terça-feira, 7 de maio de 2013

Governo negocia “importação” de 6.000 médicos cubanos



O governo brasileiro está negociando com a ditadura cubana a vinda de 6.000 médicos para trabalhar no interior do Brasil. O acordo deve ser semelhante ao que existe entre Cuba e aVenezuela – onde milhares médicos cubanos foram importados pelo governo do falecido presidente Hugo Chávez.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, depois de um encontro com o chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez. “Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos um grande valor estratégico”, disse o ministro.
A intenção do governo brasileiro é levar os cubanos para trabalhar em cidades do interior do Brasil onde hoje não há atendimento e onde os médicos do País não querem trabalhar.
O Brasil, no entanto, terá que encontrar uma solução para a autorização de trabalho para esses médicos. Hoje, médicos formados no exterior precisam fazer uma prova de revalidação do diploma, o Revalida, em que menos de 10% dos que tentaram nos dois últimos anos foram aprovados.
O anúncio do Itamaraty foi condenado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que, em nota, classificou a negociação como “eleitoreira, irresponsável e despeitosa”. No texto, o CFM diz que pretende tomar medidas jurídicas contra um eventual acordo.
“Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais”, diz a nota.
(Com Estadão Conteúdo)
As informações são da Veja.

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