domingo, 7 de abril de 2013

Má conservação da SP-97 traz riscos aos usuários


Pontos de ônibus e acostamentos inadequados são problemas da rodovia
André Moraesandre.moraes@jcruzeiro.com.br

Alguns problemas encontrados na rodovia SP-97, que liga Sorocaba a Porto Feliz, como a falta de estrutura nos pontos de ônibus e de acostamentos adequados em alguns trechos, vêm causando insatisfação às pessoas que precisam acessá-la diariamente, caso daquelas que moram nos bairros às margens da rodovia. A insatisfação com as condições da SP-97 é tanta que alguns moradores do bairro Caguaçú, em Sorocaba, procuraram o deputado estadual Hamilton Pereira (PT), que então encaminhou um ofício ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) solicitando melhorias na rodovia. Outro fator que chama a atenção no local são as imprudências cometidas pelos motoristas que a acessam, como as ultrapassagens em locais não permitidos, que acabam causando acidentes quase que toda semana na rodovia, como conta o aposentado Evanildo Amâncio, 59 anos, que mora no Caguaçú. 
Segundo dados da Polícia Rodoviária de Tatuí, responsável pelas ocorrências e patrulhamento da SP-97, de janeiro deste ano até a última quinta-feira foram registrados 14 acidentes na rodovia, sendo que em um deles houve uma vítima fatal. O DER informa que estuda a execução de obras para melhorias da SP-97, mas ainda não há data definida para contratação do projeto executivo.

O aposentado Evanildo Amâncio afirma que está havendo um "descaso" por parte do DER em relação à manutenção da SP-97. "No trecho que vai do Parque São Bento até a Castello Branco, o mato está tomando conta das laterais da pista, das placas e até dos pontos de ônibus", diz. 

A situação dos pontos de ônibus é o que mais chama a atenção na rodovia, já que existem muitos deles que não contam com cobertura e nem assento aos usuários e estão instalados no meio do mato, obrigando as pessoas a esperarem pelos ônibus no acostamento. "Eu moro no km 76, onde tem um ponto de ônibus e o ônibus sempre para a meio fio da rodovia. Não tem abrigo, nem recuo, o que faz com que os usuários corram risco. Tem um número grande de estudantes que usam e já ocorreu um atropelamento", revela Evanildo.
O aposentado ainda lembra do fato de o tráfego da SP-97 estar crescendo constantemente, impulsionado ainda mais pela instalação da fábrica da Toyota nas proximidades. "Essa rodovia, antes da instalação da Toyota, tinha uma realidade, mas, de um ano para cá, o trânsito está cinco vezes maior", relata ele, que sugeriu ao deputado Hamilton Pereira que solicitasse estudos para a duplicação da rodovia ao DER. Segundo os últimos dados disponíveis do DER, em 2011 o volume diário de veículos na SP-97 era de 9.282, número 16,3% maior do que o registrado em 2008, quando a estatística foi fechada em 7.981 veículos por dia transitando na rodovia. 

O proprietário de um bar e mercearia instalado próximo à Estrada dos Martins 2, Osmar Lopes da Silva, 41, reclama da situação dos acostamentos da rodovia, que em alguns trechos estão bastante danificados e apresentam crateras. "Aqui na frente do bar o acostamento está ruim e eu já até pensei em arrumar por conta própria, já que é a entrada do meu comércio", relata. Ele também aproveita para criticar as imprudências cometidas pelos motoristas na SP-97. "É muita imprudência que ocorre por aqui. Tem motorista ultrapassando pelo acostamento, em locais com linha contínua..." Essas imprudências citadas por Osmar podem ter sido as responsáveis pelos 14 acidentes ocorridos neste ano na rodovia, que vitimaram 11 pessoas, sendo uma delas fatal (as outras 10 tiveram ferimentos leves). 

LixoAlém dos problemas com a estrutura da rodovia SP-97, os usuários da mesma reclamam também do lixo encontrado no local. Existe um ponto da rodovia, na altura do quilômetro 5 que faz esquina com a Estrada dos Martins 1, que já virou um pequeno lixão a céu aberto há algum tempo. Em novembro de 2011, o jornal <BF>Cruzeiro do Sul<XB> publicou uma matéria a respeito desse problema, ocasião em que o DER informou que já teria enviado uma equipe de conservação para retirar o lixo do local em outras ocasiões, porém afirma que, mesmo assim, as pessoas continuam usando o local para todo tipo de descarte. 
Na manhã de quinta-feira foi possível observar que o problema do lixo continua. A reportagem até flagrou um homem descartando algumas peças de plástico por lá e ele, que se chama Josias Sanches, 75, diz que descarta seu lixo ali por "não ter outro lugar". "Eu venho aqui e pego algumas coisas para vender para reciclagem, mas também jogo algumas coisas. Mas todo mundo joga lixo aqui", relata ele, que mora na Vila Nova Sorocaba.

Sobre todas essas reclamações, o DER ressalta que a via passa por serviços de conservação e manutenção, como operação tapa buraco, roçagem e limpeza dos acostamentos, lavagem de placa, entre outros serviços.
Todas as informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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