sexta-feira, 5 de julho de 2013

Evo Morales ameaça fechar embaixada dos EUA na Bolívia

Governante voltou a culpar os americanos pelo desvio de seu avião na Europa

Presidente da Bolívia, Evo Morales e vice-presidente Alvaro Garcia Linera cantam o hino nacional depois de sua chegada no aeroporto de El Alto, nos arredores de La Paz, nesta quinta-feira (04). Após maratona aérea na Europa o presidente foi recebido com festa pela população
Ao lado do vice, Evo Morales canta o hino boliviano no retorno a La Paz (David Mercado/Reuters )
"Minha mão não tremeria para fechar a embaixada americana. Nós temos dignidade, soberania. Sem os Estados Unidos, estamos melhores politicamente, democraticamente", disse Evo
O presidente boliviano Evo Morales voltou a culpar os Estados Unidos pelo desvio de seu voo na Europa e prometeu estudar a possibilidade de fechar a embaixada americana em La Paz em resposta ao incidente. Na terça-feira, ao retornar da Rússia, o avião presidencial boliviano precisou fazer um pouso não planejado na Áustria depois que países europeus não permitiram a entrada da aeronave em seus espaços aéreos em meio a suspeitas de que o ex-técnico da CIA Edward Snowden estivesse a bordo.


"Nós não precisamos de uma embaixada dos EUA na Bolívia", disse ele nesta quinta-feira. "Minha mão não tremeria para fechar a embaixada americana. Nós temos dignidade, soberania. Sem os Estados Unidos, estamos melhores politicamente, democraticamente", completou. Evo acusa Washington de ter pressionado os países europeus a bloquearem sua passagem. A Casa Branca não comentou as declarações.

Durante sua visita a Moscou, onde está Snowden, o presidente boliviano disse que estaria disposto a avaliar um pedido de asilo do homem que revelou um imenso esquema de espionagem do governo dos Estados Unidos.

Em meio às tensões, a embaixada americana em La Paz cancelou as celebrações do Dia da Independência que deveriam ocorrer nesta quinta. Na cidade de Santa Cruz, apoiadores do governo da Bolívia pintaram frases de protesto nas portas do consulado dos EUA.

Apoio - Depois de uma reunião informal em Cochabamba, na Bolívia, um grupo de governantes sul-americanos reafirmou que o incidente envolvendo o voo de Morales foi uma “afronta” a todo o continente e exigiu que França, Espanha, Portugal e Itália se desculpem pelo ocorrido. No encontro estavam os presidentes de Bolívia, Argentina, Equador, Suriname, Uruguai e Venezuela.

(Com Estadão Conteúdo e France-Presse)

As informações são da Veja

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