Estepes e objetos pessoais são levados de dentro dos carros estacionados na via localizada no Cerrado
Sorocaba
ana.goncalves@jcruzeiro.com.br
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Quando saiu para almoçar, por volta das 12h, a funcionária de uma concessionária de carros do bairro Cerrado, Tatiana Vaz, não imaginava que encontraria a fechadura do carro arrombada. O furto, ocorrido no início de dezembro do ano passado, deu a ela um prejuízo de mais de R$ 1.400,00. Tatiana perdeu o rádio, uma sacola de roupas a serem vendidas, sapatos, uma calça jeans e o estepe do Chevrolet Celta. "Sei que os ladrões devem ter agido próximo das 10h30, mas não tive tempo de fazer o Boletim de Ocorrência", admite a sorocabana, de 33 anos.
O Celta de Tatiana é apenas mais um da onda de furtos no interior de veículos, que vem tirando o sono dos moradores e comerciantes das imediações da rua Vicência Leonetti, uma travessa da avenida Dr. Armando Pannunzio. Alguns comerciantes da redondeza já chegaram, inclusive, a ter o próprio veículo furtado, enquanto outros foram ameaçados pelos bandidos com armas apontadas.
O Chevrolet Astra do vendedor Fernando Aquino, de 33 anos, teve o vidro da janela quebrado há mais 40 dias, mas os assaltantes não tiveram tempo de levar nenhum pertence embora. "O pessoal da loja viu e me avisou, aí eles abandonaram o carro e fugiram", lembra. De qualquer forma, Fernando precisou comprar e instalar um novo vidro na janela, gastando quase R$ 70,00. Com o veículo de José Francisco Vasquez, no entanto, os bandidos tiveram mais sorte: ao arrombar as janelas, furtaram o equipamento de som. "Aconteceu há seis meses, mas gastei quase R$ 1.500,00 com os reparos", explica o sorocabano, de 32 anos.
Dono de outro Chevrolet Celta, o funcionário de uma loja de carros na região, Carlos Alberto Pereira, perdeu o estepe, o rádio, algumas roupas e o GPS. "Eles estouraram a fechadura do meu carro e tive R$ 350,00 de prejuízo", explica o comerciante, de 47 anos. Para tentar deter os autores do crime, Carlos disse que faria um Boletim de Ocorrência. Além disto, publicou uma foto da rua Vicência Leonetti no seu Facebook pessoal com um aviso a todos que costumam estacionar seus carros na via. "Os nossos próprios clientes estão correndo perigo, não existe policiamento por aqui."
Com o sorocabano Tadeu Queiroz Costa, de 31 anos, a situação foi ainda pior: os assaltantes levaram embora a sua moto Honda Titan, há cerca de duas semanas. Felizmente, conta ele, a polícia encontrou o meio de transporte nas proximidades. "O assaltante estava empurrando a moto", explica. Mesmo assim, Tadeu fez um Boletim de Ocorrência para relatar o caso aos encarregados.
Apesar dos furtos e roubos, os comerciantes das imediações continuam estacionando seus veículos no fim da via. "Não temos aonde parar e, ainda por cima, nos proibiram de estacionar no começo da rua", reclama Tatiana. A maior parte dos crimes, ressalta Carlos, acontece à luz do dia: pela manhã ou pela tarde. "A rua é deserta durante a noite, então eles aproveitam que tem uma rotatividade maior de funcionários e clientes durante o dia" explica.
As ocorrências do tipo são registradas como furto, não sendo possível, de acordo com a Polícia Militar, precisar o número de casos, conforme a natureza dos objetos subtraídos. As ações investigativas também não são de competência da corporação, mas a população pode colaborar denunciando a prática de crimes e os infratores da lei. O 7º Batalhão do Interior, destaca a PM, realiza operações policiais militares e conjuntas com outros órgãos para coibir a prática de delitos. Só neste ano, foram 155 ações preventivas e de fiscalização, que prenderam 362 pessoas, apreenderam 178 menores e 62 armas, e recuperaram 328 veículos.
Alguns cuidados
Como as rodas e os pneus não possuem nenhuma identificação, a confecção do Boletim de Ocorrência é imprescindível para que, segundo a Polícia Militar, a vítima possa recuperá-los. Vale lembrar que os autores destes crimes aproveitam-se da distração das pessoas e, por isso, alguns cuidados devem ser tomados. A Polícia Militar orienta que os motoristas procurem estacionar em ruas iluminadas e próximas a locais vigiados dia e noite, não deixe embrulhos, roupas, pacotes e objetos de valor à vista dentro do carro e não se esqueça de instalar sistemas de proteção no veículo, como alarmes, bloqueadores e travas. Orienta também que sempre que desconfiar de alguém ou for vítima de algum delito, acione a polícia através do número 190. (Marcel Stefano, supervisor)
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As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.
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