sexta-feira, 10 de maio de 2013

Caso PC: resultado do julgamento deve sair nesta sexta


Quatro ex-seguranças acusados de envolvimento na morte de PC Farias serão julgados; último dia do júri começará com debates entre defesa e acusação

Juiz Maurício Brêda, momentos antes do júri popular do Caso PC Farias
Juiz Maurício Brêda, momentos antes do início do júri - DICOM TJ/AL
















O julgamento dos quatro ex-seguranças acusados de envolvimento com a morte de Paulo César Farias e da sua namorada, Suzana Marcolino, em 1996, deve acabar nesta sexta-feira. A sessão começará às 8h com o confronto entre defesa e acusação. Em seguida, os sete jurados vão se reunir para decidir o destino dos acusados.
Os réus são suspeitos de participar da morte do casal ou ter permitido que eles fossem mortos. Na ocasião do crime, em 23 de junho de 1996, eles faziam a segurança da casa de praia de PC, ex-tesoureiro de Fernando Collor de Melo. A defesa afirma que os réus não têm envolvimento com o caso e aponta que o crime foi passional - Suzana atirou em PC e depois se suicidou.
Nesta quinta-feira, os quatro réus – José Geraldo da Silva, Adeildo dos Santos, Reinaldo de Lima Filho e Josemar Faustino – falaram ao júri. Todos negaram envolvimento com o crime. Os jurados também ouviram a equipe de peritos que elaborou o segundo laudo do caso, apontando duplo homicídio – hipótese que havia sido defendida inicialmente pela polícia. 
Histórico – PC Farias foi o cabeça do esquema de corrupção instaurado no governo de Fernando Collor no início dos anos 90. Em troca de dinheiro, facilitava a vida de empresários interessados em tocar obras públicas, aproveitando-se da proximidade que detinha com o então presidente. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo Collor. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos, como ficaria provado por uma série de documentos revelados por VEJA na época.
Em 1993, ao ter sua prisão preventiva decretada, PC fugiu do país para a Tailândia – e voltou algemado. No ano seguinte, foi condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, mas fugiu do país em seguida. Cumpriu um ano e meio de prisão, até obter a liberdade condicional por decisão do Supremo Tribunal Federal. Fora da cadeia, tentou retomar sua vida como empresário, até que foi encontrado morto ao lado de sua namorada, na casa de praia do empresário em Guaxuma, litoral norte de Alagoas. 
As informações são da Veja.

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