quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Petroleiros iniciam amanhã greve contra leilão do pré-sal

De São Paulo

Os petroleiros aprovaram nesta quinta-feira (10) uma paralisação para protestar contra o leilão do campo de Libra, no pré-sal da bacia de Santos. A greve começa a partir da 0h e se estenderá por tempo indeterminado.
Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), o movimento envolverá funcionários que vão desde as refinarias até unidades administrativas da Petrobras, Transpetro e outras subsidiárias.
A entidade congrega 12 sindicatos de trabalhadores do grupo Petrobras, cerca de 70% do quadro total da companhia no país.
A categoria promete fazer amanhã protestos nas principais capitais do país, para denunciar "os riscos à soberania e os prejuízos que o Brasil terá caso Libra seja apropriada por petroleiras transnacionais".
"Por lei, o governo pode permitir que esse reservatório fique inteiramente com a estatal, mas em vez disso querem entregar o tesouro às multinacionais", afirma em nota o coordenador da FUP, João Antônio Morais.
O leilão de Libra será realizado na próxima segunda-feira (21), no Rio. Trata-se da maior descoberta na camada até agora, com reservas recuperáveis (uma etapa antes da comprovação) entre 8 e 12 bilhões barris de petróleo.
A licitação renderá ao governo um bônus imediato de R$ 15 bilhões, que terá de ser pago pelo vencedor e ajudará as fechar as contas nacionais neste ano.
A expectativa de novos protestos no dia do leilão deve afastar a presença da presidente Dilma Rousseff do evento, conforme apurou a Folha.
REINVINDICAÇÕES
Além do leilão de Libra, os petroleiros protestam contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização e por avanços na campanha pelo dissídio da categoria.
Os petroleiros querem aumento de 11,6%, sendo aumento real de 5% mais a reposição da inflação do período (setembro 2012 a setembro 2013) medida pelo Dieese, de 6,6%.
No último dia 7, a Petrobras apresentou uma proposta de ajuste total de 7,68%, cerca de 1,5 ponto percentual acima da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mesmo período, que foi rejeitada pela categoria.

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