensões esportivas), o novo presenteia o motorista com uma reação muito mais arisca e precisa. Isso graças ao modo Dinâmico incorporado ao Terrain Response. Com ele ativado, mudam os parâmetro do acelerador, direção e comportamento da suspensão, que dotada de um controle pneumático firma o carro no chão e permite pouquíssima rolagem da carroceria. 
Não é exagero dizer que os ocupantes se sentem num hatch esportivo, e não num utilitário de 2.310 kg e 1,78 m de altura.
O modo como o novo Range Rover Sport acelera também é digno de um carro bem distante da categoria “utilitário”: 0 a 100 km/h em 5,3 segundos, ou apenas 1,9 segundo mais lento do que uma Ferrari 458 Italia. A velocidade máxima de 250 km/h também é absurda para um carro de tais proporções, mas saber que o novo modelo está 8% mais aerodinâmico ajudar a entender tal façanha.
Há também o motor a diesel, no caso representado pelo 3.0 V6 de 292 cavalos e 61,2 kgfm de torque. Força e extrema suavidade estão entre suas qualidades, mas já que a escolha é por um Range Sport, e não um Vogue, que seja então um com motor a gasolina, de ronco mais instigante e atributos mais condizentes com a proposta esportiva.
Obviamente o ápice da diversão ao volante e da interação com o “piloto” está na versão 5.0 V8 Supercharged, de 510 cv e 63,7 kgfm; mas o inédito 3.0 V6 Supercharged, de 340 cv e 45,9 kgfm de toque, entusiasma mesmo os mais ávidos por desempenho. Seu ronco é quase tão borbulhante quanto e as trocas de marcha são tão rápidas quanto – a diferença do V6 (R$ 393,5 mil) para o V8 de entrada (R$ 496,5 mil) se justifica, entre outros itens, pela ausência do modo dinâmico.
Performance no asfalto não excluiu habilidades no fora de estrada (Foto: Divulgação / Marcos Camargo)Performance no asfalto não excluiu habilidades
no fora de estrada (Foto: Div. / Marcos Camargo)
Quanto à desenvoltura no off-road, qualquerLand Rover dispensa explicações. Basta dizer que suas habilidades fora da estrada não veem limites nas mãos de um usuário comum – ou seja, excetuando-se uma etapa do Rally Dakar, é possível chegar a qualquer lugar com um utilitário da marca. E a crença de que um Land Rover quase tudo pode aumenta quando observamos que os pneus usados são voltados para o asfalto, e não propriamente para aventuras sobre lama. 
Seja lá qual for a versão, o conforto interno atinge níveis máximos de requinte e qualidade. E é elogiável a forma como a marca conseguiu criar um ambiente limpo mesmo com tantos recursos disponíveis – o mais notório exemplo é o som premium Meridian, com nada menos do que 23 alto-falantes. Apenas um cliente extremamente exigente (para não dizer chato) sentiria alguma diferença relevante para o interior de modelos como Bentley ou Rolls-Royce.
E se o Range Rover Sport é uma mescla, visual e comportamental, de Evoque e Vogue, um recurso não emprestado de ambos, felizmente, é o seletor de marchas em forma de botão giratório – certas coisas, como alavancas de câmbio, não precisam ser reinventadas.
A única ressalva vai para os modelos equipados com o painel digital: cheio de pompa tecnológica, é difícil de ser lido durante o dia, quando certa dose extra de contraste seria útil. Nas versões mais baratas, recorreu-se aos instrumentos do Evoque, que, no final das contas, são mais simples e (por isso) fáceis de ler.
Vogue ou Sport?
A escolha é orientada em boa parte pelo fator financeiro, é claro – os preços do Sport terminam onde os do Vogue começam –, mas o perfil do comprador também influencia. É notório que o potencial dono de um Sport é mais jovem, enquanto o comprador do Vogue tem outras prioridades além de acelerar loucamente e contornar curvas como se estivesse num autódromo – embora o Vogue também não negue tais tarefas.
Enquanto o Vogue mantém a áurea de SUV mais poderoso do mundo, o Sport sem dúvida se firma como o mais comprometido com comportamento dinâmico sem abrir mão verve aventureira – Porsche Cayenne Turbo e Mercedes ML 63 AMG são tão rápidos e velozes quanto, mas ficam no meio do caminho quando o asfalto acaba.
Se existe alguma crise a ser enfrentada na indústria automotiva – seja financeira, criativa ou tecnológica –, os últimos modelos da linhagem Range Rover mostram que a marca inglesa não tomou conhecimento.
Traseira de Evoque, só que maior (Foto: Divulgação / Marcos Camargo)Traseira de Evoque, só que maior (Foto: Divulgação / Marcos Camargo)

