quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cesta básica volta a baixar em Sorocaba

Pelo quinto mês consecutivo, produtos de primeira necessidade apresentam redução no preço
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       Amilton Lourenço
amilton.lourenco@jcruzeiro.com.br
Pelo quinto mês seguido, o custo da cesta básica teve redução em Sorocaba. Conforme levantamento divulgado pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), o preço da cesta composta por 34 produtos reduziu 0,88%, passando de R$ 437,75 em abril para R$ 433,91 em maio. Em relação ao acumulado do ano, a cesta apresenta uma variação negativa de 3,30% abaixo da previsão da inflação (IPCA) informada pelo IBGE, que atingiu 2,86% até o mês de maio. 

Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em maio, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (-0,85%), produtos de limpeza (0,65%), e produtos de higiene pessoal (-2,28%). No entanto, devido ao peso no montante da despesa com a cesta básica, as maiores contribuições para a alta no seu custo foram o feijão, que aumentou 7,43%, a muçarela 9,47%, o leite 3,12%, a batata 1,89%, o macarrão 7,41% e o sabão em pó 2,23%. No caminho inverso, o açúcar refinado teve queda de -6,06%, a carne bovina, o frango e a cebola, exerceram pressão de queda, aponta o estudo.
 
Aumentos seguidos 
O principal vilão pela elevação do gasto com a cesta básica foi o feijão, cujo preço teve um aumento pelo quinto mês consecutivo. O preço do grão subiu motivado, principalmente, pela diminuição de área plantada e quebra de safra causada pelos fatores climáticos. O leite longa vida teve seu preço majorado devido às baixas temperaturas, pois os animais se alimentam menos, produzindo, consequentemente, menos leite neste período do ano. Como consequência o preço de seus derivados, neste caso a muçarela, também sofre aumento. O preço da batata subiu motivado pelas fortes chuvas na região produtora prejudicando a colheita e diminuindo a oferta deste tubérculo.

Nos supermercados, os consumidores puderam comprovar a alta nos preços. No Paulistão, por exemplo, o quilo do grão, que era vendido de R$ 4,90 a R$ 5,90, atualmente é comercializado entre R$ 6,28 e R$ 7,68, dependendo da qualidade e marca do produto. "O problema é a baixa oferta. Também houve queda de qualidade", explica o gerente do supermercado, Márcio Souza Pires. O gerente do Paulistão também confirma que o leite longa vida também contribuiu para o aumento da cesta em maio. "Está difícil encontrar o produto. Além dos problemas nas pastagens, as pequenas marcas não estão conseguindo envasar o produto para atender a demanda. Dessa forma, o preço subiu de R$ 2,50 (em média) para R$ 2,70", disse Pires. 

"A escassez do produto também reflete no preço dos seus derivados. Foi o que aconteceu com a muçarela, que hoje é vendida a aproximadamente R$ 16 o quilo, quase R$ 3 a mais do que era comercializada há mais ou menos três meses". Na redução do custo da cesta básica, dezessete dos trinta e quatro produtos apresentaram redução de preço, com destaque para o açúcar refinado, a cebola a carne bovina e o frango. "O preço do açúcar teve queda devido ao aumento da área de cana-de-açúcar plantada e as condições climáticas favoráveis", explica o coordenador do estudo, o professor Renato Vaz Garcia. 

Já a carne bovina juntamente com a carne de frango apresentam o segundo mês de queda. "Com baixas exportações e maior oferta, a carne no mercado interno os preços caem", comenta o professor. "No caso da cebola, a redução do preço aconteceu em razão do aumento da oferta proveniente das importações da Argentina e Europa", complementou Vaz.

Preço de produtos de limpeza varia até 31,53%
A compra de produtos para a higiene pessoal e limpeza doméstica pode atingir diferença de até 31,53% no preço. É o que aponta a pesquisa "Limpeza doméstica e higiene pessoal mais barata da semana", divulgada na última terça-feira pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso). O levantamento foi feito em seis supermercados da cidade e mostra que a mesma compra custa de R$ 22,29 a R$ 29,32. O custo mais baixo do pacote de nove itens pesquisados foi registrado no Paulistão, enquanto o mais elevado foi no Extra. Também participaram da pesquisa a Coop, o Walmart, Carrefour e Santo (confira a tabela ao lado). 

Entre os produtos acompanhados estão água sanitária (embalagem de dois litros), detergente, sabão em pó e sabão em barra. Na lista da higiene pessoal estão incluídos o absorvente feminino, creme dental, desodorante rool-on masculino e feminino e sabonete. A maior variação individual de preço foi registrada no desodorante masculino, que no Santo (marca Nívea) é vendido a R$ 6,55 e no Paulistão (marca Skala) custa R$ 3,15, diferença de 107,93%. O creme dental também apresentou grande diferença de preço, já que no Santo (marca Sorriso) é vendido a R$ 1,59 e no Paulistão (marca Ice Fresh) a R$ 0,79, diferença de 101,26%.

O acompanhamento, explica o coordenador do estudo, o professor Renato Vaz Garcia, faz parte do acompanhamento do comportamento da cesta básica em Sorocaba. "Para fazer o estudo, os preços são tabulados semanalmente. Essas parciais são divulgadas de forma escalonada mostrando os preços mais baratos dos produtos que compõem o café da manhã, o almoço, a limpeza doméstica e higiene pessoal, nos seis principais supermercados da cidade", explica.


"O levantamento serve de parâmetro para quem busca economia, pois a variação de preços é grande entre os supermercados", comenta. A pesquisa sobre a cesta básica divulga mensalmente a variação dos preços de 34 produtos básicos de alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica. A pesquisa considera o consumo médio mensal de uma família constituída por quatro membros, com renda mensal de até dez salários mínimos.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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