Página foi hackeada em protesto pela redução da tarifa de ônibus, trem e metrô
Protesto contra aumento da tarifa em São Paulo atingiu site da Secretaria de Educação do estado - Reprodução
Invadida na noite desta quarta-feira por hackers contrários ao aumento da tarifa de ônibus, trem e metrô em São Paulo, a página da Secretaria de Estado de Educação na internet saiu do ar durante a madrugada. Horas depois de exibir mensagens que exigiam a redução da tarifa de3,20 reais para 3 reais e convocavam novo protesto para a tarde desta quinta, o site do governo paulista mostrava apenas a incrição "Página em manutenção - retornaremos em breve". Até o início da manhã, a página permanecia sem funcionar.
Na noite anterior, os manifestantes haviam deixado escrito: "Exigimos a redução da tarifa! Os supostos representantes devem ouvir a vontade do povo! Basta de políticos inócuos! Estamos acordados! Seus dias de fartura estão contados!". O site mostrava imagens de uma manifestação pela redução da tarifa e uma foto de um grupo usando as conhecidas máscaras associadas ao grupo de hackers internacional Anonymous, que viraram símbolo de ativismo virtual depois de aparecerem na HQ V de Vingança.
Além disso, a pagina hackeada reforçava a convocação para a nova manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, trem e metrô, a quarta em menos de uma semana desde o início dos protestos. "Dia 13 de Junho, 17h no Teatro Municipal de São Paulo! Todos às ruas!", conclamaram os hackers.
Suspensão – Após mais cenas de conflito e vandalismo na noite anterior, o Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) se propôs nesta quarta-feira a intermediar com a prefeitura e o governo do estado a suspensão do aumento na tarifa após reunião com integrantes do Movimento Passe Livre, organizador dos protestos, e representantes dos governos municipal e estadual. A suspensão do aumento valeria por 45 dias. Rejeitada até agora pela prefeitura e pelo governo estadual, seria uma forma de conter a onda de protestos e danos ao patrimônio público e privado.
O promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo Mauricio Ribeiro Lopes se comprometeu a tentar audiência com o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que chegam de Paris nesta quinta. Se a suspensão for aceita, os manifestantes farão uma trégua nos protestos e passarão a debater o valor da tarifa. Como ainda não houve acordo no encontro, o ato maracado para esta quinta-feira, às 17 horas, no Theatro Municipal está mantido.
O promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo Mauricio Ribeiro Lopes se comprometeu a tentar audiência com o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que chegam de Paris nesta quinta. Se a suspensão for aceita, os manifestantes farão uma trégua nos protestos e passarão a debater o valor da tarifa. Como ainda não houve acordo no encontro, o ato maracado para esta quinta-feira, às 17 horas, no Theatro Municipal está mantido.
O MPE formou uma comissão de representantes dos manifestantes para participar de discussões sobre o valor da passagem de transporte público com prefeitura e estado. Caso a suspensão seja aceita, Mayara Vivian e Lucas Monteiro (ambos do MPL), João Victor Pavesi e Maurício Costa (do PSOL) e Altino Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários que chegou a ser preso nos protestos, devem debater com a prefeitura e o governo estadual.
Vandalismo – Ao fim do protesto de terça-feira, dezenove pessoas foram detidas pela Polícia Militar – dez sob acusação de formação de quadrilha. Segundo a São Paulo Transporte (SP Trans), afirmou que 85 ônibus ficaram danificados por vândalos. Foi a terceira vez em menos de uma semana que as manifestações prejudicaram o trânsito em horários de pico. Diversas ruas, como a Avenida Paulsita e a Rua da Consolação, foram bloqueadas por barricadas de lixo e fogueiras. A PM reagiu com bombas de gás lacrimogêneo. Milhares de manifestantes também barraram o tráfego na Radial Leste. Eles atearam fogo em pneus e o estrago só não foi pior porque chovia forte em diversos pontos da cidade
As informações são da Veja.
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