No primeiro semestre deste ano, há registro de 174 ocorrências. Em 2011, foram 80, diz Secretaria de Segurança Pública
Rosimeire Silva
As ocorrências de roubos de veículos mais que dobraram em Sorocaba nos últimos dois anos. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública, no primeiro trimestre deste ano foram 174 roubos. No mesmo período de 2011, foram 80. Em relação ao ano passado, quando foram registradas 116 ocorrências, o aumento é de 50%. Embora os furtos de veículos liderem as estatísticas de crimes contra o patrimônio (é considerado furto quando não há contato entre o ladrão e a vítima), o aumento da incidência deste delito está num ritmo menor (12,5%). Até março de 2013, foram 683 de furtos de veículos, contra 607 registrados no primeiro trimestre 2012.
Quando somados os dois tipos de delitos (furtos e roubos), o aumento de ocorrências no primeiro trimestre chega a 857 casos, número 18,5% maior que no mesmo período do ano passado (723) e 24,3% acima de 2011. Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sorocaba, Claudinei Fernando Machado, esse expressivo aumento no número de roubos de veículos demonstra maior ousadia por parte dos marginais, já que nesses casos há a ameaça e até mesmo violência contra a vítima, o que não ocorre nos casos de furto.
Na sua avaliação, a maior incidência desse tipo de ação criminosa é motivada por uma junção de fatores, que vão desde a falta de investimento do Estado na estruturação das polícias civil e militar, que inviabiliza a investigação e a prisão dos criminosos, até a dificuldade que o Judiciário enfrenta para julgar aqueles que são presos. “A certeza da impunidade tem colaborado para que os marginais se tornem cada vez mais ousados, pois se não houver uma prisão em flagrante, dificilmente ele será pego. Essa sensação de impunidade é um fator muito preocupante para a segurança pública e que se reflete no aumento da criminalidade.”
Outro fator que tem contribuído para esse crescimento no número de roubos e furtos de veículos, cita ele, é a epidemia no consumo de crack, que faz com que os usuários passem a cometer esses delitos para conseguir sustentar o seu vício. “O pior é que esses usuários agem de forma extremamente perigosa, pois estão alheios a qualquer tipo de raciocínio, pois na maioria das vezes estão sob o efeito da droga.” Até mesmo as campanhas de desarmamento, defende ele, acabam contribuindo para essa ação mais violenta dos bandidos, pois sabem que o cidadão não apresentará uma reação armada. “Trata-se de uma equação perversa que só poderá ser solucionada com uma intervenção mais efetiva por parte do Estado de atenção e investimento em segurança pública”, afirma.
Quando somados os dois tipos de delitos (furtos e roubos), o aumento de ocorrências no primeiro trimestre chega a 857 casos, número 18,5% maior que no mesmo período do ano passado (723) e 24,3% acima de 2011. Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sorocaba, Claudinei Fernando Machado, esse expressivo aumento no número de roubos de veículos demonstra maior ousadia por parte dos marginais, já que nesses casos há a ameaça e até mesmo violência contra a vítima, o que não ocorre nos casos de furto.
Na sua avaliação, a maior incidência desse tipo de ação criminosa é motivada por uma junção de fatores, que vão desde a falta de investimento do Estado na estruturação das polícias civil e militar, que inviabiliza a investigação e a prisão dos criminosos, até a dificuldade que o Judiciário enfrenta para julgar aqueles que são presos. “A certeza da impunidade tem colaborado para que os marginais se tornem cada vez mais ousados, pois se não houver uma prisão em flagrante, dificilmente ele será pego. Essa sensação de impunidade é um fator muito preocupante para a segurança pública e que se reflete no aumento da criminalidade.”
Outro fator que tem contribuído para esse crescimento no número de roubos e furtos de veículos, cita ele, é a epidemia no consumo de crack, que faz com que os usuários passem a cometer esses delitos para conseguir sustentar o seu vício. “O pior é que esses usuários agem de forma extremamente perigosa, pois estão alheios a qualquer tipo de raciocínio, pois na maioria das vezes estão sob o efeito da droga.” Até mesmo as campanhas de desarmamento, defende ele, acabam contribuindo para essa ação mais violenta dos bandidos, pois sabem que o cidadão não apresentará uma reação armada. “Trata-se de uma equação perversa que só poderá ser solucionada com uma intervenção mais efetiva por parte do Estado de atenção e investimento em segurança pública”, afirma.
OusadiaCasos recentes ocorridos em Sorocaba demonstram que as ações dos marginais estão cada vez mais ousadas. Um caso que chocou os moradores na região do Cerrado ocorreu em plena manhã do dia 20 de março, quando um policial que estava de folga flagrou três homens renderem um casal que estava dentro de um Fiat Doblô no semáforo da rua João Pessoa com a avenida General Carneiro. Um aposentado, de 68 anos, e uma comerciante, de 38 anos, que estavam no veículo, foram feitos reféns pelos assaltantes. Acionadas pelo policial em folga, viaturas da PM fizeram uma perseguição de cerca de dez minutos aos assaltantes pelas ruas Mangal, quando foram efetuados vários disparos de tiros. Ao final da ação policial, os bandidos foram presos, sendo que um deles foi baleado nas nádegas. Apesar do enfrentamento entre policiais e assaltantes com tiroteio em plena rua, nenhuma outra pessoa saiu ferida.
