sexta-feira, 26 de julho de 2013

SOS é refúgio para quem não tem onde dormir

Albergue acolhe pessoas de passagem pela cidade e moradores de rua. Com o frio, atendimentos aumentam 20%
No albergue é oferecido pouso, refeição e kit para higiene pessoal - Aldo V. Silva



     Sthefany Lara
sthefany.oliveira@jcruzeiro.com.br
     programa de estágio

Toda noite, várias pessoas que estão na cidade de passagem, após desembarcarem na rodoviária e também moradores de rua, são levadas para o Serviço de Obras Sociais (SOS). Esse albergue, único de Sorocaba que atende 24 horas, recebe em média 45 pessoas por noite e possui um Programa de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Homem de Rua, com capacidade de 95 leitos. Com a queda das temperaturas, o número de procura aumenta em torno de 20%.

Na estação rodoviária, um centro de triagem foi colocado de forma estratégica para poder orientar as pessoas que desembarcam e não têm onde passar a noite. "Uma assistente social recebe esses passageiros e depois de uma entrevista, ela os encaminha para o SOS. Quando é a primeira vez que passam pelo albergue, uma ficha é preenchida. E eles conversam novamente com a assistente social, para que ela os oriente sobre o trabalho e para que possamos saber no dia seguinte como e para onde cada um será encaminhado", explica Vanderlei da Silva, gerente do SOS.

Depois que é feita essa conversa, os hóspedes recebem um kit que contém pijama e produtos de higiene pessoal. "Então todos tomam banho e por volta das 19h é servido o jantar. No outro dia, depois do café, a assistente social volta a conversar com eles. Se a pessoa precisa ir para outra cidade ou bairro, ela recebe gratuitamente essa passagem. Se precisa passar pelo médico também é encaminhado a um hospital."

O albergue também recebe moradores de rua. Segundo Silva, muitos munícipes ligam para o SOS informando que pessoas estão dormindo nas calçadas. "Uma van vai até o lugar e oferece pouso e alimentação. Vale lembrar que a pessoa é livre para aceitar ou não essa ajuda. Recebemos sempre ligações e quem entra em contato acha que temos que obrigar aqueles que estão nas ruas a vir para o albergue, mas não temos esse poder." 

Segundo Valcilene de Carvalho assistente social do SOS, algumas pessoas que chegam ao albergue possuem família, mas preferem morar nas ruas. "Elas, em sua maioria, são usuárias de drogas, e preferiram sair de casa para não precisar se encaixar nas regras domésticas. Outros são alcoólatras, que passam a noite e depois saem à procura de bebidas."

Ela conta que já entrevistou várias pessoas que chegam ao SOS. "Recebemos muitas pessoas que chegam em Sorocaba em busca de emprego, desembarcam, não têm onde passar a noite e depois saem a procura de uma vaga. Depois alugam algum quarto para passar as demais noites." Ela ainda lembra que a Guarda Civil Municipal e veículos da Prefeitura também encaminham pessoas para o albergue.
 
Frio da madrugada 
A equipe de reportagem do jornal Cruzeiro do Sul conversou com uma família que está morando em uma rua de Sorocaba. Eles contam que chegaram há 15 dias e já estão viajando há pelo menos seis meses, quando saíram do estado de Minas Gerais, a pé. Com temperatura de 7° os migrantes, que pediram para não serem identificados, contam que as últimas madrugadas foram as mais difíceis desde que saíram do local de partida.
 
"Essa noite (anteontem) sofremos com o frio e com a garoa da noite, algumas de nossas roupas molharam e infelizmente não temos onde lavá-las e colocá-las para secar." Em meio a cobertas e roupas espalhadas, a família formada por dois irmãos e suas esposas, esperavam o dia esquentar para seguir a viagem.(Supervisão: Armando Rucci Filho)
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

Fim da multa do FGTS será no momento correto, diz ministro do Trabalho

Manoel Dias argumentou que o valor pago hoje se destina a projetos sociais importantes, como o Minha Casa Minha Vida; mas não descarta que o Congresso derrube o veto de Dilma

BRASÍLIA - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta sexta-feira, 26, que o ministério é a favor do veto da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa. Dias argumentou que o valor pago atualmente se destina a projetos sociais, como o Minha Casa Minha Vida. "Isso representa um projeto importantíssimo na vida de brasileiros que ainda não têm uma casa", disse.

