sábado, 4 de maio de 2013

Dependentes químicos da cidade terão auxílio do Cratod


Sorocaba pretende instalar o Cratod

Pannunzio disse à comissão que "vai preparar a estrutura para implantar o serviço"

José Antônio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br

Reforço no conjunto de políticas públicas voltadas à prevenção e combate ao uso de drogas, o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) deve começar a funcionar em Sorocaba, em breve. Ao fazer o anúncio ontem no Paço, o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) disse aos vereadores da comissão criada na Câmara para discutir e encaminhar o assunto que a cidade deverá, antes, "preparar a estrutura necessária para implantar o serviço". 

Localizado no bairro Bom Retiro, na capital, o Cratod é um serviço da Secretaria Estadual de Saúde que atende os dependentes químicos e seus familiares, oferecendo orientação e apoio nos aspectos sociais e jurídicos. No local, também funciona um plantão judiciário, cujo objetivo é avaliar a necessidade de internações involuntárias ou compulsórias. O programa é realizado em conjunto com o Ministério Público, Tribunal de Justiça, profissionais da saúde e da OAB.

Apoiado pelas intervenções da vice, Edith Di Giorgi, Pannunzio disse ao grupo com o qual esteve reunido que é necessário dispor de retaguarda para dar conta da demanda. "Temos o máximo interesse de adotar o sistema, conhecemos o trabalho já que executado pelo governo estadual, mas temos a preocupação de estar minimamente organizados. O processo não se resolve apenas com a internação dos dependentes químicos; vai muito além disso".

O Cratod, explicou o vereador Rodrigo Manga (PP), presidente da Comissão, é a porta de entrada no processo de recuperação de jovens envolvidos com o vício das drogas. Funciona como uma espécie de triagem dos casos encaminhados para internação compulsória, quando esta for determinada. Manga disse que esperava mais do governo. Até chegou a sugerir a criação de um grupo de trabalho e um cronograma para as atividades.

O prefeito respondeu que concordava com a proposta, mas não definiria ali, no gabinete, a composição desse coletivo. Uma nova reunião será agenda nos próximos dias quando, então, a proposta ganhará forma. "Estamos confiantes na sensibilidade política da gestão, e acreditamos ser possível trabalhar em parceria. Vamos agilizar o agendamento e tomar as providências necessárias para que o projeto saia do papel".

Também presente ao encontro, o vereador Saulo do Afro Art"s (PRB) fez um apelo, lembrando que Pannunzio, durante a campanha assumiu o compromisso de encampar a causa. "Convivo de perto com a realidade. Testemunho o drama de famílias que se desesperam por verem os filhos perdidos e sem perspectivas no inferno das drogas. Falaram, aqui, da possibilidade de atenderem 130 pacientes. Isso já seria um avanço; são 130 famílias aliviadas do flagelo do vício", destacou.

O prefeito respondeu que "não tem duas palavras". "Tanto na campanha, quanto neste momento, assumo o que disse. Vamos, sim, trabalhar para resolver o problema. Só que dentro das possibilidades". Representante da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no processo de implantação do Cratod, Cid Vieira relatou que, até o momento, e desde que o serviço entrou em operação no Estado de São Paulo, de um total de 1,3 mil ocorrências atendidas, pouco mais de 130, ou 10%, resultaram em internações.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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