A ousadia dos marginais também fez como alvo o enfermeiro Eduardo Kuba, que também teve o seu carro roubado de dentro do estacionamento de um hipermercado da cidade, localizado no bairro Santa Rosália. No dia 26 de abril, pouco antes da meia noite, ele e a namorada deixavam o hipermercado quando, ao entrarem no carro, um marginal anunciou o assalto apontando um revólver contra eles. O casal abandonou o carro com medo de ser feito refém e o carro foi levado.
A ousadia dos marginais também fez como alvo o enfermeiro Eduardo Kuba, que também teve o seu carro roubado de dentro do estacionamento de um hipermercado da cidade, localizado no bairro Santa Rosália. No dia 26 de abril, pouco antes da meia noite, ele e a namorada deixavam o hipermercado quando, ao entrarem no carro, um marginal anunciou o assalto apontando um revólver contra eles. O casal abandonou o carro com medo de ser feito refém e o carro foi levado.
Principais alvosOs veículos populares, como o VW Gol, o Fiat Palio, Fiat Uno, GM Celta e Ford Fiest são apontados pelo comando do 7º Batalhão da Policia Militar do Interior (7BPM-I) como os principais alvos de furtos em Sorocaba, como também as motocicletas de baixa cilindrada (CG 125 e Honda). Na maior parte dos casos, esses veículos têm como destino os desmanches ou mesmo a venda em outros Estados. Já no caso dos roubos, a preferência dos assaltos é pelos veículos de alta potência como GM Astra e Honda Civic, além das motocicletas de altas cilindradas (Honda Twister 250 e Hornet 600), que são utilizadas, na maior parte das vezes, para a prática de outros roubos. Os locais de maior atuação dos marginais são os de concentração de pessoas, como no entorno de centros comerciais, igreja, bares, entre outros. A PM não especificou quais as regiões da cidade onde são registradas os maiores números de ocorrências.
Como estratégia de combate a esse tipo de crime, a PM informou que tem atuado com a intensificação de operações que resultaram no aumento no número de prisões por ocorrências específicas de flagrantes de receptação, furto e roubo, o que impacta diretamente nos números absolutos, já que o mesmo marginal pode ser responsável por até seis furtos de carros por dia. O comando do 7BPM-I enfatizou, no entanto, que a quebra do ciclo criminal não está restrita às ações de polícia. Com o início da Operação Delegada, que se efetivou há cerca de duas semanas, o comando da PM informou que ocorreu uma redução de furtos de veículos no entorno da área central da cidade, pois embora o principal foco de atuação desse programa seja a fiscalização, prevenção a atos criminosos, existe um impacto indireto também neste tipo de ocorrência.
A orientação da PM para evitar os casos de furtos e roubos de veículos é para que os motoristas procurem estacionar em locais regulamentados e com seguro, instalem sistema de proteção (alarmes, bloqueadores, travas e rastreadores) e evitem ficar conversando ou namorando no interior do veículo parado. Antes de entrar ou sair do carro e ao chegar na residência, a orientação é para ficar atento se não há pessoas com conduta suspeita nas proximidades. Em caso de suspeita ou de alguma ocorrência, o motorista deve acionar imediatamente a polícia (190) e fornecer o maior número de informações, como vestimentas e características físicas dos suspeitos, veículos utilizados e o sentido que foi tomado numa fuga. Outro fator importante, cita a PM, é nunca reagir em caso de roubo.
Como estratégia de combate a esse tipo de crime, a PM informou que tem atuado com a intensificação de operações que resultaram no aumento no número de prisões por ocorrências específicas de flagrantes de receptação, furto e roubo, o que impacta diretamente nos números absolutos, já que o mesmo marginal pode ser responsável por até seis furtos de carros por dia. O comando do 7BPM-I enfatizou, no entanto, que a quebra do ciclo criminal não está restrita às ações de polícia. Com o início da Operação Delegada, que se efetivou há cerca de duas semanas, o comando da PM informou que ocorreu uma redução de furtos de veículos no entorno da área central da cidade, pois embora o principal foco de atuação desse programa seja a fiscalização, prevenção a atos criminosos, existe um impacto indireto também neste tipo de ocorrência.
A orientação da PM para evitar os casos de furtos e roubos de veículos é para que os motoristas procurem estacionar em locais regulamentados e com seguro, instalem sistema de proteção (alarmes, bloqueadores, travas e rastreadores) e evitem ficar conversando ou namorando no interior do veículo parado. Antes de entrar ou sair do carro e ao chegar na residência, a orientação é para ficar atento se não há pessoas com conduta suspeita nas proximidades. Em caso de suspeita ou de alguma ocorrência, o motorista deve acionar imediatamente a polícia (190) e fornecer o maior número de informações, como vestimentas e características físicas dos suspeitos, veículos utilizados e o sentido que foi tomado numa fuga. Outro fator importante, cita a PM, é nunca reagir em caso de roubo.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.
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