quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sorocaba - Operação Lajeado - Exército simula escolta e conflitos


Ações simuladas movimentaram um contingente de 670 soldados

Uma simulação de desembarque e escolta de delegações movimentou mais de 670 soldados do Exército Brasileiro pelas ruas de Sorocaba e chamou a atenção da população. A atividade faz parte da Operação Lajeado, que esta semana reúne militares da cidade e de Votorantim, Iperó e Boituva num treinamento de ação sobre como conter situações de risco em eventos internacionais que acontecerão no Brasil num futuro próximo, como a Copa das Confederações, ainda este ano, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A ação dos militares em Sorocaba começou no Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupolz, na manhã de ontem. O local foi escolhido para simular a chegada de quatro delegações, de esportistas de diferentes países, que ali desembarcariam e seriam levados para hotéis da cidade e da região. Para o treinamento, cerca de 70 militares vestiam roupas civis e se passavam pelos jogadores, manifestantes e até pela torcida. Segundo o major da 2ª Divisão do Exército e da Operação Lajeado, Renato Pereira Gomes, a segurança do momento do desembarque e do trajeto até o hotel destas delegações será de responsabilidade do Exército Brasileiro. "Estamos vivendo a garantia da lei e da ordem no aeroporto e está é missão da tropa, garantir a segurança e avaliar outro itinerário caso haja algum empecilho", explicou.

Devidamente uniformizados, os militares que se passavam pelos esportistas desceram dos aviões e entraram nos veículos que os levaria até os hotéis escolhidos. Durante o percurso, os militares, que faziam a escolta, foram surpreendidos por manifestantes - também soldados se passando por civis - que obstruíram uma das ruas de passagem com cadeiras, galhos, pneus e com fogo para tentar barrar a tropa e a delegação. O imprevisto simulado aconteceu na rua Ricardo Severo, na Vila Assis, em frente ao Parque dos Espanhóis. Segundo o general-de-brigada William Georges Abrahão, que comanda a tropa de 1.350 homens nas quatro cidades participantes da simulação, os militares não ficaram sabendo antecipadamente que situações iriam enfrentar durante a simulação."A intenção do treinamento é justamente essa, prever alguma situação, como manifestantes, pessoas intervindo, rotas obstruídas por qualquer seja o motivo, e assim mudar o percurso na hora do ocorrido", disse. 

Os militares que se passavam por manifestantes fingiam estar indignados com os gastos para a realização dos eventos e barravam a passagem da delegação. "Neste caso, o Exército tem missão de levar a delegação por outro caminho até o hotel e outros militares de intervirem contra a manifestação, principalmente se ela não ocorrer de forma pacífica, tirando o direito dos demais cidadãos de ir e vir", comentou o general, que também explicou que o Exército tem a incumbência de trabalhar junto com os órgãos de segurança pública e intervir apenas quando for chamado ou em situações como a simulada, na qual os manifestantes atrapalhavam suas atividades. 

Moradores da Vila Assis acompanharam, curiosos, toda a simulação. O aposentado Gilberto Carvalho, 53 anos, foi inclusive orientado pelos militares antes da ação começar. "Mesmo sabendo que não é de verdade nós moradores ficamos com um pouco de medo, mas ao mesmo tempo, vimos o trabalho bem feito que eles fazem nas ruas", falou o morador.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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