sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Deputado federal recolheu suborno em esquema no Saae, revela investigação

Foto Jornal Cruzeiro do Sul via Facebook
Operação Águas Claras, que após investigações revelou esquema de corrupção e direcionamento de licitações no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba (Saae), recolheu evidências do recebimento de suborno por parte de um deputado federal. A informação é do promotor de justiça, Wellington dos Santos Veloso, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Sorocaba. "Não posso divulgar o nome do deputado, mas enviaremos uma cópia do processo ao Ministério Público Federal e à Corregedoria da Câmara dos Deputados, em Brasília", afirmou. "Concluímos que havia uma organização criminosa, que tinha por objetivo lotear os contratos na área de saneamento básico, mediante a corrupção de funcionários públicos e agentes políticos", complementou o promotor.

O Gaeco aguarda apenas o recebimento do inquérito policial da Operação Águas Claras, que já foi concluído e enviado à 3ª Vara Criminal há mais de 30 dias, para apresentar denúncia criminal contra os envolvidos no esquema. Ainda de acordo com Veloso, a denúncia criminal já está pronta e arrola 25 acusados, entre empresários, funcionários públicos e ex-diretores da autarquia. "Para encaminhá-la à justiça, aguardamos o recebimento do inquérito, que há mais de 30 dias encontra-se na 3ª Vara Criminal de Sorocaba e ainda não nos foi enviado", declarou. Os acusados responderão pela prática de crimes de formação de quadrilha, formação de cartel, fraudes em licitações e corrupção passiva e ativa.

A operação

Em novembro de 2012, o Gaeco deflagrou a Operação Águas Claras, que investigou os supostos favorecimentos nas contratações de empresas. Suspeita-se que o esquema fraudulento teria desviado aproximadamente R$ 1 bilhão. Entre os denunciados, estão: os ex-diretores do Saae, Pedro Dal Pian Flores, José Carlos Tavares D"Almeida e Geraldo Caiuby.

A operação começou quando promotores e a Polícia Civil começaram a investigar um esquema de fraudes em licitações em autarquias de água e esgoto de várias cidades. De acordo com a polícia, por meio do pagamento de propinas, as empresas venciam licitações. As investigações apontaram que a empresa Alsan era quem comandava 29 companhias que faziam parte do esquema criminoso. Durante as investigações, dezesseis pessoas foram presas, mas liberadas posteriormente.

A Águas Claras começou com o objetivo de apurar fraudes em licitações do Saae de Sorocaba. Com a evolução das investigações, a polícia descobriu que as empresas integrantes do esquema agiam em várias outras licitações pelo Brasil. (Informações de Amilton Lourenço)


Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/519328/deputado-federal-recolheu-suborno-em-esquema-no-saae-revela-investigacao

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