quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Recessão na Espanha chega ao fim após 2 anos, indica BC

Dados ainda serão confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na semana que vem. De acordo com o Banco da Espanha, economia cresceu 0,1%

Pessoas aguardam na fila para ser atendido em uma agência de empregos, em Madri, Espanha. O desemprego na Espanha aumentou ainda mais no último trimestre de 2012
Exportações melhoram, mas demanda interna ainda deixa a desejar (Andrea Comas/Reuters)
A recessão de dois anos da Espanha chegou ao fim, indicam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco da Espanha, o Banco Central do país. A instituição anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) espanhol cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores - dado que será confirmado na semana que vem, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicar os resultados oficiais da economia do país. Geralmente as estimativas do BC são confirmadas pelo INE.
De acordo com o relatório, o motor da alta do PIB no período foi o comércio exterior, que cresceu 0,4%. Já a demanda interna, que caiu 0,3%, contribuiu negativamente para o indicador. Em taxa anualizada, o PIB caiu 1,2% - 0,4 ponto porcentual a menos do que no trimestre anterior. 
Outra boa notícia é a estabilização do desemprego, com uma leve queda de 0,1% ante o trimestre anterior que, se for confirmada, "representaria a taxa menos desfavorável desde o início da crise", assinalou o Banco da Espanha.
Apesar da demanda interna ainda deixar a desejar, o Banco da Espanha estima que o consumo das famílias voltou a crescer no terceiro trimestre, avançando 0,1%. No entanto, segundo a instituição, o indicador ainda é fraco, especialmente pela queda do poder de compra da população e elevado endividamento. 
Os gastos da administração pública caíram mais do que no trimestre anterior, enquanto os investimentos recuaram um pouco menos, com a construção civil apresentando melhora. O Banco da Espanha destacou "a pujança" dos gastos empresariais em bens de capital, que teriam crescido entre 1% e 2% no terceiro trimestre, e a melhora na capacidade de financiamento das empresas não financeiras.
O banco comentou ainda que as exportações estão aumentando, favorecidas pela maior competitividade e a melhora econômica da zona do euro, principal destino das vendas ao exterior da Espanha. Por outro lado, as importações se mantiveram contidas pela débil demanda nacional.
(com agência EFE)
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