sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sorocaba - Demora para atendimento faz pacientes interditarem avenida

Bloqueio durou duas horas e provocou congestionamento no trânsito
Apenas dois médicos apareciam na escala mantida na unidade - Fábio Rogério



     Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
Cansados de aguardar por atendimento médico, pacientes e acompanhantes saíram da Unidade Pré-Hospitalar Zona Oeste e fecharam o trânsito na avenida General Carneiro das 19h30 às 21h30 de ontem. Debilitada com a falta de atendimento uma jovem começou a passar mal precisou ser carregada de volta para dentro da unidade pré-hospitalar. Segundo relatos dos manifestantes duas pessoas teriam desmaiado na rua. A reportagem conversou com pacientes que esperavam desde às 15h. Entre os manifestantes estava a acompanhante de uma idosa com 72 anos que sofre de câncer no intestino e aguardava atendimento com dores desde às 18h30.

Para fechar a avenida os pacientes fizeram um cordão em cima da faixa de pedestres. Com a interdição da via os motoristas davam a volta no quarteirão, o que não evitou que houvesse congestionamento. Dos motoristas que ficaram parados no protesto, vários apoiaram a manifestação pela demora no atendimento médico, alguns reagiram ao bloqueio, lançando os veículos contra os pacientes e outros passaram sobre o canteiro da avenida e deixaram o local pela contramão. Os veículos desviaram um quarteirão antes do ponto de interdição.

No painel com espaço para colocar os nomes de até seis médicos plantonistas, somente após a imprensa chegar à unidade foram colocados dois nomes. O oficial da Polícia Militar que estava no local, tenente Heron Buono de Oliveira, disse ter ouvido relato de pessoas que aguardavam por atendimento desde às 14h enquanto a informação do profissionais é que haviam dois médicos clínicos gerais prestando atendimento e um para fazer cirurgias. 

A versão da Prefeitura foi que faltaram dois médicos dos sete plantonistas: um clínico e um pediatra. Explicou que o plantão é de quatro clínicos e três pediatras. Informou que o atendimento é priorizado para os casos de urgência e emergência e o tempo médio de espera era de duas horas. Algumas pessoas que passavam pelo local aderiram à causa dos pacientes, como estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entre eles, Carlos Henrique Calegari, 23 anos e Alessandro Jordão, 22 anos. Eles disseram ter levantado informações com a equipe de atendimento que estavam ausentes o coordenador médico e o responsável técnico pela unidade. "De seis médicos apenas dois estão trabalhando", disseram. 

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul

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