quinta-feira, 23 de maio de 2013

Grã-Bretanha - Após ataque, Cameron diz que país 'não cederá ao terror'


Premiê classificou ataque a soldado britânico em Woolwich como traição ao islã

Suspeito de matar uma pessoa e Woolwich, sudeste de Londres
Homem é filmado ainda com faca ensanguentada nas mãos, depois de ataque a soldado em Woolwich, Londres - Reprodução/ITV

















Após a violenta morte de um soldado britânico em Woolwich, no sudeste de Londres, na quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou, em pronunciamento na manhã desta quinta, que o país seguirá firme em sua luta contra o terrorismo. "Jamais cederemos ao terror em nenhuma de suas formas", disse. O ataque, considerado "verdadeiramente chocante" por Cameron, foi cometido em plena rua, à luz do dia, por dois homens - um deles foi filmado logo depois dizendo que o crime foi uma retaliação a mortes de muçulmanos.
Cameron, que falou à imprensa em frente a sua residência, em Downing Street, afirmou que o ataque foi uma "traição ao islã". "Isso não foi apenas um atentado contra a Grã-Bretanha e o modo de vida britânico, também foi uma traição ao islã e às comunidades muçulmanas que dão tanto ao nosso país. Não há nada no islã que justifique esse ato verdadeiramente terrível."
"A responsabilidade recai única e simplesmente nos repugnantes indivíduos que executaram este horroroso ataque", disse. "Derrotaremos o extremismo violento ficando unidos, respaldando a polícia e os serviços de segurança e, sobretudo, com combate à narrativa venenosa do extremismo que alimenta esta violência". No final de sua entrevista, o premiê disse que a melhor maneira de os britânicos derrotarem o terrorismo é "seguir adiante com suas vidas". "É o que temos de fazer hoje."
Ante de falar à imprensa, Cameron liderou uma reunião do comitê de emergência civil - convocada para discutir o reforço nas medidas de segurança e coordenar a resposta do governo ao ataque. O comitê é formado pela ministra do Interior, Theresa May, o prefeito de Londres, Boris Johnson, os diretores dos serviços inteligência interna, o MI5, e externa, MI6, o chefe da Scotland Yard e vários especialistas de segurança.
O ataque - O soldado britânico foi morto a facadas por dois homens, diante de várias pessoas."Eles estavam picando aquele pobre rapaz, literalmente", disse uma testemunha a uma rádio londrina. Logo depois, ainda com as mãos ensanguentadas, um dos autores foi filmado. “Nós juramos por Alá que nunca pararemos de lutar contra vocês. A única razão pela qual fizemos isso é porque muçulmanos estão morrendo todos os dias. O soldado britânico é olho por olho, dente por dente”, disse, raivoso. “Peço desculpas por mulheres terem testemunhado isso hoje, mas em nossa terra nossas mulheres são obrigadas a ver a mesma coisa. Vocês nunca estarão seguros. Derrubem seu governo. Eles não ligam para vocês”.
Os dois criminosos foram feridos a tiros por policiais e estão hospitalizados. Segundo a BBC, um deles foi identificado como Michael Adebolajo, de 28 anos. Ele seria de uma família cristã, mas se converteu ao islamismo após a faculdade.
Muçulmanos - O Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha divulgou um comunicado no qual afasta qualquer ligação do ataque com o Islã. “Este foi um ato verdadeiramente bárbaro que não tem base no Islã e o condenamos de forma incondicional. Nossos pensamentos estão com a vítima e seus familiares. Entendemos que a vítima é um membro das Forças Armadas. Os muçulmanos servem há muito tempo as Forças Armadas deste país, com orgulho e honra. Esse ataque contra um membro das Forças Armadas é infame e nada justifica essa morte. Essa ação vai, sem dúvida, aumentar a tensão nas ruas da Grã-Bretanha. Pedimos a todas as comunidades, muçulmanas ou não, a se unirem em solidariedade, para impedir que as forças do ódio prevaleçam”, diz o texto, segundo o jornal britânico The Telegraph.
As informações são da Veja.

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