Fonte:  G 1 Globo.com

Sorocaba - Égua cai em corredor de casa, é içada, mas tem que ser sacrificada


Final trágico: Princesa sofreu fraturas e não sobreviveria - PEDRO NEGRÃO


O acidente com uma égua numa chácara na rua Eudorico Leonardo, no bairro Brigadeiro Tobias, no sábado à tarde, exigiu a intervenção dos bombeiros para ela ser retirada do corredor estreito nos fundos de um sobrado vizinho. O animal teve que ser içado por cordas sustentadas por um trator do tipo pá carregadeira. A operação teve ajuda de vizinhos, mas o final foi trágico para a égua Princesa. Ela sofreu fraturas e não sobreviveria. Precisou ser sacrificada com uma injeção letal. 

De acordo com o dono do animal, o técnico em eletromecânica Felipe Leonardo Moreira, Princesa pastava e caiu no corredor de trás do sobrado, que fica num nível mais baixo. A altura era de 3 metros e a égua ficou presa no corredor, que tinha cerca de 1,5 metro de largura. O acidente aconteceu por volta das 14h15. Bombeiros foram avisados, mas não havia como resgatar o animal. Não podia ser tirada por baixo e a solução foi emprestar a pá carregadeira de um morador vizinho. 

O trator teve que atravessar um terreno acidentado, nos fundos da chácara, e depois de muito trabalho para amarrar a égua pelas patas dianteiras, ela foi puxada para cima. Moradores ajudaram como podiam e havia esperança de que o animal se recuperaria do acidente. Mas Princesa não podia parar em pé devido às fraturas. O trabalho de resgate terminou às 17h30. 

Dois funcionários de uma empresa de veterinária de Mairinque, que presta serviço à Divisão de Zoonoses, da Prefeitura de Sorocaba, foram ao local e aplicaram uma injeção letal. O dono de Princesa, que tem mais dois cavalos na chácara, se afastou para não ver a cena. (M.R

Rapaz é baleado por PMs em protesto; Dilma convoca reunião de emergência

Presidente vai se reunir com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes) para traçar estratégias para evitar que ações cresçam e cheguem ao ápice na Copa



Em um dos protestos mais violentos desde junho, a Polícia Militar baleou neste sábado um manifestante, que foi internado em estado crítico. A tensão gerada pela onda de manifestações pelo Brasil, com atos de depredação e forte repressão por parte da polícia, fez a presidente Dilma Rousseff (PT) tomar, neste domingo, a decisão de se reunir com sua equipe para traçar estratégia para evitar que as ações cresçam e atinjam o ápice durante a Copa do Mundo.
O tema será tratado com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Aldo Rebelo (Esportes). De acordo com informação de auxiliares da presidente, ainda em Lisboa, onde desceu de surpresa e pernoitou antes de seguir para Havana, Dilma foi informada de que os protestos contra a Copa feitos no sábado foram violentos, com pessoas feridas, depredações e ondas de vandalismo. A presidente, então, convocou a reunião para a volta ao Brasil.
Cardozo está de férias. De acordo com sua assessoria, ele deve retornar ao trabalho nesta terça-feira. E já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo País e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte das polícias estaduais. O governo avalia que a radicalização das ruas, em junho, teve como origem a forte repressão feita pela Polícia Militar de São Paulo aos jovens que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus.
Tiros. No sábado, o manifestante Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça, de 22 anos, foi baleado no tórax e na região genital por policiais militares na Rua Sabará, em Higienópolis, região central de São Paulo. De acordo com a PM, por volta das 22h30, dois homens em atitude suspeita foram abordados na Rua da Consolação e um deles correu.
Segundo a versão dada pela PM, os policiais pediram para revistar a mochila de Fabrício, onde acharam um artefato explosivo. A corporação afirma que o rapaz, então, tentou fugir. Quando era perseguido, segundo a PM, sacou um estilete que estava no bolso da calça, voltando-se contra os policiais, e acabou baleado. Ele passou por operação na Santa Casa. O hospital diz que foi preciso remover um dos testículos da vítima por causa dos ferimentos.
Testemunhas afirmam que o rapaz não reagiu. "Eram três policiais descendo a rua correndo atrás do menino. Depois do terceiro tiro, o rapaz saiu cambaleando e um policial deu um empurrão nele em cima da árvore", disse um morador da região, que não quis se identificar.
A família do rapaz afirma que ainda tenta descobrir o que de fato aconteceu. "Ele estava na manifestação, se dispersou. Não sei o que aconteceu, ele ficou com medo e correu", disse o irmão da vítima, Gabriel Chaves. Segundo a polícia, ele seria um adepto da tática black bloc. O irmão de Fabrício diz que ele trabalha como estoquista e que, de fato, frequenta protestos com regularidade. Na página dele do Facebook, entre os perfis preferidos, está a Black Bloc SP.
Apuração. O defensor público Carlos Weis, coordenador de direitos humanos da Defensoria Pública de São Paulo, acompanha o caso de perto. Outro defensor estava no local por acaso e conversou com pessoas que filmaram o rapaz baleado. "Segundo os relatos, havia três policiais contra uma pessoa com arma branca. É evidente que havia outros meios menos letais de resolver a situação."
Segundo os relatos, ele foi resgatado pela própria PM, contrariando resolução do governo do Estado, que veta a prática. O porteiro de um prédio chegou a pedir uma ambulância, que teria chegado minutos após os policias levarem o rapaz ao hospital. O caso está sendo investigado a pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil./ARTUR RODRIGUES, JOÃO DOMINGOS, LAURA MAIA DE CASTRO, MÔNICA REOLOM, RICARDO DELLA COLETTA
Fonte: ESTADÃO