"O projeto ainda tem alcance social muito grande e, oportunamente, em um momento correto, o governo brasileiro entenderá que deve ser encerrado a cobrança desse adicional", disse. 
Segundo Dias, no entanto, é possível que os parlamentares derrubem o veto de Dilma . "O Congresso é soberano", afirmou. "Às vezes é difícil a democracia, mas é a melhor das práticas", completou.

Questionado se temia perder apoio de empresários que querem o fim da multa, Dias afirmou que "isso é fundamental para que o empresariado cresça e para que a economia cresça" e negou que pequenos e médios seriam mais prejudicados.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta, que retiraria R$ 3 bilhões anuais dos cofres da União. O texto previa o fim da cobrança da contribuição a partir de 1º de junho deste ano. 
'Confusão' sobre o seguro-desemprego 
O ministro do Trabalho afirmou que uma comissão técnica formada para tratar do cálculo do seguro-desemprego apresentará parecer hoje ou na segunda-feira. Depois disso, sairá decisão sobre a posição a ser defendida no próximo 31 de julho na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Perguntado se tem aval da presidente Dilma Rousseff para defender mudança no cálculo, Dias afirmou não ter conversado com ela sobre o assunto.

Questionado se houve "confusão" entre os ministérios do Trabalho e da Fazenda sobre o assunto, Dias negou, afirmou que o diálogo com a Fazenda está bem, mas que existem posições divergentes. "Cada um tem que se fundamentar bem nas razões que quer defender", disse. "Eu tenho pessoalmente um posicionamento. Eu sou a favor dos trabalhadores. Eu não posso ser diferente da origem que eu tenho, eu estou ali defendendo um partido trabalhista", afirmou. Dias disse, entretanto, que sairá "uma posição de governo". "Essa discussão tem que ser feita como parte de política de governo. A discussão é fundamental. Não podemos criar posições intransponíveis", afirmou.

Ontem Dias se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao deixar o encontro, afirmou que há uma comissão de trabalho discutindo o assunto e calculando se há a necessidade de novos aportes do Tesouro com o reajuste do seguro-desemprego para benefícios acima de um salário mínimo.

No início desta semana, o Ministério da Fazenda negou que houvesse decisão tomada a respeito da mudança de fórmula de reajuste do seguro-desemprego. Segundo a pasta, não seria conveniente aumentar despesas nesses momento. Antes disso, no mesmo dia, o secretário de Políticas Públicas e Emprego do Ministério do Trabalho, Sérgio Vidigal, havia informado que o governo deveria mudar a fórmula de correção do seguro-desemprego a partir de agosto, após aprovação da medida na próxima reunião do Codefat, marcada para 31 de julho.

Dias falou hoje com jornalistas depois de participar do 'Programa Bom, Dia Ministro', transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Crise
Manoel Dias afirmou, durante participação no programa Bom Dia Ministro, que o Brasil "está conseguindo se isolar dessa crise que afeta o mundo".

"Vivemos no mundo uma crise. O Brasil está se diferenciando dos demais países pela sua capacidade de gerar empregos e desenvolver políticas sociais de distribuição de renda", disse.

Dias falou que em reuniões do G20 e da OIT o Brasil "foi considerado o País que adotou um modelo econômico que realmente conseguiu superar essa crise" e citou que há 200 milhões de desempregados no mundo. "O desemprego na juventude hoje assume cifras extraordinárias. É difícil entender que não tenhamos sido afetados pela crise", disse.

"Temos hoje políticas publicas diferenciadas, porque o Brasil resolveu não adotar política recessiva que já há alguns anos atrás nós tivemos, com o FMI impondo políticas recessivas. Essas políticas levam ao desemprego", defendeu. "Acreditamos que no decorrer deste ano, alcançaremos 5 milhões de novos empregos no governo Dilma", declarou. Ele afirmou, ainda, que o salário real tem aumentado no País.
As informações são do ESTADÃO

História de crescimento dos emergentes morreu, diz FT

Para o jornal britânico, até mesmo as características econômicas e sociais que uniam os países do grupo deixaram de existir

Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
Brics: expansão dará lugar para desaceleração (Sabelo Mngoma/AP)
O desempenho econômico abaixo do esperado verificado nos países emergentes ao longo do último ano coloca em evidência a tese de que a época de crescimento desses países chegou ao fim. Segundo o jornal britânico 'Financial Times', não só "a história de crescimento desses mercados morreu", como também as características econômicas e sociais que os uniam não existem mais. O jornal não diz que os emergentes passarão por um período de recessão, mas ressalta que o crescimento dos anos anteriores não deve se repetir tão cedo.
De acordo com analistas ouvidos pelo 'FT', os emergentes são caracterizados pelo rápido crescimento impulsionado pelas exportações, algo que fez com que acumulassem enormes superávits em transações correntes, o que, por sua vez, os levou a criar grandes reservas internacionais e expandir a oferta de crédito. Contudo, nenhuma dessas características pode ser usada para descrever os países atualmente, informa o jornal.
Para o 'FT', os protestos que ocorreram na Turquia e no Brasil são efeito dessa desaceleração. "O crescimento dessas economias não acompanha o ritmo das aspirações populares que começaram a surgir justamente antes da crise financeira de 2008-09". O mercado de capitais reproduz com certa fidelidade esse declínio, chegando mesmo a antecipá-lo. A BM&FBovespa avançou apenas 7,4% no ano passado, refletindo a queda do interesse no investidor estrangeiro no mercado brasileiro. Neste ano, acumula queda de 20% até o pregão de quarta-feira, segundo a consultoria Economatica.
O Brasil, segundo o 'FT', é o garoto-propaganda da baixa performance dos emergentes na bolsa. "O governo brasileiro fez com que os investidores acreditassem que o enriquecimento do país nos últimos 15 anos foi resultado de uma transformação estrutural que sedimentou terreno para baixa inflação, boa governança e crescimento estável (...). Ele tem sua parcela de mérito. Mas, agora, analistas dizem que o crescimento do Brasil foi causado pelo boom dos preços das commodities (...). Mais recentemente, as políticas (do governo) têm sido muito menos amigáveis com o investidor", diz o jornal.
A revista 'Economist' também deu destaque aos emergentes em sua reportagem de capa da semana. Segundo a publicação britânica, o mundo vivencia um período de "grande desaceleração" propiciado, sobretudo, pela nova realidade econômica dos quatro maiores emergentes: Brasil. China, Índia e Rússia. A reportagem também atribui à alta dos preços das commodities o avanço da economia brasileira. A combinação da "inflação teimosa com o lento crescimento mostram que a velocidade-limite da economia é muito menor do que a maioria das pessoas pensava", informa a revista.
Segundo a 'Economist', o crescimento dos emergentes, a partir de agora, será mais gradual. Essa desaceleração deverá trazer, inclusive, benefícios para o comércio mundial. A revista acredita que o aumento do peso desses países na economia global fez com que houvesse um recuo da abertura comercial, de forma generalizada. "A desaceleração pode trazer um novo foco para as negociações comerciais globais. Um acordo que aborde as barreiras comerciais não-tarifárias e especialmente o comércio de serviços poderia render grandes benefícios", diz a revista.
As informações são da Veja

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Brasil ganha 5 medalhas em Olimpíada Internacional de Física

Evento na Dinamarca premiou a equipe brasileira com uma medalha de prata e quatro de bronze


Alunos brasileiros premiados na Olimpíada Internacional de Física Ipho
Brasileiros premiados: mesmo sendo uma competição individual, os responsáveis pelo evento ressaltaram aos participantes, oriundos de 84 países, a importância do trabalho em equipe
São Paulo - Cinco brasileiros foram premiados na 44ª edição da Olimpíada Internacional de Física (IphO, na sigla em inglês), ocorrida entre 7 e 15 de julho em Copenhague, na Dinamarca.
O estudante Fábio Kenji Arai, de São Paulo, ganhou medalha de prata. Fernando Frota Júnior, José Luciano de Morais Neto e Matheus Cariús Castro, do Ceará, e Guilherme Renato Martins Unzer, de São Paulo, receberam uma medalha de bronze cada um.
Voltado a alunos do ensino médio, o evento foi organizado pela Universidade Técnica da Dinamarca e pela Universidade de Copenhague para aproveitar as comemorações dos 100 anos da teoria para átomo de hidrogênio, criado pelo dinamarquês Niels Bohr.
Durante o encontro, os brasileiros puderam visitar a famosa sala do Instituto Niels Bohr, que deu base à interpretação moderna da teoria da mecânica quântica e para a função de onda.
Mesmo sendo uma competição individual, os responsáveis pelo evento ressaltaram aos participantes, oriundos de 84 países, a importância do trabalho em equipe.
Mais informações neste site.
O conteúdo é da EXAME

