Conselheiro municipal de saúde critica qualidade do atendimento em Sorocaba
Vitor Piovanivitor.piovani@jcruzeiro.com.br
programa de estágio
Os pacientes que tiveram que passar pela Policlínica Municipal na manhã de ontem enfrentaram mais uma vez filas para serem atendidos ou apenas para marcarem consulta de retorno. Segundo os reclamantes, a demora de atendimento ocorre porque os usuários precisam passar por 3 filas e nem sequer têm garantias de que conseguirão de fato a consulta. Eles também se queixam do tempo de espera para conseguir agendar uma consulta, que pode chegar a oito meses. O problema foi constatado ontem pelo conselheiro municipal de saúde, Francisco Valério.
"Das 7h às 9h foi um caos na Policlínica. Tinha umas 100 pessoas na fila, com os corredores lotados. Muita gente aguardando na sala de espera. A demanda está muito alta e a cada dia cresce mais. Os centros de saúde estão abarrotados de fichas esperando para mandar para a Policlínica. Os principais problemas são nas seguintes especialidades: Endoscopia, oftalmologia, ortopedia e neurologia. Tem gente esperando atendimento mais de ano nessas especialidades", detalhou o conselheiro.
"Nós temos que ter paciência, pois o novo secretário está apenas há três meses, mas precisamos pegar no pé dos gestores, se não, não anda. Na teoria está ótimo, mas conversando com a população nós vemos como está e descobrimos os verdadeiros problemas. Os responsáveis vão dar diversas desculpas, mas não é isso que está acontecendo. Precisamos de mais médicos. Um salário mais digno para o médico, e melhorar as condições, o ambiente de trabalho, para que haja mais profissionais interessados para suprir a enorme demanda. Chegamos a um limite e a população não aguenta mais sofrer tanto, pois a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado."
A cozinheira Raquel da Silva Costa estava aguardando desde agosto do ano passado uma ligação informando que ela poderia levar sua filha, que sofre de hidrocefalia, para ser atendida ontem na Policlínica. "Estou desde agosto esperando, sem saber o que fazer. A moça me ligou semana passada falando que eu seria atendida hoje. Agora estou aqui, na fila. Depois de esperar quase um ano, ainda tenho que pegar toda essa fila. Se chegamos mais cedo, ficam bravos porque deveríamos chegar na hora e se chegamos na hora, dizem para chegarmos mais cedo. De qualquer forma, pegamos fila", reclama. Já para Célia Luiza Silva, cuidadora que deixou idoso sozinho para ser consultada, a espera por uma consulta já chegava a 5 meses. "Tenho osteoporose e desgaste nos joelhos, não posso ficar de pé porque faz mal para mim. Mas na primeira fila tenho que ficar, só lá dentro é que podemos sentar", disse.
Demanda grande
A Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) informou que a Policlínica Municipal de Especialidades conta com 132 médicos e faz cerca de 1.200 atendimentos por dia, em 33 especialidades diferentes. Além disso, há um pouco mais de um ano a Policlínica ampliou seu horário de funcionamento para até as 22h. A SES reconheceu que há uma demanda muito grande na Policlínica Municipal de Especialidades e para isso está reorganizando a rede municipal de Saúde, dividindo a cidade em três regiões para o melhor planejamento e execução das ações. Também está descentralizando as consultas em algumas especialidades, com o projeto "Especialidades nos bairros". Este projeto está em funcionamento há cerca de um ano em dez Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, estrategicamente escolhidas. Neste projeto, são oferecidas diretamente nas UBSs, consultas médicas em algumas especialidades médicas. (Supervisão: Admir Machado)
programa de estágio
Os pacientes que tiveram que passar pela Policlínica Municipal na manhã de ontem enfrentaram mais uma vez filas para serem atendidos ou apenas para marcarem consulta de retorno. Segundo os reclamantes, a demora de atendimento ocorre porque os usuários precisam passar por 3 filas e nem sequer têm garantias de que conseguirão de fato a consulta. Eles também se queixam do tempo de espera para conseguir agendar uma consulta, que pode chegar a oito meses. O problema foi constatado ontem pelo conselheiro municipal de saúde, Francisco Valério.
"Das 7h às 9h foi um caos na Policlínica. Tinha umas 100 pessoas na fila, com os corredores lotados. Muita gente aguardando na sala de espera. A demanda está muito alta e a cada dia cresce mais. Os centros de saúde estão abarrotados de fichas esperando para mandar para a Policlínica. Os principais problemas são nas seguintes especialidades: Endoscopia, oftalmologia, ortopedia e neurologia. Tem gente esperando atendimento mais de ano nessas especialidades", detalhou o conselheiro.
"Nós temos que ter paciência, pois o novo secretário está apenas há três meses, mas precisamos pegar no pé dos gestores, se não, não anda. Na teoria está ótimo, mas conversando com a população nós vemos como está e descobrimos os verdadeiros problemas. Os responsáveis vão dar diversas desculpas, mas não é isso que está acontecendo. Precisamos de mais médicos. Um salário mais digno para o médico, e melhorar as condições, o ambiente de trabalho, para que haja mais profissionais interessados para suprir a enorme demanda. Chegamos a um limite e a população não aguenta mais sofrer tanto, pois a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado."
A cozinheira Raquel da Silva Costa estava aguardando desde agosto do ano passado uma ligação informando que ela poderia levar sua filha, que sofre de hidrocefalia, para ser atendida ontem na Policlínica. "Estou desde agosto esperando, sem saber o que fazer. A moça me ligou semana passada falando que eu seria atendida hoje. Agora estou aqui, na fila. Depois de esperar quase um ano, ainda tenho que pegar toda essa fila. Se chegamos mais cedo, ficam bravos porque deveríamos chegar na hora e se chegamos na hora, dizem para chegarmos mais cedo. De qualquer forma, pegamos fila", reclama. Já para Célia Luiza Silva, cuidadora que deixou idoso sozinho para ser consultada, a espera por uma consulta já chegava a 5 meses. "Tenho osteoporose e desgaste nos joelhos, não posso ficar de pé porque faz mal para mim. Mas na primeira fila tenho que ficar, só lá dentro é que podemos sentar", disse.
Demanda grande
A Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) informou que a Policlínica Municipal de Especialidades conta com 132 médicos e faz cerca de 1.200 atendimentos por dia, em 33 especialidades diferentes. Além disso, há um pouco mais de um ano a Policlínica ampliou seu horário de funcionamento para até as 22h. A SES reconheceu que há uma demanda muito grande na Policlínica Municipal de Especialidades e para isso está reorganizando a rede municipal de Saúde, dividindo a cidade em três regiões para o melhor planejamento e execução das ações. Também está descentralizando as consultas em algumas especialidades, com o projeto "Especialidades nos bairros". Este projeto está em funcionamento há cerca de um ano em dez Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, estrategicamente escolhidas. Neste projeto, são oferecidas diretamente nas UBSs, consultas médicas em algumas especialidades médicas. (Supervisão: Admir Machado)
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.
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