sábado, 22 de junho de 2013

Dise fecha refinaria de drogas que abastecia várias regiões

Estrutura dos traficantes impressionou a polícia. Seis pessoas estão presas
Policiais ficaram impressionados com a estrutura e equipamentos do laboratório onde as drogas eram produzidas - Por: Aldo V. Silva


       Adriane Mendes
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br
Um grande esquema de tráfico de drogas no interior do Estado, denominado "Operação Alquimia", foi desmantelado essa semana por policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Sorocaba, resultando na identificação de 15 pessoas, das quais seis já estão presas, e no fechamento de uma refinaria no município de Elias Fausto, região de Campinas. De acordo com as investigações iniciadas há quatro meses por meio de denúncias, a produção de 600 quilos mensais de cocaína era destinada a abastecer as classes média e alta das cidades de Sorocaba e Votorantim, além da região de Campinas.

Devido à importância da ocorrência, em virtude da abrangência que atingirá no decorrer das investigações que continuam, o acesso à Dise ontem, para a apresentação de dois presos, foi limitado à imprensa e moradores locais. Os presos apresentados ontem, detidos entre a madrugada de quinta-feira e ontem, são o escriturário Renato Anselmo dos Santos, 32 anos, vulgo Presa, apontado como o líder da quadrilha e responsável pelo laboratório, e o soldador Anderson Fogaça, 37, vulgo Du, acusado de vender a droga entre Sorocaba e Votorantim por meio de "Disk-Droga". De acordo com o delegado titular da Dise, Alexandre Cassola, a organização pode ter abrangência até mesmo interestadual, uma vez que entre os seis integrantes da organização já presos há pessoas oriundas de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Entretanto, por estratégia visando não atrapalhar as investigações que ainda prosseguem, o delegado se limitou a apresentar parcialmente o que já foi obtido pelas investigações. E foi exatamente para não atrapalhar as apurações que apenas três nomes de presos foram divulgados ontem. O terceiro nome é do químico José Rodrigues Vieira, 26 anos, preso temporariamente em sua casa em Itu, enquanto a entrevista coletiva era concedida. Por estar ferido após um acidente na refinaria, ele não foi trazido para Sorocaba e está escoltado no Hospital São Camilo, naquela cidade.

Conforme o que foi investigado, Renato Anselmo seria o líder da quadrilha e também o responsável e dono do laboratório de refinaria, que funcionava numa chácara em Elias Fausto. As instalações, compostas por seis estufas para secar a cocaína, além de maquinários para prensar a droga em forma de tijolos - que tinham até logotipos das marcas "100%" e "cavalinho" -, bem como todos utensílios, impressionaram os policiais civis. 

O delegado Basílio César de Sá Cassar, assistente da Dise, também classificou a refinaria como grande, tanto que sua capacidade de produção era de 150 quilos semanais, gerando também grande movimentação financeira. Cada tijolo, no atacado, custaria R$ 12 mil em média. No laboratório, o procedimento da quadrilha consistia em receber a pasta base de cocaína e misturá-la com diversos componentes químicos a fim de aumentar a quantidade da droga. Com a mistura já preparada, a droga era colocada na estufa para secar, seguindo depois para as máquinas de prensa, saindo então em forma de tijolo.






Já a venda entre Sorocaba e Votorantim, segundo as investigações, eram feitas pelo soldador Anderson Fogaça, o Du, que compraria os tijolos e os transformaria em dezenas de porções, que segundo o delegado Cassola, eram também mais uma vez alteradas em suas composições. Mas as vendas aconteceriam apenas para as pessoas mais abastadas, motivo pelo qual a comercialização era feita mediante o sistema Disk-Drogas. Porém, a venda para as pessoas com menor poder aquisitivo também acontecia, mas com entorpecente de menor qualidade também. Para isso, as drogas eram divididas em embalagens de cores diferentes.

A descoberta da refinaria em Elias Fausto aconteceu na madrugada de quarta para quinta-feira, e a prisão do Anderson Fogaça aconteceu também na quarta-feira, no bairro Elton Ville, em Sorocaba. Na ocasião ele dirigia um Honda Civic cujo porta-luvas tinha fundo falso para esconder a droga. Ontem, em Votorantim, foi preso Renato dos Santos, sendo apreendido 150 gramas de cocaína. E enquanto transcorria a coletiva de imprensa, investugadores da Dise foram até Itu prender o químico José Rodrigues Vieira, que havia recebido alta hospitalar pelas queimaduras adquiridas num acidente da refinaria, mas que, por não apresentar nesse momento condições físicas para ficar numa prisão, está escoltado em hospital. Durante as prisões, três carros, um Space Fox, um Celta e um Civic, foram apreendidos.

O profissionalismo com que a droga era refinada no laboratório, chamou a atenção dos policiais civis. O cuidado no preparo era tanto que até mesmo equipamento hospitalar para aplicação de soro era utilizado para misturar as demais substâncias, que normalmente são cal, éter, acetona, fermento, entre outros. Bexigas usadas em festas também foram apreendidas. Elas eram úteis para acondicionar a droga e ainda ser enterrada, pois seu material de látex impede passagem de umidade.


As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

Um comentário:

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