sexta-feira, 10 de maio de 2013

Trânsito tem 20 mortes no 1º trimestre em Sorocaba


Balanço aponta aumento de 42,8% no número de mortos em acidentes

Rosimeire Silva
rosimeire.silva@jcruzeiro.com.br
Vinte pessoas perderam a vida nas ruas e trechos urbanos de rodovias que cortam a cidade, aponta a estatística do primeiro trimestre de 2013, divulgada pela Secretaria de Segurança do Estado. No mesmo período do ano passado, foram 14 mortes dos 59 acidentes fatais registrados ao longo de 2012. O aumento nos três primeiros meses chega a 42,8%. A violência no trânsito vem crescendo a cada ano, tanto que no comparativo a 2011, quando foram registradas 12 mortes, os casos subiram 66,6%.

Fora os mortos no trânsito, o número de pessoas que sofreram lesões decorrentes de acidentes já soma 456 casos somente nos primeiros três meses deste ano. Embora esse volume seja um pouco inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram totalizadas 475 lesões, está 28,4% acima do número de vítimas lesionadas em acidentes em 2011 (355 casos).

Ainda estão fora dessas estatísticas casos como o adolescente Joelson Aparecido Gomes, 17 anos, que no feriado do dia 1º de maio, morreu depois de bater a moto que pilotava na traseira de um carro na avenida Paraná, no bairro do Cajuru. No mês de março, o policial militar Márcio Baragao Hernandes, 41 anos, também perdeu a vida ao colidir a sua moto de frente com um outro veículo, na avenida Victor Andrew, na região do Éden.
 
Outro motociclista perdeu a vida em 29 de abril, após atropelar um estudante no km 102 da Raposo Tavares. Os motociclistas, aliás, são maioria entre as vítimas do trânsito. De acordo com o último levantamento realizado pela Urbes - Trânsito e Transportes, apenas nos dois primeiros meses de 2013, 332 motociclistas estiveram envolvidos em acidentes de trânsito em Sorocaba. Embora seja um número bastante representativo, houve um redução de 24,3% no comparativo ao mesmo período, quando 439 motociclistas foram vitimados.

Mesmo quem não é condutor também vem engrossando as estatísticas do trânsito. Entre os meses de janeiro e fevereiro, último período computado pela Urbes, foram registrados 56 casos de atropelamento de pedestres nas ruas de Sorocaba. Nos meses mais recentes, as ocorrências de atropelamento continuam. No dia 13 de março, a dona de casa Tânia Cristina a Silva Jorge, 39 anos, foi morta ao ser atropelada por um veículo que havia se envolvido numa colisão no cruzamento das ruas Fernando Luiz Grohman e Joaquim Rodrigues de Barros, na Vila Hortência, por volta do meio-dia. O seu filho, de apenas 8 anos, que estava junto com Tânia no momento do acidente também foi atingido, mas se salvou. No dia 1º de maio, mais um atropelamento também tirou a vida de Valdenir Antunes, 35 anos, na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, na Vila Rica.
 
Acidentes diminuem 
Apesar do aumento do número de vítimas fatais no trânsito de Sorocaba, conforme demonstrado pela estatística de Secretaria de Segurança Pública, o volume de ocorrências de acidentes demonstra uma tendência de queda em relação a 2012. Segundo o último levantamento disponibilizado pela Urbes, referente ao primeiro bimestre de 2013, foram registrados 927 acidentes nos dois primeiros meses do ano. Deste total, 386 resultaram em vítimas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de ocorrências apresentou uma queda de 24,8%, quando houve um total de 1.233 acidentes, sendo 502 com vítimas. De acordo com a Urbes, as vias com maiores índices de acidentes em Sorocaba são as avenidas Ituvuvu, Ipanema, General Carneiro, Dom Aguire, Armando Pannunzio, São Paulo, Afonso Vergueiro, General Osório, Antonio Carlos Comitre e Américo Figueiredo.

A presença dos agentes de trânsito, os chamados amarelinhos, nas ruas da cidade, é apontada pelo Urbes como um dos fatores que têm contribuído para essa redução. A análise é baseada num comparativo técnico que leva em consideração o frota veicular e o número absoluto de acidentes referente ao mês de ingresso dos agentes de trânsito (outubro de 2010) e do mesmo mês dois anos depois (outubro de 2012). Com base nesse cálculo, a média de acidentes para cada grupo de 10 mil veículos da frota caiu de 24,52 ocorrências em 2010, para 16,99 em 2012.

Os investimentos em engenharia de tráfego, sinalizações e dispositivos viários, como a fiscalização eletrônica por câmeras e radares, também são apontados pela equipe técnica da Urbes como responsável pela melhor segurança de tráfego e ordenamento viário que contribuíram para a redução no número de ocorrências. Aliado a isso, complementa a equipe técnica, por meio de nota, estão as operações de fiscalização realizadas em operações conjuntas pela Urbes, Polícia Militar e Guarda Civil e também os programas de educação no trânsito.
 
Falha humana 
O comando do 7º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I) informou, por meio de nota, que as falhas humanas são as principais causas dos acidentes de trânsito, conforme estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), somadas às condições dos veículos, das vias e ambiente de comportamentos inadequados. Segundo a corporação, essa gama de fatores faz com que medidas isoladas tomadas para coibir a direção perigosa, como é o caso da Lei Seca, não pode influenciar, solitariamente, na redução do número de mortes ou acidentes no trânsito, já que essa ação está atrelada a uma das modalidades decorrentes da falha humana.

Com o objetivo de promover um trânsito mais seguro, o comando do 7º BPM/I informou que somente neste primeiro trimestre de 2013, a Polícia Militar autuou 3.494 veículos e 3.473 condutores em situações irregulares, além da remoção de 1.321 veículos. Em parceria com o Detran, a Polícia Militar também desenvolveu um programa de conscientização da população sobre segurança no trânsito, o "Trânsito Consciente", disponível para toda a comunidade por meio do site www.transitopm.com.br.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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