Até abril, o litro do álcool combustível custava R$ 1,90, em média, passando a custar R$ 1,70 em junho
Atualmente, há vantagem econômica no abastecimento com etanol hidratado em relação à gasolina comum nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo - Luiz SettiAndré Moraes
andre.moraes@jcruzeiro.com.br
Motoristas sorocabanos que gostam de gastar menos na hora de abastecer os seus veículos podem aproveitar o momento já que há um preço competitivo do etanol na cidade, frente à gasolina. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) em Sorocaba, entre maio e junho deste ano, o valor pago pelo litro do etanol caiu 10,5%. Até abril, esse combustível custava R$ 1,90, em média, passando para R$ 1,70 em junho. Com este preço, o combustível apresenta uma proporção de 63% em relação ao valor do litro da gasolina, que hoje custa, em média, R$ 2,70 no município.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que preços finais do etanol hidratado para o consumidor tiveram redução de 6,8% entre a última semana de abril e a quarta semana de junho em todo o Brasil. A gasolina, neste mesmo período, apresentou queda de 0,9%. Com isso, a relação de preços entre o etanol hidratado e a gasolina comum caiu de 72% para 68% na média nacional. Atualmente, há vantagem econômica no abastecimento com etanol hidratado em relação à gasolina comum nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.
O presidente do Sincopetro em Sorocaba, Jorge Marques, revela que essa variação no valor do litro do combustível originado da cana-de-açúcar acontece muito por conta da situação da safra da matéria-prima. "Todo o ano é sempre a mesma história. Caiu o preço porque não choveu muito e não prejudicou a safra, (ou) subiu porque a chuva atrapalhou as plantações", relata.
A ANP ainda atribui essa queda no valor do etanol à sua resolução 67/2011, que estabeleceu critérios para a aquisição e a formação de estoque de etanol em conformidade com a competência e os objetivos da ANP de garantir a qualidade e o suprimento desse combustível, mesmo durante a entressafra da cana de açúcar. Além disso, a Agência relata que a recente desoneração fiscal pelo Governo federal, que isentou o produto de PIS/Cofins em abril deste ano, está dando resultados nas bombas.
Conforme a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou em seu boletim do mês de abril, os primeiros 15 dias daquele mês beneficiaram esse setor, pois as mudanças climáticas não afetaram a colheita e moagem do produto, fazendo com que os preços do etanol ficassem mais baixos. Com isso, a estocagem do combustível produzido ainda está conseguindo suprir a demanda em todo o País. Porém, o último boletim da Unica, divulgado na semana passada, desperta uma certa preocupação, já que as chuvas que atingiram as principais regiões produtoras da cana-de-açúcar na primeira quinzena de junho prejudicaram a colheita.
Motoristas
A queda nos preços do etanol animaram os motoristas que costumam utilizar esse combustível para encher os tanques de seus veículos. "Antes, estava bem alto, mas agora percebi que deu uma abaixada. Vai ser bom para o meu orçamento", relata a comerciante Mirian Lima Daltoé, 50 anos. Como ela anda bastante com seu carro, mesmo que o preço do etanol não esteja tão baixo assim, ela prefere não partir para a gasolina. "Eu tenho que abastecer pelo menos duas vezes por semana, mas sempre coloco etanol, porque compensa mais para mim do que colocar gasolina", diz.
O instalador Angelo Dimas, 26, também adere ao etanol, estando ele com preços altos ou baixos. E diz fazer isso tanto no veículo da empresa para a qual trabalha, seja no seu próprio carro. "É difícil eu colocar gasolina, porque não compensa. Agora que baixou o preço, vou ter um boa economia", afirma.
Já o projetista Paulo Berenguer, 45, prefere pesquisar e fazer a comparação entre o preço da gasolina e do etanol, para ver qual é a melhor opção. "Eu avalio a proporção do preço dos dois para poder decidir. Mas ultimamente, por causa do preço mais barato, tenho abastecido com o etanol", revela. Ele ainda segue uma dica que recebeu de um mecânico: "pelo menos uma vez por semana eu abasteço com gasolina, pois aumenta a vida útil do motor."