Procuradoria vai investigar ministro que ‘rejuvenesceu’


Com mudança no registro de nascimento, Carreiro estendeu permanência no TCU
Fábio Fabrini - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O Ministério Público Federal abriu nesta quarta-feira, 24, investigação preliminar sobre a mudança de idade do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro. Um procedimento instaurado pela Procuradoria da República no Distrito Federal vai apurar se houve alguma irregularidade no processo de retificação da data de nascimento do ministro, revelado no domingo pelo Estado.
A iniciativa de Raimundo Carreiro chamou a atenção porque, ao apresentar documentação segundo a qual teria dois anos a menos, ele conseguiu adiar sua aposentadoria compulsória no tribunal e ficar no atual cargo mais tempo, podendo presidi-lo durante o biênio 2017-18.
Os procuradores devem fazer nos próximos dias diligências e pedidos de informação sobre a alteração do registro civil, viabilizada por meio de ação que tramitou na Justiça do Maranhão entre 2008 e 2009. O MPF deve também requerer ao Senado dados sobre a aposentadoria do ministro na Casa. Ele obteve esse benefício em março de 2007, quando era secretário-geral da Mesa. Segundo a retificação que ele próprio pediu depois, teria então 58 anos e não 60. Ou seja, a aposentadoria foi obtida antes do prazo.

A Procuradoria do DF tem 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para apurar o caso. Se entender que há indícios de irregularidades, abrirá inquérito para investigar o processo. 
Mudança. O ministro se aposentou no Senado em 2007 apresentando registro de nascimento de 6 de setembro de 1946 – com 60 anos completos. Em seguida, assumiu o cargo de ministro no TCU e pouco depois entrou com ação na cidade onde nasceu, São Raimundo das Mangabeiras (MA), pedindo para corrigir suposto erro em sua idade. Como prova, juntou certidão de batismo que indica nascimento em 6 de setembro de 1948. Esse “rejuvenescimento” de dois anos lhe daria mais tempo de carreira no Tribunal de Contas.
Sua explicação: foi registrado tardiamente, já aos 16 anos, e só teve “tempo e dinheiro” para corrigir o equívoco mais de 40 anos depois. Ele afirma que, poder no futuro ocupar a presidência do TCU é uma “consequência”, mas não o “objetivo”, ao mudar sua data de nascimento. Ontem, ele não quis falar com o Estado nem ao entrar e nem ao sair do plenário no TCU. Após a sessão, o colegiado se reuniu a portas fechadas por mais de duas horas. Carreiro recebeu a solidariedade de alguns colegas, mas, em público, nem todos quiseram falar a respeito. “É uma questão privada”, afirmou José Jorge.
O presidente da corte, Augusto Nardes, disse que estava viajando nos últimos dias e, por isso, ainda conversaria com o colega. “Estava fora. Não sabia (da retificação). Tem de deixar ele falar, né?” José Múcio não polemizou: “Foi referendado pela Justiça”.
O ministro substituto André Luís de Carvalho saiu em defesa de Carreiro. “No momento atual, em que muita gente frauda para trabalhar menos, ele não fraudou e foi para trabalhar mais”, comentou, acrescentando que a retificação da data de nascimento é um procedimento comum.
O TCU informou que não cabe apuração sobre o caso por sua Corregedoria, pois tudo teve o aval da Justiça. 

O conteúdo é do ESTADÃO

Trem espanhol estava a 190 kh/h; mortos chegam a 78

Descarrilamento, em trecho em que a velocidade máxima é de 80 km/h, ocorreu perto da estação de Santiago de Compostela, na linha que liga Madri a Ferrol

Descarrilamento de trem em Santiago de Compostela, na Espanha
Descarrilamento de trem em Santiago de Compostela, na Espanha deixa dezenas de mortos - Lavandeira jr/EFE

















