Acusado usou transporte especial da Urbes para ir até a casa de prostituição
Adriane Mendes
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br
Um homem de 37 anos de idade, cadeirante, "fechou" um prostíbulo só para ele no Parque das Laranjeiras ao preço de R$ 4 mil, mas o que poderia ser uma simples diversão para o contratante acabou se transformando num caso de polícia, uma vez que não tinha dinheiro para pagar. Outro aspecto da ocorrência, que gerou polêmica, foi o fato de ele ter utilizado o serviço de transporte público especial, gerido pela Urbes -Trânsito e Transportes, para ir até a casa de prostituição, além de mobilizar a polícia para um caso que parecia ser de extorsão mediante sequestro ou mesmo de sequestro.
O caso, considerado inusitado pelo delegado titular da DIG, José Humberto Urban Filho, que em 26 anos de carreira disse nunca ter atendido algo parecido, falou ontem que a ocorrência chegou quarta-feira à tarde no Plantão Norte, sob a suspeita de extorsão mediante sequestro. O delegado plantonista então acionou o Grupo Antissequestro (GAS), que passou a investigar o desaparecimento do homem que é deficiente físico.
De acordo com a família, por volta das 15h30 começaram a chegar telefonemas dando conta de que ele só seria liberado da casa de massagem mediante o pagamento de R$ 4,5 mil, mas não diziam onde ele estava. Desesperada por achar que o cadeirante estivesse nas mãos de bandidos, uma vez que ao sair da casa disse que participaria de um curso do Sesi, a família foi até a polícia.
Urban disse que a polícia chegou até o local graças às informações do serviço de transporte especial da Prefeitura, que comunicou tê-lo deixado naquele endereço por volta das 11h. Na casa, além do contratante do programa sexual, um travesti "Nicole" e uma garota de programa. A pessoa responsável pelo prostíbulo, e que alugou o imóvel há duas semanas aproximadamente, não estava no local.
Conforme o que foi apurado pelos policiais civis, a garota de programa que a princípio estava resistente em aceitar o cliente, contou ter concordado depois de fazer com que ele aumentasse a proposta de R$ 400 para R$ 4 mil. Ela disse que já o conhecia, sabendo inclusive que em outro estabelecimento dessa natureza ele teria pago até R$ 8 mil. O "fechamento" da casa foi acertado na segunda-feira, por telefone.
A ocorrência foi apresentada na DIG/GAS e registrada pelo delegado Rodrigo Ayres, do Grupo Antissequestro, como "exercício arbitrário das próprias razões" contra o responsável pelo prostíbulo, pois a situação de extorsão mediante sequestro não se confirmou. Mas de acordo com o delegado Urban, que ontem divulgou o caso para a imprensa, dependendo do entendimento do juiz, o processo pode ser alterado até para falsa comunicação de crime por parte do cadeirante, e talvez de sequestro para o dono da casa de prostituição, tendo em vista que o devedor seria mantido no local até que o pagamento fosse efetuado, sendo posteriormente deixado próximo ao Coop da avenida Itavuvu. Mas se o processo se manter como "exercício arbitrário das próprias razões" pelo artigo 345, que visa fazer justiça pelas próprias mãos, a pena varia de 15 dias a um mês em regime fechado, ou multa.
Ainda segundo os familiares, o cadeirante tem compulsão por sexo com prostitutas e que ele já não tem mais acesso à internet para evitar situações como essa, mas que, com o celular que ganhou dos amigos, ele passou a fazer uso da internet para localizar prostíbulos.
Urban criticou o uso do transporte especial público para ir ao prostíbulo e também o uso da polícia, que parou uma investigação para correr atrás desse caso. De acordo com a assessoria de imprensa da Urbes, para utilizar o serviço de transporte especial é preciso que a pessoa seja cadastrada e a prestação do serviço acontece sempre por meio de um pré-agendamento, podendo o atendimento ser diário (para quem trabalha fora), ou eventual, como para um evento social.