Motoristas sorocabanos que gostam de gastar menos na hora de abastecer os seus veículos podem aproveitar o momento já que há um preço competitivo do etanol na cidade, frente à gasolina. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) em Sorocaba, entre maio e junho deste ano, o valor pago pelo litro do etanol caiu 10,5%. Até abril, esse combustível custava R$ 1,90, em média, passando para R$ 1,70 em junho. Com este preço, o combustível apresenta uma proporção de 63% em relação ao valor do litro da gasolina, que hoje custa, em média, R$ 2,70 no município.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que preços finais do etanol hidratado para o consumidor tiveram redução de 6,8% entre a última semana de abril e a quarta semana de junho em todo o Brasil. A gasolina, neste mesmo período, apresentou queda de 0,9%. Com isso, a relação de preços entre o etanol hidratado e a gasolina comum caiu de 72% para 68% na média nacional. Atualmente, há vantagem econômica no abastecimento com etanol hidratado em relação à gasolina comum nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.
O presidente do Sincopetro em Sorocaba, Jorge Marques, revela que essa variação no valor do litro do combustível originado da cana-de-açúcar acontece muito por conta da situação da safra da matéria-prima. "Todo o ano é sempre a mesma história. Caiu o preço porque não choveu muito e não prejudicou a safra, (ou) subiu porque a chuva atrapalhou as plantações", relata.
A ANP ainda atribui essa queda no valor do etanol à sua resolução 67/2011, que estabeleceu critérios para a aquisição e a formação de estoque de etanol em conformidade com a competência e os objetivos da ANP de garantir a qualidade e o suprimento desse combustível, mesmo durante a entressafra da cana de açúcar. Além disso, a Agência relata que a recente desoneração fiscal pelo Governo federal, que isentou o produto de PIS/Cofins em abril deste ano, está dando resultados nas bombas.
Conforme a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou em seu boletim do mês de abril, os primeiros 15 dias daquele mês beneficiaram esse setor, pois as mudanças climáticas não afetaram a colheita e moagem do produto, fazendo com que os preços do etanol ficassem mais baixos. Com isso, a estocagem do combustível produzido ainda está conseguindo suprir a demanda em todo o País. Porém, o último boletim da Unica, divulgado na semana passada, desperta uma certa preocupação, já que as chuvas que atingiram as principais regiões produtoras da cana-de-açúcar na primeira quinzena de junho prejudicaram a colheita.
Motoristas
A queda nos preços do etanol animaram os motoristas que costumam utilizar esse combustível para encher os tanques de seus veículos. "Antes, estava bem alto, mas agora percebi que deu uma abaixada. Vai ser bom para o meu orçamento", relata a comerciante Mirian Lima Daltoé, 50 anos. Como ela anda bastante com seu carro, mesmo que o preço do etanol não esteja tão baixo assim, ela prefere não partir para a gasolina. "Eu tenho que abastecer pelo menos duas vezes por semana, mas sempre coloco etanol, porque compensa mais para mim do que colocar gasolina", diz.
O instalador Angelo Dimas, 26, também adere ao etanol, estando ele com preços altos ou baixos. E diz fazer isso tanto no veículo da empresa para a qual trabalha, seja no seu próprio carro. "É difícil eu colocar gasolina, porque não compensa. Agora que baixou o preço, vou ter um boa economia", afirma.
Já o projetista Paulo Berenguer, 45, prefere pesquisar e fazer a comparação entre o preço da gasolina e do etanol, para ver qual é a melhor opção. "Eu avalio a proporção do preço dos dois para poder decidir. Mas ultimamente, por causa do preço mais barato, tenho abastecido com o etanol", revela. Ele ainda segue uma dica que recebeu de um mecânico: "pelo menos uma vez por semana eu abasteço com gasolina, pois aumenta a vida útil do motor."
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul
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