sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Metalúrgicos da Toyota param por três horas

Eles pedem adicional noturno, vale-cesta e aumento do piso salarial
Trabalhadores decidiram ontem dar prazo até terça-feira - Sindicato dos Metalúrgicos


Cerca de 600 metalúrgicos do segundo turno da Toyota, montadora de veículos instalada às margens da rodovia Castello Branco, em Sorocaba, paralisaram a produção por três horas durante o final da tarde e início da noite de ontem. O protesto, liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, tem como objetivo pressionar a montadora a atender uma pauta de reivindicações específica, elaborada pelos próprios trabalhadores, juntamente com a entidade sindical, e entregue à direção da empresa no dia 28 de março.

As principais reivindicações da pauta são o adicional noturno, fornecimento de vale-cesta e aumento do piso salarial. A paralisação de ontem, em frente à portaria 1 da empresa, começou às 17h, horário de entrada do pessoal do segundo turno. Após esclarecimentos feitos por diretores do Sindicato sobre as negativas da Toyota em atender às reivindicações, às 18h30, os trabalhadores decidiram prorrogar a paralisação por mais uma hora, até às 19h30.

Após a assembleia, às 20h, os metalúrgicos decidiram encerrar temporariamente a paralisação e entraram para o trabalho. De acordo com o Sindicato, os trabalhadores decidiram dar prazo até a próxima terça-feira, dia 1º, para que a empresa faça uma proposta de acordo que atenda às expectativas dos trabalhadores. Caso contrário, deverá haver greve, que seria a primeira na montadora em Sorocaba, que foi inaugura em agosto de 2012.

O Sindicato também não descarta novas paralisações e protestos nos próximos dias, em qualquer horário, caso a empresa persiga os trabalhadores internamente devido ao movimento de ontem. "Desde o mês de abril nós estamos tentando negociar com a empresa, mas ela não apresenta propostas. A intenção deste protesto é fazer essa pauta andar", afirmou João de Moraes Farani, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Para o dirigente sindical Alex Sandro Fogaça, a decisão dos trabalhadores de prorrogar a paralisação "é uma prova da insatisfação deles para com a empresa". Além dos 600 trabalhadores do segundo turno, a Toyota tem cerca de 900 funcionários que trabalham no primeiro turno, totalizando 1.500 trabalhadores.

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