terça-feira, 16 de julho de 2013

Sorocaba - Pacientes revoltados com demora invadem consultórios médicos


- Aldo V. Silva


Pacientes da Unidade Pré Hospitalar (UPH) da zona oeste, na avenida General Carneiro, se revoltaram com mais um dia de demora para o atendimento e chegaram a invadir os consultórios para verificar se havia médicos trabalhando, nesta terça-feira (16).

A principal reclamação era sobre a falta de atendimento desde as 8h. De acordo com quem aguardava, algumas pessoas que passavam mal saíram carregadas da unidade, sem passar por consulta médica e desesperadas por ajuda. 

A dona de casa Maria Tereza Camargo, de 63 anos, sofre de diabetes, hipertensão e precisa receber aplicação de insulina duas vezes ao dia. Além disso, levou para a UPH o neto que estava doente, mas se decepcionou com a demora: "Estou aqui desde 10h e até agora não fui atendida como um monte de gente aqui. É um absurdo", declarou. 

A vendedora Fátima Caruso, 53, também chegou às 10h e não se conformava com a situação. Ela admite que entrou com um grupo de pacientes para procurar os médicos e para tirar satisfações com o coordenador, que, segundo ela, não quis atendê-los. Ela afirma também que só às 14h30 viu pessoas serem chamadas para consulta no local. 

Outra pessoa na fila de espera era Isilda Patrícia, vendedora de 42 anos, ressaltando que o problema persiste desde o começo do ano, mostrando indignação com o tratamento recebido: "Tem sido assim direto, os atendentes ficam tirando sarro da gente, eles fingem que estão trabalhando, mas estão nos sacaneando."

Até mesmo para quem pretende trabalhar na área da saúde, a situação é inaceitável. O estudante de medicina André Castanho, de 24 anos, pede uma solução para os problemas: "O governo e a prefeitura bem que poderiam permitir o convênio com as universidades para que os alunos possam trabalhar, pois há bastante médicos que se formam e podem atender a população e não deixar as coisas assim. Não adianta tapar o sol com a peneira. Os responsáveis sempre se escondem", afirmou.

Cruzeiro do Sul questionou a prefeitura sobre o problema e aguarda um posicionamento da Secretaria da Saúde de Sorocaba. (Com informações de Eduardo Casola - programa de estágio)

O conteúdo é do Jornal Cruzeiro do Sul

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