quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mercado espera que COPOM eleve juros a 9,5% nesta quarta-feira

BC decide hoje nova taxa de juros e projeções indicam que a Selic não deve ultrapassar dois dígitos este ano

o economista Alexandre Tombini preside a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)
O presidente do BC, Alexandre Tombini, comanda a reunião do Copom (Elza Fiuza/Agência Brasil)
O mercado financeiro caminha em manada nas suas apostas sobre o destino dos juros básicos da economia e a maioria ainda vê 2013 terminando com a Selic abaixo dos dois dígitos, a 9,75% ao ano, número também refletido nos juros futuros. Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina nesta quarta-feira, é quase unânime a aposta de que a Selic será elevada em 0,5 ponto porcentual (p.p.). As informa
De 80 instituições ouvidas pelo AE Projeções, 79 apostavam na alta de 0,5 p.p.. O professor Emílio Garófalo diz que não seria prudente o Banco Central (BC) ir contra a projeção que está tão consensual para evitar sobressaltos e alta volatilidade. "Se subir mais ou menos do que os 0,5 ponto esperado, o BC poderia dar a impressão ou que a inflação não está sob controle ou que está relaxando demais."
Nos negócios com juros futuros na bolsa de valores, as taxas também apontam para uma Selic de apenas um dígito neste fim de ano. Os contratos para janeiro de 2014 fecharam a 9,44% na terça-feira. Já os de janeiro de 2015 apontam para Selic de 10%. Em prazos mais longos, como 2017, a taxa apontava para 11%.
Algumas instituições já informam a seus clientes que os juros vão chegar aos dois dígitos ainda em 2013. Caso do Bradesco. De acordo com relatório do departamento econômico do banco, o aumento será de 0,5 ponto hoje, mas outros dois aumentos serão realizados até o fim do ano levando os juros a 10,25%. "Ainda que as projeções apontem para uma convergência lenta da inflação, os patamares reportados são bastante elevados e estão acima da inflação média dos últimos anos, de 5,5%", diz.
Pela pesquisa Focus é possível observar que o Bradesco não está sozinho em suas previsões. Nesta semana, a média das apostas estava em 9,77% ao ano, mais alta que os 9,75% da semana anterior e que os 9,58% de agosto.

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