O número de mortos no acidente de trem ocorrido nesta quarta-feira em Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, subiu para 78, segundo o jornal El País, após mais corpos terem sido retirados de um dos vagões que descarrilou. Funcionários da empresa espanhola administradora de ferrovias, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e policiais, entre outros serviços de emergência, trabalham desde a madrugada com a ajuda de dois enormes guindastes para levantar os vagões mais danificados na tragédia. Fontes da investigação informaram na manhã desta quinta-feira à agência EFE que o maquinista reconheceu que estava a uma velocidade de 190 km/h - na área em que aconteceu o descarrilamento, o limite era restrito a 80 km/h.
O condutor – que saiu ileso – também informou que o trem, que fazia a linha Madri-Ferrol, estava a mais de 200 km/h ao fazer a curva anterior. A via férrea foi construída recentemente para receber trens de alta velocidade. 
O episódio provovou forte comoção na Espanha, já que hoje, 25 de julho, é o Dia Nacional da Galícia, a principal festividade de Santiago de Compostela, que atrai milhares de turistas e peregrinos. "A cena é muito impressionante. Há um vagão que ficou preso por outro e os serviços de emergência ainda não conseguiram chegar até ele”, disse Alberto Núñez Feijoo, presidente da junta da Galícia, em entrevista a emissora de rádio Cadena Ser.  
Os bombeiros informaram que a prioridade é abrir as portas dos treze vagões que foram atingidos. Um dos vagões ficou destruído, outro pegou fogo e um terceiro foi lançado a 5 metros de altura e 15 de distância da via. 
O conteúdo é da Veja

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sorocaba - Número de médicos aprovados é menor que o de vagas oferecidas

Secretário da Saúde admite resultado abaixo do esperado e não descarta nova seleção
Os aprovados no concurso devem iniciar trabalhos em agosto - Arquivo JCS/Fábio Rogério




     Rosimeire Silva
rosimeire.silva@jcruzeiro.com.br
O número de médicos aprovados no concurso público realizado pela Prefeitura de Sorocaba, para suprir a carência de profissionais na rede municipal de saúde, ficou abaixo do número de vagas oferecidas. Dos 246 inscritos no processo de seleção para a preenchimento de 189 cargos, 149 foram habilitados na primeira lista de classificação divulgada pela empresa Publiconsult, responsável pela realização do concurso. Outros 41 candidatos foram reprovados e 56 deixaram de fazer a prova.
 

O secretário municipal de Saúde, Armando Raggio, reconheceu que o resultado ficou abaixo das expectativas e não descartou ter que abrir novo concurso. Ainda admitiu que a curto prazo não há como suprir a falta de médicos em algumas especialidades: "Vamos ter que continuar a administrar esse quadro". A previsão é de que os convocados no concurso sejam chamados a partir da próxima semana, de acordo com a sua classificação, para iniciar as atividades no início de agosto.

Em algumas especialidades, o número de médicos habilitados não chegou a 1% do total de vagas oferecidas. Como é o caso do cargo de médico plantonista pediatra, que tinha 33 vagas, mas dois de um total de dez inscritos foram aprovados. Ainda na área de pediatria, para as 25 vagas para atendimento em consultório, seis profissionais foram habilitados no concurso, de um total de 10 inscritos. Outra especialidade que não atingiu o número de vagas foi a de ginecologia: dos 16 profissionais inscritos, 13 realizam a prova e foram aprovados para as 29 vagas disponibilizadas.

Apenas para o cargo de médico plantonista clínico geral, o número de aprovados (63) superou o total de vagas (39). Também para a função de clínico geral, o total de aprovados (58) foi o mesmo de vagas ofertadas (59). Para as quatro vagas de clínico geral abertas pela Fundação da Seguridade Social dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (Funserv), sete foram aprovados no concurso. O prazo para recurso contra a classificação venceu ontem.

Baixa adesão e contratação 
O secretário municipal da Saúde acredita que o fato do edital ter sido publicado antes da aprovação do adicional para a remuneração dos profissionais pela Câmara (de 41,79 para R$ 55 por hora) pode ter influenciado na baixa adesão da categoria ao processo de seleção. "Embora nós tenhamos buscado divulgar os novos valores praticados internamente para a categoria, a informação pode não ter sido potencializada ao máximo como deveria, já que a equiparação com os valores pagos na região era uma reivindicação antiga."

Quanto à possibilidade de novo concurso, disse que "primeiro teremos verificar efetivamente quanto profissionais serão contratados para redefinirmos as demandas, já que mesmo aqueles aprovados podem não assumir a vaga". Raggio adiantou, porém, que está em andamento o chamamento de mais 10 médicos plantonistas, sem concurso, para reforçar o contingenciamento de profissionais que atendem nas Unidades Pré-Hospitalares (UPH), sendo cinco na área de pediatria e cinco de clínicos gerais. Os contratos terão validade de seis meses, podendo ser prorrogados por mais seis meses. Justificou que essa medida é necessária para evitar a falta de profissionais nos plantões dessas unidades.

