segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sorocaba - Rapaz se mata após atirar na mulher, cunhada e no sogro

Ele não concordou com a separação e cometeu o crime às 6h30 deste domingo, na Vila Rica
A arma usada, um revólver calibre 38, foi apreendida pela polícia - Pedro Negrão

Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br

Um metalúrgico de 30 anos tentou matar a mulher, a cunhada e o sogro - a tiros - e se matou na garagem da casa em que moravam, na Vila Rica, às 6h30 deste domingo. Ele não concordou com a separação e cometeu o crime depois de ler uma carta que a mulher escreveu para ele, pondo fim ao casamento. O metalúrgico trabalhava numa indústria de autopeças, mas faltou ao serviço no sábado à noite e foi visto num bar do bairro. A mulher, uma operadora de máquina de 21 anos, também saiu de casa, com a irmã e amigos.

O metalúrgico seria violento e já teria ameaçado a mulher com um revólver, mesma arma que usou neste domingo. Ao sair de casa, a operadora deixou a carta e a aliança. Segundo ela contou à polícia, estavam separados apesar de ainda morarem juntos, no andar térreo de um sobrado. O pai dela e a irmã moram no andar superior.

O metalúrgico teria voltado para casa alcoolizado e leu a carta. Discutiu com a mulher e ela foi ao andar de cima. Ele, então, teria pego o revólver calibre 38 e ido atrás dela. A cunhada do metalúrgico, de 26 anos, foi a primeira a ser baleada. O tiro a feriu no ombro direito e ela caiu desmaiada. Ele segurou a mulher e teria colocado o cano da arma na face esquerda. No momento do disparo, ela empurrou o braço dele e não foi atingida, mas ficou com queimaduras no rosto. Ela também caiu. 

O sogro do metalúrgico, de 65 anos, lutou com ele para tentar desarmá-lo. Não conseguiu e saiu da casa correndo. O metalúrgico fez um disparo em sua direção, porém, não o atingiu. Os soldados da Polícia Militar, Valter Furlanes e Tadeu Pedroso, foram os primeiros a chegar ao local do crime e encontraram o metalúrgico caído morto na garagem. Ele atirou em si próprio, pela boca.

Segundo os PMs, o metalúrgico pode ter pensado que matou as duas mulheres, para, em seguida, se matar. A cunhada não corre risco de morte. O delegado Pedro Dalboni disse que um inquérito será instaurado para detalhar o que ocorreu. Explicou que não haverá processo na Justiça sobre a tentativa de homicídio contra as três vítimas devido à morte do autor. Em termos jurídicos, "causa extintiva da punibilidade por morte do agente", segundo o delegado.

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