Vídeo mostra ação policial que terminou com jovem baleado em SP

Abordagem aconteceu após os protestos contra a Copa, no último sábado. Imagens exibidas pelo 'Fantástico' confirmam parcialmente a versão da polícia

Policiais durante manifestação contra a Copa do Mundo, em São Paulo
Policiais durante manifestação contra a Copa do Mundo, em São Paulo (Ivan Pacheco)
Imagens capturadas por uma câmera de segurança e exibidas na noite deste domingo pelo Fantástico, da Rede Globo, mostram a abordagem policial que terminou com um jovem baleado na noite de sábado, em São Paulo, depois dos protestos contra a Copa na capital paulista. O vídeo (assista aqui), de baixa qualidade, confirma parcialmente a versão da Polícia Militar de que Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, fugiu de uma averiguação e atacou um dos policiais.

Abordagem - No início da gravação, o jovem aparece correndo de dois PMs na Rua Sabará, no bairro de Higienópolis. Em seguida, ele para e se volta contra um dos policiais, que cai no chão. O rapaz parte para cima do PM caído e então o segundo policial saca a arma e efetua os disparos. Logo depois, um terceiro policial aparece na cena. Nas imagens, não é possível ver se Fabrício carregava um estilete, como alega a Polícia Militar. Ainda de acordo com a versão da polícia, o jovem começou sua fuga após a PM ter encontrado um "artefato explosivo" em sua mochila.

Atingido no tórax e no pênis, o rapaz segue internado em estado grave na UTI da Santa Casa de São Paulo. Ele teve um testículo removido. Apesar de Fabrício ter sido apontado pela Secretaria de Segurança como integrante dos black blocs, a Corregedoria da Polícia Militar ainda investiga se ele participava dos protestos no Centro de São Paulo.

Ouvido pelo Fantástico, o coronel Celso Pinheiro, comandante de polícia da área metropolitana, diz que o vídeo da abordagem indica que os policiais agiram corretamente. "As primeiras imagens a que tivemos acesso nos dão conta que os policiais agiram em legítima defesa", afirmou ele, ressaltando que qualquer tipo de excesso da PM deve ser apurado com rigor. A atuação dos três policiais militares envolvidos será investigada pela Corregedoria.
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Fusca é incendiado durante protestos contra a Copa do Mundo, em São Paulo
Fusca é incendiado durante protestos contra a Copa do Mundo, em São Paulo - Tiago Chiaravalloti/Futura Press/Folhapress

Vandalismo - protesto contra a Copa do Mundo no último sábado terminou em confronto entre manifestantes e policiais, após serem registradas depredações de estabelecimentos comerciais e agências bancárias no Centro de São Paulo. Houve início de incêndio e participação dos black blocs, que correram em direção aos PMs e lançaram até coquetel molotov. Segundo a Secretaria de Segurança, 135 pessoas foram detidas e liberadas na manhã deste domingo.


Fonte: REVISTA VEJA