Um homem de 37 anos de idade, cadeirante, "fechou" um prostíbulo só para ele no Parque das Laranjeiras ao preço de R$ 4 mil, mas o que poderia ser uma simples diversão para o contratante acabou se transformando num caso de polícia, uma vez que não tinha dinheiro para pagar. Outro aspecto da ocorrência, que gerou polêmica, foi o fato de ele ter utilizado o serviço de transporte público especial, gerido pela Urbes -Trânsito e Transportes, para ir até a casa de prostituição, além de mobilizar a polícia para um caso que parecia ser de extorsão mediante sequestro ou mesmo de sequestro.
O caso, considerado inusitado pelo delegado titular da DIG, José Humberto Urban Filho, que em 26 anos de carreira disse nunca ter atendido algo parecido, falou ontem que a ocorrência chegou quarta-feira à tarde no Plantão Norte, sob a suspeita de extorsão mediante sequestro. O delegado plantonista então acionou o Grupo Antissequestro (GAS), que passou a investigar o desaparecimento do homem que é deficiente físico.
De acordo com a família, por volta das 15h30 começaram a chegar telefonemas dando conta de que ele só seria liberado da casa de massagem mediante o pagamento de R$ 4,5 mil, mas não diziam onde ele estava. Desesperada por achar que o cadeirante estivesse nas mãos de bandidos, uma vez que ao sair da casa disse que participaria de um curso do Sesi, a família foi até a polícia.
Urban disse que a polícia chegou até o local graças às informações do serviço de transporte especial da Prefeitura, que comunicou tê-lo deixado naquele endereço por volta das 11h. Na casa, além do contratante do programa sexual, um travesti "Nicole" e uma garota de programa. A pessoa responsável pelo prostíbulo, e que alugou o imóvel há duas semanas aproximadamente, não estava no local.
Conforme o que foi apurado pelos policiais civis, a garota de programa que a princípio estava resistente em aceitar o cliente, contou ter concordado depois de fazer com que ele aumentasse a proposta de R$ 400 para R$ 4 mil. Ela disse que já o conhecia, sabendo inclusive que em outro estabelecimento dessa natureza ele teria pago até R$ 8 mil. O "fechamento" da casa foi acertado na segunda-feira, por telefone.
A ocorrência foi apresentada na DIG/GAS e registrada pelo delegado Rodrigo Ayres, do Grupo Antissequestro, como "exercício arbitrário das próprias razões" contra o responsável pelo prostíbulo, pois a situação de extorsão mediante sequestro não se confirmou. Mas de acordo com o delegado Urban, que ontem divulgou o caso para a imprensa, dependendo do entendimento do juiz, o processo pode ser alterado até para falsa comunicação de crime por parte do cadeirante, e talvez de sequestro para o dono da casa de prostituição, tendo em vista que o devedor seria mantido no local até que o pagamento fosse efetuado, sendo posteriormente deixado próximo ao Coop da avenida Itavuvu. Mas se o processo se manter como "exercício arbitrário das próprias razões" pelo artigo 345, que visa fazer justiça pelas próprias mãos, a pena varia de 15 dias a um mês em regime fechado, ou multa.
Ainda segundo os familiares, o cadeirante tem compulsão por sexo com prostitutas e que ele já não tem mais acesso à internet para evitar situações como essa, mas que, com o celular que ganhou dos amigos, ele passou a fazer uso da internet para localizar prostíbulos.
Urban criticou o uso do transporte especial público para ir ao prostíbulo e também o uso da polícia, que parou uma investigação para correr atrás desse caso. De acordo com a assessoria de imprensa da Urbes, para utilizar o serviço de transporte especial é preciso que a pessoa seja cadastrada e a prestação do serviço acontece sempre por meio de um pré-agendamento, podendo o atendimento ser diário (para quem trabalha fora), ou eventual, como para um evento social.
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