O secretário pretende colocar em prática também uma maior flexibilização do horário e locais de atendimentos dos médicos que atuam na rede, a promover uma conciliação entre as preferências dos profissionais e a necessidade de serviço na rede. "Queremos nutrir uma política de diálogo da categoria para que mais médicos sintam interesse em fazer parte do nosso quadro." 

Programa de residência 
Para incentivar a vinda de novos profissionais, o secretário da Saúde quer implantar na rede municipal o programa de residência médica, dirigido a recém-formados e jovens profissionais da área da saúde. Ele aguardar a publicação de edital pelo Ministério da Saúde para a abertura de adesões, o que deve ocorrer em agosto.

Inicialmente, a intenção do secretário é disponibilizar 120 vagas de residência para atuação no programa Médico da Família, sendo 20 para médicos e 100 para multiprofissionais, entre farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas e dentistas. Mas a programa de residência poderá ser estendido para o serviço de saúde mental, além das áreas de clínico geral e pediatria.

A residência seria por um período de três anos, sendo que cada ano poderiam ser aceitas novas adesões. Além da remuneração por meio de bolsas, haveria a opção pela contratação dos residentes. Se houver a aprovação do cadastramento pelo Ministério da Saúde, o programa de residência começaria em março de 2014.

Para a formação dos preceptores, que atuarão na supervisão e orientação dos residentes, o secretário disse que iniciou contato com a Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC/SP) e outras instituições na área da saúde, para o treinamento dos profissionais da rede.

Mais Médicos 
Outra iniciativa que vem sendo conduzida pela Prefeitura para tentar suprir a carência de médicos na rede municipal é a adesão ao programa federal Mais Médicos. Raggio explicou que embora Sorocaba tenha situação mais favorável que outras regiões consideradas prioritárias, como norte e nordeste do País, pode ser uma alternativa para atrair mais profissionais.

"Nós queríamos suprir essa demanda com os profissionais de Sorocaba e da nossa região, mas se isso não está sendo possível não podemos deixar de recorrer a todas as possibilidades." De acordo com o último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, 139 das 645 cidades paulistas aderiram ao "Mais Médicos". O prazo de inscrição acaba amanhã.

Resultado não surpreende sindicato
O não preenchimento de vagas no concurso público da Prefeitura de Sorocaba não surpreendeu o presidente do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região, Antônio Sérgio Ismael. Segundo ele, essa falta de interesse da categoria é justificada tanto pela baixa remuneração como pelas más condições de infraestrutura nas unidades de saúde. 

Embora aprovado um adicional que elevou para R$ 55 a hora paga os médicos, Ismael afirmou que na rede privada o ganho médio é de R$ 80 a R$ 100 a hora. Em relação a algumas especialidades, como a pediatria, frisou que há poucos profissionais no mercado e a remuneração na rede privada é ainda maior, o que explica a dificuldade de contratação no serviço público.

Ismael disse que as condições de trabalho também inibem. A principal deficiência, afirmou, é a falta de segurança nas unidades de saúde, o que coloca em risco os profissionais. "Os médicos que atendem nessas unidades sofrem pressão muito grande devido à falta de pessoal e ainda não contam com uma retaguarda para o encaminhamento dos pacientes em estado grave. Não adianta jogar a culpa nos profissionais, é preciso investir para que mais médicos possam ser contratados."

Sociedade Médica 
O presidente a Sociedade Médica de Sorocaba, Jefferson de Oliveira Delfino, considera que há desinformação dos próprios profissionais sobre as condições atuais da rede pública de saúde de Sorocaba e muitos mantém "ranço" em relação a fatos do passado que desgastaram essa relação com a categoria.

"Se eu estivesse no papel de gestor investiria mais na divulgação sobre o que a rede municipal pode oferecer aos médicos, não só em relação à remuneração, mas em benefícios, como acontece na rede privada." Comentou que além da falta de candidatos para preencher as vagas, o que preocupa é a reprovação na seleção. "Creio que isso está mais relacionado à falta de interesse que à capacidade de nossos profissionais."

