quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Operação prende PMs envolvidos com jogo do bicho no Rio

Promotores de Justiça e policiais participam da ação, que tem entre os alvos 26 acusados. Apartamento de bicheiro na Zona Sul da cidade foi vasculhado

Operação Perigo Selvagem tenta prender policiais ligados ao jogo do bicho no Rio
Operação Perigo Selvagem tenta prender policiais ligados ao jogo do bicho no Rio (Alessandro Costa/Ag. O Dia)
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP) e a Polícia Militar deflagraram, na manhã desta quarta-feira, a Operação Perigo Selvagem, para cumprir mandados de prisão preventiva contra 26 pessoas, entre elas policiais militares, envolvidas em um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis.
As denúncias são relativas a crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva. A operação também visa cumprir 76 mandados de busca e apreensão.
Até as 10h30, 18 mandados de prisão haviam sido cumpridos contra seis PMs, quatro ex-PMs, sete civis e um agente penitenciário. Outro agente prisional (que não estava na lista de procurados) foi preso em flagrante.
De acordo com o MP, os acusados atuavam em Bangu, Realengo, Marechal Hermes e Campo Grande, além de outros bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda segundo a denúncia, a quadrilha utilizava como seu "quartel-general" as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, que pertenceria a Fernando Iggnácio. Ele é considerado pelo MP como um dos "capos" do jogo do bicho no Rio.
Entre os denunciados estão um tenente-coronel e um capitão da PM, além de outros oito policiais militares, quatro ex-PMs e um agente penitenciário, todos acusados de fazer parte do esquema de segurança de Fernando Iggnácio. A Operação Perigo Selvagem conta com cerca de 400 homens do MP e da Polícia Militar, com o apoio de cerca de 100 viaturas e dois helicópteros.
Um dos locais visitados nesta manhã foi a residência de Fernando Iggnácio, um apartamento num prédio de luxo na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, na orla de São Conrado, um dos endereços mais caros do Rio. Com alicates, picaretas e marretas, cinco PMs do Batalhão de Choque entraram no edifício. Um helicóptero dá apoio à operação.
(Com Estadão Conteúdo) e VEJA

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