sábado, 14 de setembro de 2013

Ladrões fazem a festa no primeiro dia de Rock in Rio

Delegacia móvel em frente à Cidade do Rock ficou lotada após os shows

Cecília Ritto e Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
Beyoncé no primeiro dia do Rock in Rio 2013
Beyoncé no primeiro dia do Rock in Rio 2013 (Ivan Pacheco)
No final da primeira noite do Rock in Rio 2013, uma longa fila na delegacia móvel montada em frente à Cidade do Rock mostrava que, para alguns, a diversão havia acabado mais cedo. A maioria registrava queixa por furto - principalmente de celulares e carteiras. O balanço ainda não foi divulgado pela Polícia Civil, mas o volume de casos impressionou.
A dentista Patrícia Tofani, de 42 anos, assistia à apresentação de David Guetta, a penúltima da noite, quando o marido sentiu alguém colocar a mão no bolso onde estava a carteira. Os dois conseguiram impedir o furto e foram à delegacia arrastando o suspeito. A filha de 16 anos ficou dentro da Cidade do Rock à espera do show de Beyoncé. Poucos minutos depois, porém, a adolescente ligou dizendo que havia sido cercada por um grupo que levou seus óculos escuros e o celular de uma amiga.
“É revoltante. Meu marido chegou a pegar o rapaz, levou para a delegacia, mas o policial disse que não poderia prender porque não era flagrante”, reclamou Patrícia. O estudante Rodrigo Nogueira, de 19 anos, não foi tão rápido quanto o marido da dentista. Enquanto tentava comprar lanche, percebeu que uma confusão se formava logo atrás dele. Quando ele se deu conta e colocou a mão no bolso, não encontrou mais o celular. "É muito ruim, porque você paga caro e nem consegue curtir depois disso", comentou.

Polícia - O delegado de plantão no fim da noite, Geniton Lages, da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), diz que o atendimento das pessoas chegou a ficar comprometido devido ao grande número de ocorrências.“Trabalhamos com policiais infiltrados e conseguimos reaver alguns objetos furtados. O primeiro dia de festival serve para sentir a demanda, e ver o que é preciso melhorar nos próximos", destaca.
O modo de agir mais comum, segundo apurou o delegado, é em duas ou mais pessoas: uma empurra ou esbarra na vítima, enquanto o outro aproveita o momento de descuido para furtá-la. "O ideal é vir para o evento com o mínimo de coisas possíveis. De preferência, só dinheiro e documento", sugere. A base móvel da Polícia Civil está montada diante da entrada principal da Cidade do Rock, com cerca de 50 agentes trabalhando no atendimento.
O conteúdo é da VEJA

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