O conteúdo é do Jornal Cruzeiro do Sul

Geada cobre o Sul e SP tem noite mais fria em 12 anos

Sul tem sensação térmica de até 15 graus negativos, enquanto na Avenida Paulista, em São Paulo, sensação chegou a 1 grau negativo na madrugada

 Pedestres enfrentam frio na Avenida Paulista, em São Paulo
 Pedestres enfrentam frio na Avenida Paulista, em São Paulo - JF Diorio/Estadão Conteúdo

























Depois de fazer nevar em mais de 120 cidades e derrubar os termômetros ao nível mínimo do ano nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a onda de frio que chegou ao Brasil esta semana provoca amplas geadas em praticamente todo o território do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná na manhã desta quarta-feira. Apenas o litoral desses estados deve escapar do fenômeno, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As temperaturas mínimas chegam a 10 graus negativos na serra gaúcha e planalto catarinense, mas por causa do vento a sensação térmica sentida pelos gaúchos foi de 15 graus negativos. Na Grande Florianópolis, de 16 graus negativos. 

São Paulo - O ar frio e úmido também fez as temperaturas caírem em São Paulo como há anos não se via. Com tempo encoberto e muito vento, a madrugada na capital paulista foi a mais fria em mais de uma década, com temperatura média de 5 graus, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura. Na Avenida Paulista, onde o termômetro indicava 5,3 graus, a estação meteorológica apontou sensação térmica de 1 grau negativo pouco antes da meia-noite e início da madrugada. Desde julho de 2000, quando os termômetros marcaram mínima de 4 graus em dois dias, não fazia tanto frio na cidade.

A previsão para esta quarta-feira é o tempo voltar a ficar firme no Sul do Brasil. No Sudeste, o estado de São Paulo deve ter formação de geadas nos municípios de Assis, Ourinhos e Avaré. Não há expectativa de chuva e o ar frio e úmido permanece.

Na cidade de São Paulo, a quarta-feira começa com céu nublado e termômetros em torno dos 7 graus. Mas, de acordo com o CGE, em bairros mais afastados como Parelheiros e Capela do Socorro (Zona Sul) e Perus (Zona Norte), as mínimas podem ficar nos 5 graus. A máxima do dia não passa dos 12 graus em toda a cidade.

Esse cenário deve continuar na quinta-feira, com a diferença de que o dia será chuvoso. Mas as temperaturas não devem variar muito e ficam entre 8 e 13 graus. Só na sexta-feira o sol deve reaparecer na capital paulista, com o ar seco ganhando força e o frio começar a diminuir.

O conteúdo é da Veja

Vaticano rejeita aliança com o governo

Santa Sé insiste que não quer que a visita seja usada politicamente por Dilma

Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
RIO - O Vaticano se distancia da tentativa do governo brasileiro de propor uma aliança para o combate à pobreza, enquanto nos bastidores a Santa Sé insiste que não quer ser usada politicamente no Brasil pelo governo, principalmente em um momento delicado, de manifestações pelas ruas e preparação para as eleições de 2014.
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff não perdeu a chance de, no primeiro discurso ao lado do papa Francisco, descrever a política social do governo e formular uma proposta de se aliar ao Vaticano para desenvolver uma política internacional baseada no combate à pobreza. O papa tem cobrado governantes e até mesmo a Igreja para que adotem um discurso e atitudes concretas para ajudar os mais pobres.
A Santa Sé confirmou que, além do discurso, Dilma levantou essa questão com o papa no encontro que mantiveram. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, garantiu ao Estado que o pontífice "apreciou" o tom do discurso e que existem "pontos de sintonia". Mas ele insistiu que não há nada concreto quanto a uma aliança e que, no momento, a Santa Sé não tem a intenção de assinar acordos nessa direção. "Não existe compromisso nesse sentido."
Lombardi explicou que não se trata de um desacordo com a linha adotada pelo Brasil. Mas, ao Estado, pessoas próximas ao papa garantiram que o argentino e o Vaticano sabem do momento vivido pelo Brasil e da necessidade de Dilma de colar sua imagem à popularidade de Francisco. Para completar, a Santa Sé aponta que tanto na Organização das Nações Unidas (ONU) quanto em outros organismos internacionais, o Vaticano e o Brasil já têm uma posição de sintonia.
O distanciamento do Vaticano não significa, segundo seus auxiliares, que o papa não reconheça que tem um papel político importante. "O papa quer ter esse papel. Mas ele defende uma ação política com P maiúsculo, e não a política partidária", explicou um auxiliar.
Carta. Dilma fez de tudo para politizar a viagem do papa ao Brasil. Ela enviou uma carta ao argentino pedindo que ele a transformasse em uma "visita de Estado" e fosse a Brasília. Mas Francisco rejeitou o convite. Nos próximos meses, o governo tentará promover uma aproximação das diplomacias do Vaticano e do Itamaraty para debater estratégias de ação conjunta em fóruns internacionais.
O Vaticano também já deixou claro que nesta quarta-feira, 24, quando o papa visitar a favela de Varginha, no Rio, ele não quer a presença de políticos. "O contato é com o povo, e justamente com o povo mais esquecido pelos governantes", declarou um representante do Vaticano.
O conteúdo é do ESTADÃO

