quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sorocaba vive o maior protesto de sua história

Lideranças do movimento anunciaram protesto amanhã, em cidades da região

Uma multidão de 15 a 20 mil manifestantes tomaram as ruas da região central de Sorocaba e realizaram o maior protesto da história da cidade entre a tarde e a noite desta quinta-feira (20). Manifestantes, em sua maioria jovens, pararam a cidade para pedir diálogo com a Prefeitura e transparência por parte das empresas de transporte e do próprio governo. Entre os manifestantes, gritos e cartazes pedindo investimentos em saúde, segurança e educação, palavras de ordem contra os investimentos para a Copa do Mundo, contra a Proposta de Emenda Constitucional 37/2011 e outras expressões por diversas causas.

Ocorrências pontuais de vandalismo e tumulto foram registradas ao longo dos percursos. Em todos os casos, os próprios manifestantes coibiram ou condenaram as ações de violência ou depredação.

A concentração do ato foi na Praça Arthur Farjado, o Largo do Canhão. De lá, a multidão seguiu por ruas do Centro e mais tarde dois grupos menores seguiram 

Inicialmente, a multidão seguiu da praça para a rua Souza Pereira, continuando pela Álvaro Soares, Francisco Scarpa, Afonso Vergueiro e avenida Dom Aguirre. Enquanto a maior parte dos manifestantes continuou pela avenida Juscelino Kubitschek, outros dois grupos menores foram para locais diferentes: O Parque Campolim e o Paço Municipal, no Alto da Boa Vista. 

Da Juscelino Kubitschek, a maior parte dos participantes do ato foi até a rua Cesário Mota, com destino à Praça Frei Baraúna, onde ocorreu o encerramento.

O grupo que protestava no Campolim, esteve na rodovia Raposo Tavares, próximo ao Esplanada Shopping, bloqueando as quatro pistas por volta das 20h. A liberação ocorreu às 21h30.

No Paço Municipal, cerca de 300 pessoas pediram a presença do prefeito Antonio Carlos Pannunzio e foram impedidas de entrar na sede da Prefeitura.

Lideranças do movimento anunciaram no fim da manifestação que nesta sexta-feira as cidades de Votorantim e Salto de Pirapora também estarão em protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, às 18h e 19h, respectivamente.

A Guarda Civil Municipal informou que cerca de 15 mil pessoas foram para as ruas. Muitas pessoas, no entanto, falaram em 20 mil pessoas, o que fez da manifestação, seguramente, a maior já realizada na cidade, superando o protesto em 1987, na instalação do centro da Aramar.

Várias avenidas e ruas da cidade foram bloqueadas como a Eugênio Salerno, Afonso Vergueiro, Álvaro Soares e Francisco Scarpa. Os terminais Santo Antônio e São Paulo estiveram fechados desde às 17h30. Uma hora antes do início da manifestação, às 16h, cerca de 800 pessoas já se reuniam no Largo do Canhão. O público aproveitou para pintar cartazes e entrar no clima do protesto. Houve bastante barulho de apitos e buzinas dos carros que passavam por lá.

A maioria dos comércios localizados na região central começou a fechar as portas a partir das 15h. A Escola Municipal Leonor Pinto Thomaz, que fica na rua XV de Novembro foi fechada às 15h. Isso porque fica na região central. A Prefeitura retirou todas as bicicletas do programa IntegraBike, para evitar depredações.

Multidão conteve atos de vandalismo

Atos de violência e vandalismo foram imediatamente contidos ou condenados pelos manifestantes durante a passeata. Na Praça Lions, na avenida Dom Aguirre, uma pessoa chutou uma lixeira e foi repreendida. Na Juscelino Kubitschek, duas pessoas subiram no teto de um ônibus e desceram depois de pedidos dos outros manifestantes. O mesmo ônibus foi pixado. Três pessoas iniciaram um princípio de tumulto ao se agredirem com chutes na Juscelino Kubitschek, mas também foram contidas por outras pessoas.

Dois ônibus tiveram vidros quebrados na avenida General Carneiro e outros dois foram pichados. A base da GCM do Terminal Santo Antônio também foi depredada. Na Raposo Tavares, um dos manifestantes começou a jogar pedras na Polícia Militar e outras pessoas que protestavam entregaram ele para a polícia.

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

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