sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conclusão do Parque Tecnológio de Sorocaba custará R$ 39 milhões


Esse valor será usado para conclusão do núcleo central, dois prédios e vias que precisam ser pavimentadas

Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
A área institucional do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) necessita de cerca de outros R$ 39 milhões em recursos públicos para que fique concluído conforme foi projetado. Esse valor corresponde a 55,71% de todos os R$ 70 milhões em verbas estaduais e municipais investidas para o início do funcionamento do PTS, quando foi inaugurada a primeira etapa, em junho do ano passado. Essas são informações reveladas ontem pelo ex-prefeito e atual presidente da Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba Vitor Lippi (PSDB) durante entrevista em que esteve acompanhado por sua equipe do PTS formada pelos profissionais Mário Tanigawa, Fernando Furukawa, Walter Alexandre Previato, Marcelo Ferreira e Yuri Uchiyama. 

Segundo eles, para a outra metade do núcleo redondo que precisa ser inteiramente construída estima-se investimentos de R$ 25 milhões; para os dois prédios com 2,6 mil metros quadrados cada, cerca de R$ 8 milhões e para construir as ruas que darão acesso a parte dos futuros laboratórios de pesquisas, cerca de R$ 6 milhões. Esses investimentos nada tem a ver com os R$ 500 mil mensais que o PTS solicitou à Prefeitura para o seu custeio administrativo.

O presidente Vitor Lippi disse que serão preparados projetos para buscar parte dos investimentos para concluir o PTS conforme foi projetado junto aos governos do Estado e da União. Avaliou que essa estrutura será necessária quando todo o PTS estiver ocupado, o que estima demorar de três a dez anos. Lippi disse que certamente serão construídos primeiro os prédios com 2,6 mil metros quadrados, já que exigem menos investimentos. O maior investimento, para a construção dos outros 180º do círculo de concreto armado que completará o núcleo, deverá ficar para depois devido a necessidade de mais recursos. Já as ruas que faltam poderão ser abertas conforme as instituições forem chegando para instalar os seus laboratórios de pesquisas.
 
As primeiras instaladas 
O diretor de operação técnica, que também foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico durante parte do governo de Lippi, Mário Tanigawa, declarou que já estão desenvolvendo pesquisas no núcleo do PTS, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), a Metso do Brasil e a Bardella Indústrias Mecânicas. O diretor do PTS explicou que o laboratório do C.E.S.A.R. em Sorocaba faz pesquisas na área de instrumentos para aplicação de tecnologia da informação, inclusive desenvolvendo programas (softwares) para a Microsoft e para a Hewlett Packard (HP). Ela está instalada com 30 funcionários no PTS desde fevereiro em 170 metros quadrados. A sede é em Recife e na cidade de Sorocaba a intenção é desenvolver programas para clientes.

Ainda o diretor Tanigawa, declarou que a a Metso do Brasil está instalada desde o início de abril em um espaço de 134 metros quadrados onde gerencia as informações de novas tecnologias desenvolvidas em todo o grupo. Há quatro profissionais fixos da Metso, mas esse número aumenta frequentemente já que o local reúne profissionais da mesma empresa que chegam ao laboratório para atuar com o grupo. A Bardella Indústrias Mecânicas, segundo Tanigawa, está em um espaço de 67 metros quadrados, com quatro profissionais fixos desenvolvendo tecnologias para a área de hidromecânica e usinas hidrelétricas. 

Impacto de veículos 
A Fundação Ricardo Franco, que apoia o Instituto Militar de Engenharia, não mais instalará um laboratório de impacto de veículos automotores (crash tests) no PTS, conforme negociações divulgadas no ano passado. Segundo o diretor Tanigawa, a entidade passou tal iniciativa para o Instituto Mauá de Tecnologia, que deverá instalar crash tests para certificação da América Latina no PTS. Ela deverá ocupar uma área de 37 mil metros quadrados no PTS.
 
Poli da USP e Scania 
O coordenador de operação técnica do PTS, Marcelo Ferreira, previu que ainda neste mês começa a construção do laboratório da Scania Brasil em conjunto com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli da USP). Juntas ocuparão uma área de 1,2 mil metros quadrados e serão as primeiras a construir um laboratório do lado externo, ou seja, não atuarão dentro da estrutura do núcleo. A expectativa é que as pesquisas na área de autopeças tenham início ainda neste ano, provavelmente no final de dezembro. Segundo declarou a equipe do PTS, a empresa já queria ter começado as construções, no entanto, como houve necessidade da obtenção de licença para a retirada de árvores, foi necessário aguardar. O PTS retirará a vegetação formada por eucaliptos nos próximos dias para que sejam iniciadas as obras. Já existe a rua de acesso pavimentada para essa área.
 
Mais universidades 
De acordo com o diretor Mário Tanigawa, outras duas universidades entre as dez previstas para desenvolver pesquisas do PTS preparam seus projetos de instalação. Uma delas é a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que pesquisará, instalada em 170 metros quadrados, tecnologias na área da Bioengenharia, como por exemplo, órgãos humanos artificiais. A previsão é que esteja instalada ainda neste ano. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) deve iniciar no final de maio em 70 metros quadrados, entre outras pesquisas, análises de material orgânico. Todas as universidades devem atuar com pesquisadores na área de pós-graduação, como mestrado e doutorado, ou seja, segundo Tanigawa, não será espaço para cursos de graduação.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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