quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ministério da Saúde - Diretor é exonerado após campanha “Sou feliz sendo prostituta”

Segundo ministro, material foi publicado sem passar por sua aprovação

Alexandre Padilha, ministro da saúde
O ministro Alexandre Padilha criticou o conteúdo da mensagem (Elza Fiuza/ABr)
Foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira a exoneração de Dirceu Bartolomeu Greco do cargo de diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde. Esse setor foi o responsável pela veiculação da campanha que trazia a mensagem “Sou feliz sendo prostituta” e que teve repercussão negativa. 
Divulgação
Campanha do Ministério da Saúde
Campanha do Ministério da Saúde
Nesta terça-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o material foi divulgado sem passar pelo seu aval. Padilha ainda criticou o conteúdo da mensagem, afirmando que o objetivo da campanha de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis entre profissionais do sexo deveria se restringir às informações sobre prevenção. “Só autorizamos as mensagens que sejam restritas às orientações sobre como se prevenir das DSTs para os profissionais do sexo. Essa mensagem não fará parte da campanha.”
Padilha, que é cotado para ser candidato petista ao governo de São Paulo, afirmou que esse tipo de mensagem é papel de “entidades e movimentos” e concluiu: “Enquanto eu for ministro, campanhas assim não vão passar pelo ministério".
Fiascos – A iniciativa ocorre na sequência de uma série de fiascos em campanhas do Ministério da Saúde na gestão do petista. Em março deste ano, o Ministério da Saúde suspendeu distribuição de um material direcionado para o público adolescente e que tinha como tema a prevenção da aids. O kit era formado por seis revistas em quadrinhos e tratava de assuntos como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade. Na época, mais uma vez, Padilha afirmou que a distribuição foi realizada sem o seu consentimento, além de o material não ter sido aprovado pelo conselho editorial.
Em maio de 2011, outro projeto foi suspenso. A própria presidente Dilma Rousseff cancelou a entrega de um kit de combate à homofobia produzido pelos Ministérios da Saúde e da Educação.O material foi produzido pela Oficina de Comunicação em Saúde para Profissionais do Sexo, realizada entre os dias 11 e 14 de março em João Pessoa (PB). O objetivo da ação era se “opor ao estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e aids” e celebrar o Dia Internacional das Prostitutas (2 de junho).
No mês passado, o ministério gastou 10 milhões de reais em uma campanha que informava, de forma equivocada, que pessoas com problemas relacionados a planos de saúde particulares deveriam ligar para a Ouvidoria do SUS, que trata da saúde pública. A campanha precisou ser corrigida.
As informações são da Veja.

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