quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PF suspeita de envolvimento de deputados em esquema (Operação Miquéias)

Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA) foram flagrados em conversas com chefe de quadrilha que fraudava fundos de pensão; inquérito foi remetido ao STF

Deputado Eduardo Gomes PSDB/TO
Gomes negou qualquer envolvimento com a quadrilha (Leonardo Prado/Agência Câmara)
A Polícia Federal (PF) suspeita que deputados estejam envolvidos no esquema de fraudes em fundos de pensão municipais desarticulado na Operação Miquéias, deflagrada em 19 de setembro. Segundo o despacho do desembargador Cândido Ribeiro, a PF flagrou conversas dos deputados federais Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, acusado de chefiar a quadrilha. 
Gomes, que atualmente está licenciado e ocupa o cargo de secretário estadual de Esportes e Lazer de Tocantins, teria recebido "comissão" da organização investigada. De acordo com o inquérito da Operação Miquéias, uma agenda do doleiro registra suposto pagamento ao congressista.
Supremo – Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
"Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou o desembargador Ribeiro em seu despacho.
Em nota divulgada à imprensa de Tocantins, na semana passada, Eduardo Gomes negou irregularidades e explicou ter conhecido o doleiro há dois anos, quando "não pesavam" suspeitas sobre ele. Nesta quarta, os parlamentares não foram encontrados para comentar as suspeitas. 
(Com Estadão Conteúdo)

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