domingo, 1 de setembro de 2013

John Kerry: "EUA têm prova de que Síria usou gás sarin em ataque"

Segundo o secretário de Estado, amostras de cabelo e sangue das vítimas do ataque realizado em 21 de agosto foram positivas

















O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou neste domingo que as provas recolhidas nas proximidades de Damasco, capital Síria, deram resultado positivo para o uso de gás sarin no ataque realizado em 21 de agosto. "O material fornecido pelos primeiros socorristas que chegaram ao local, com amostras de cabelo e de sangue das vítimas, deu positivo para o gás sarin", disse em entrevistas neste domingo à NBC News e à CNN. 
Kerry disse acreditar que o Congresso americano aprovará a intervenção dos Estados Unidos no país. "Nós já sabemos de onde veio o ataque, sabemos onde ele ocorreu e sabemos exatamente o que aconteceu depois", disse.
No sábado, o presidente Barack Obama disse estar "pronto" para atacar a Síria, mas, primeiro, quer o aval do Congresso  — que está em recesso. "Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes do povo no Congresso", afirmou. "[Poderia realizar a ação] Mesmo sem autorização do Congresso, mas acho que o país estará mais forte se a decisão for conjunta".
Obama disse ter tomado a decisão após receber provas de que o regime de Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas. "Não podemos e não iremos fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco. Que mensagem está sendo passada se um ditador pode matar centenas de crianças sem pagar nenhum preço por isso?", argumentou o presidente.
Neste domingo, o jornal francês Le Journal du Dimanche disse que os serviços de inteligência da França teriam provas de que o regime Assad possui 1.000 toneladas de armas químicas e agentes tóxicos, entre gás sarin, mostarda e VX. A publicação traz na capa uma foto do Centro de Estudos de Pesquisas Científicas de Barzah, localizado no sul da Síria, onde Damasco estaria desenvolvendo a maior parte desse arsenal. 
Coalização pede ação — A coalizão de oposição na Síria decepcionou-se com a decisão de Obama de esperar pela autorização para agir. A oposição pede que o aval do Congresso seja rápido e que os EUA ajudem os rebeldes a ser armarem contra o governo.
"A Coalizão Síria acredita que qualquer possível ação militar deve ser realizada em conjunto com um esforço para armar o Exército Sírio Livre. Isto será vital na contenção da matança de Assad", afirmaram os opositores de Assad, em nota.

(Com informações das agências AFP e EFE)

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