sexta-feira, 11 de outubro de 2013

“Não vamos nos intimidar”, diz Alckmin sobre PCC

Investigação do Ministério Público mostrou que facção criminosa pretendia assassinar o governador de SP

Geraldo Alckmin anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira (13) que governo entrará com processo contra a empresa alemã Siemens pela suposta fraude na licitação de contratos no setor ferroviário
Governador disse que continuará com linha dura contra traficantes (Sebastião Moreira/EFE)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira, em Mirassol, interior paulista, que não se intimidará diante das ameaças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Os bandidos dizem que as coisas ficaram mais difíceis para eles, pois eu quero dizer que vão ficar ainda mais. Nós não vamos nos intimidar.”
Investigações do Ministério Público Estadual mostram que a facção criminosa planejou a mortedo governador e de outras autoridades. O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso ao áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC, Luis Henrique Fernandes, conhecido como LH, conversa Rodrigo Felício, o Tiquinho, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, ambos também integrantes da facção.
"Depois que esse governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que 'nóis' decretou ele, então, hoje em dia, secretário de Segurança Pública, secretário de Administração, comandante dos vermes (Polícia Militar), estão todos contra 'nóis'.", diz o preso LH. De acordo com os promotores, a facção criminosa se refere a "decretar a morte" do governador.
O diálogo ocorreu no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37.
As investigações dos promotores do Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) começaram em 2009 e resultaram na denúncia de 175 integrantes do PCC. O MP também pediu à Justiça a internação de 32 presos no Regime Disciplinar Diferenciado - a cúpula da facção atualmente está no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau.

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