Lula promete ‘lutar com unhas afiadas’ por Dilma

Ex-presidente vê ‘preconceito’ contra sucessora, diz que ela é ‘extensão’ do PT no poder e assume responsabilidade por ‘erros e acertos que ela cometer’


Vera Rosa - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 23, que vai lutar com "unhas afiadas" para defender a presidente Dilma Rousseff de ataques dos adversários. Em palestra no Museu Nacional, Lula disse que Dilma é vítima de "preconceito" por parte da elite brasileira e sofre "falta de respeito" por ser mulher.
"Dilma não é mais do que uma extensão da gente lá. Nós seremos responsáveis pelos acertos e pelos erros que ela cometer", afirmou Lula. Aplaudido pela plateia, formada em sua maioria por negros que participavam do Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, o ex-presidente disse que os "conservadores" começam a "colocar as unhas de fora" para tirar o PT do poder, em 2014 e prometeu ajudar Dilma.
"Eles estão com preconceito contra Dilma maior do que o que tinham contra mim. É a maior falta de respeito a uma mulher da qualidade da Dilma Rousseff. Será que eles têm essa falta de respeito com a mãe deles, com a mulher deles, como têm com a Dilma?", perguntou.
Apesar da fragilidade política do governo, Lula acha que Dilma vai superar os problemas. "Tenho a convicção de que ela está no caminho certo, a despeito das dificuldades que enfrenta." Para Lula, a inflação é um "mal a ser extirpado da política econômica" e o governo precisa fazer um "esforço monstruoso" para impedir seu retorno.
Plebiscito. Em entrevista, Lula saiu em defesa do programa Mais Médicos e do plebiscito proposto por Dilma – e descartado pelo Congresso – para fazer a reforma política. "Se os médicos brasileiros não querem trabalhar no sertão, que a gente traga médicos estrangeiros", disse. "Vamos fazer a reforma política, vamos fazer plebiscito. Por que temos medo dessas coisas?"
Ele descartou o "Volta, Lula", que começou a ser entoado no próprio PT. "Não existe essa possibilidade. Eu, se pudesse, ia voltar a jogar bola, mas o Felipão parece que não está me olhando com bons olhos", brincou.
Não faltaram no evento gritos de "Volta, Lula" nem o habitual coro de "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula". O ex-presidente sorriu e disse: "Se alguém pensa que Lulinha está com 67 anos, pegou câncer e está velho, saiba que com pernambucano não acontece isso. Eu vou continuar incomodando."
Também alfinetou o PMDB ao falar sobre o número de ministérios. "Estou vendo um zum-zum-zum na imprensa de que tem gente que vai pedir para a Dilma reduzir o número de ministérios. Fiquem espertos porque ninguém vai querer acabar com o Ministério da Fazenda nem com o da Defesa. Vão tentar mexer no Ministério da Igualdade Racial, no das Mulheres e no dos Direitos Humanos", advertiu. A proposta de cortar 14 dos 39 ministérios foi apresentada pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
Lula mostrou-se cauteloso ao comentar os atritos do PT com Dilma, por causa de sua ausência na reunião do diretório petista no sábado. "O PT apoia 150% a presidente e não há hipótese de haver divergência que não seja superada."
E não faltaram críticas à imprensa. "Ontem (anteontem) eu vi o papa beijar a nossa Dilma nas duas bochechas e não vi isso em jornal nenhum. A gente não tem que ficar com raiva porque Deus estava vendo", afirmou. 
COLABORARAM DAIENE CARDOSO e RICARDO BRITO
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