sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Lucro da Petrobras cai 45% no 3º trimestre — a R$ 3,3 bilhões

Analistas esperavam ganhos de 5 a 6 bilhões de reais no período; no acumulado do ano, lucro ultrapassa 17 bilhões de reais

Presidente da Petrobras Maria das Graças Silva Foster
Presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster (Sebatião Moreira/EFE)
A Petrobras anunciou na noite desta sexta um lucro líquido de 3,395 bilhões de reais no terceiro trimestre. O resultado veio abaixo das expectativas de mercado, que oscilavam entre 5 e 6 bilhões de reais para ao período. Trata-se de uma queda de 45% em relação ao lucro do segundo trimestre, que ficou em 6,2 bilhões de reais. No acumulado do ano, os ganhos da estatal somam 17,2 bilhões de reais.
A receita líquida da empresa somou 77,7 bilhões de reais de julho a setembro, uma alta de 6% em relação ao segundo trimestre. Já o lucro operacional (antes de impostos) ficou em 5,4 bilhões de reais, queda de 51% em relação ao trimestre anterior.
A empresa atribui o resultado ao baixo nível de produção no terceiro trimestre, impactado pelo atraso no início da operação da plataforma P-63, de 15 de julho para 31 de outubro, ao atraso de fornecimento de equipamentos por parte da empresa norueguesa Subsea 7 e ao aumento da demanda por diesel, o que fez com que a estatal tivesse de aumentar importações num período de dólar apreciado e preço do barril de petróleo em alta.
Defasagem - A empresa reconheceu que absorver as oscilações de preço no mercado internacional prejudicou o resultado. "O consumo recorde de diesel no Brasil, superando 1 milhão de barris por dia (pico de 1,169 milhão em 30 de agosto), levou ao aumento das importações, em período de forte depreciação do real e de aumento do preço do petróleo , ampliando a defasagem dos preços domésticos em relação à paridade internacional", afirmou.
"Ainda que tenhamos tido quatro reajustes de preço de diesel e dois de gasolina nos últimos 16 meses, totalizando 21,9% e 14,9% de aumento, respectivamente, a forte depreciação do real verificada desde maio de 2013, chegando a 22% de desvalorização, fez com que a defasagem voltasse a crescer nos últimos meses. Essa situação tem impactado nosso fluxo de caixa e alavancagem", informou a empresa.
O comunicado ainda afirma que a estatal apresentou ao Conselho de Administração presidido pelo ministro Guido Mantega uma metodologia de precificação que permita maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais.
Libra - O documento ainda enaltece o leilão de Libra, vencido por um consórcio único liderado pela Petrobras. Segundo o comunicado da presidente, Graça Foster, trata-se de um "desafio" para a empresa. "E isso torna vital a aplicação de boas práticas de gestão, dentre elas, a otimização dos custos e dos prazos nas fases de exploração, avaliação e desenvolvimento da produção", afirma.
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