quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Polícia Civil tem pistas sobre bando que explodiu caixas em Sorocaba

Delegado está ouvindo testemunhas e analisando laudos da perícia.
Aulas na PUC foram suspensas.




A Polícia Civil já tem pistas da quadrilha que está explodindo caixas automáticos na região de Sorocaba (SP). Somente nesta semana foram dois ataques, o mais recente na manhã desta quinta-feira (30), na faculdade de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba. Na terça-feira (28) a explosão foi no Mercadão do Campolim, também em Sorocaba. Com estes, já são nove assaltos este ano na região, três a mais do que em todo o ano passado.

De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, em todos os casos existem pontos em comum, o que leva a polícia a suspeitar de que se trata da mesma quadrilha. "É um trabalho lento, complicado. Nós temos uma deficiência muito grande que é a questão de que nos locais onde existem esses caixas, normalmente, os sistemas de filmagem são obsoletos, não existem ou simplesmente não funcionam. E isso seria uma boa ferramenta para a investigação também."

A polícia está analisando os laudos da perícia e também ouvindo as testemunhas das explosões dos caixas. "Hoje, a fase é de compilamento e cruzamento de informações", resume o delegado.

Sobre o armamento usado nos assaltos, Marcelo Carriel diz que são armas longas, sem se saber ao certo de qual tipo. A polícia também está investigando qual a origem da dinamite empregada nas explosões. "Nós temos um cadastro de todas as pedreiras e depósitos autorizados pelo Exército e isso também está sendo investigado. Principalmente para saber se cumprem as exigências que o Exército impõe para que eles possam ter autorização para a guarda desse tipo de material. Mas a gente já sabe que a maioria do material utilizado provém de roubos e furtos a pedreiras", completa.

O aposentado Olímpio Matiuci também estava no hospital e ouviu a explosão. "Eu ouvi duas explosões: uma mais calma e outra mais forte. Mas eu não vi nada, só ouvi o barulho das explosões", afirma.Funcionários reféns
Dois homens fortemente armados renderam os seguranças e algumas pessoas que estavam na guarita na entrada da avenida Comendador Pereira Inácio durante a troca de turno dos funcionários, por volta das 6h. Os criminosos apontaram armas para a cabeça de uma mulher que estava no hospital ao lado da faculdade. "Ele me abordou, abriu a porta do carro e mandou que eu saísse e entrasse no quartinho. Quando eu entrei no quartinho já tinha uns 10 ou 15 funcionários sentados no chão", conta a mulher, que preferiu não se identificar.

Na entrada da faculdade várias cédulas manchadas de tinta ficaram espalhadas pelo chão. Os criminosos levaram todo o dinheiro que estava no caixa. A PM isolou o local para que perícia avaliasse os estragos e colhesse pistas sobre os assaltantes. Por conta da explosão, a instituição suspendeu as aulas nesta quinta-feira.

Um dos carros que foi usado na ação foi encontrado abandonado em uma estrada de terra do Jardim Paraíso, em Votorantim (SP). Em volta do carro estavam espalhadas mais de 20 notas de R$ 20 também manchadas com tinta. De acordo com a Polícia Militar, o carro foi roubado na zona sul de São Paulo e teria sido usado na fuga dos criminosos.

Outro caso
Esta é a segunda explosão a caixa nesta semana em Sorocaba e a nono do ano na região. Na terça-feira (28), criminosos armados com fuzis e metralhadoras invadiram o Mercadão do Campolim e explodiram o caixa automático que fica no subsolo. Segundo a Polícia Civil, os criminosos conseguiram roubar quase R$ 36 mil do equipamento. Ainda conforme a polícia, o veículo usado pelos suspeitos foi abandonado no bairro Quintais do Imperador. A explosão foi tão violenta que chegou a comprometer o elevador. Dinheiro manchado com tinta ficou espalhado pelo local. Ninguém foi preso.

Dias antes, ladrões invadiram o hipermercado Extra, também no bairro Campolim, explodiram o caixa eletrônico e levaram todo o dinheiro. Os ladrões também destruíram a única agência bancária de Tapiraí (SP). Já em Salto (SP), três equipamentos de um supermercado foram danificados, mas nesse caso, os criminosos fugiram sem levar o dinheiro.

A direção da instituição estuda a suspensão das aulas (Foto: Marco Antonio Calejo/TV Tem)A direção da instituição estuda a suspensão das aulas (Foto: Marco Antonio Calejo/TV Tem)Fonte: G 1 TV TEM

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