terça-feira, 21 de maio de 2013

Preço do etanol recua em 20 Estados e no DF


Em São Paulo, as cotações reduziram 1,13% na semana (R$ 1,919 o litro). No período de um mês, acumulam queda de 1,39%

Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros caíram em 20 Estados e no Distrito Federal, subiram em outros cinco e ficaram estáveis apenas no Espírito Santo na semana encerrada em 18 de maio, de acordo com dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No período de um mês, os preços do etanol caíram apenas em São Paulo, no Mato Grosso, Pará e Paraná. Em São Paulo, principal Estado consumidor, as cotações recuaram 1,13% na semana (R$ 1,919 o litro). No período de um mês, acumulam queda de 1,39% nos postos paulistas. 

A maior alta semanal foi verificada em Roraima (1,69%), enquanto a maior queda se deu no Amapá (-1,38%). No mês, os preços subiram mais em Roraima (3,52%) e caíram mais no Mato Grosso (-2,72%). No Brasil, o preço mínimo registrado para o etanol foi de R$ 1,529 o litro, no Estado de São Paulo. O preço máximo foi de R$ 3,16 por litro, no Pará. Na média, o menor preço foi R$ 1,919 o litro, em São Paulo. O maior preço médio foi verificado em Roraima, a R$ 2,707 o litro.
 
Competitividade 
Os preços do etanol nos postos de combustíveis são competitivos em relação à gasolina apenas no Mato Grosso e em São Paulo, segundo a ANP, referentes à semana encerrada em 18 de maio, compilados pelo AE-Taxas. Nos demais 24 Estados brasileiros e no Distrito Federal, a gasolina está mais competitiva, assim como na média do Brasil.

Segundo o levantamento, o preço do etanol no Mato Grosso está em 64,87% do preço da gasolina, enquanto em São Paulo está em 69,38%. A gasolina está mais vantajosa principalmente no Piauí (preço do etanol é 89,11% do valor da gasolina). O preço médio da gasolina no Estado de São Paulo está em R$ 2,766 o litro. Na média da ANP, o preço do etanol em São Paulo ficou em R$ 1,919 o litro. 

Importação de gasolina 
A Petrobras prevê que as importações de gasolina vão ser reduzidas significativamente já a partir deste mês pelo aumento do consumo de etanol. A previsão interna, segundo fonte da companhia, é que as importações fiquem, no fim de maio, abaixo de 100.000 m¯/mês. O volume equivale a menos de 21 mil barris/dia. Se confirmada, seria uma queda de pelo menos 85% em relação às importações de gasolina em janeiro. O movimento no etanol acontece por dois motivos: a alta da mistura de álcool anidro na gasolina, que passou de 20% para 25% em 1º de maio, e a queda nos preços do hidratado depois da entrada da safra de cana. O governo também zerou a taxação de PIS/Cofins do setor há um mês.

A previsão interna era de que o preço do etanol usado nas bombas se tornasse competitivo em relação à gasolina, em São Paulo, até a semana que vem, fazendo donos de carros flex migrarem para etanol. Na capital, o preço do álcool já recuou R$ 0,05, para R$ 1,89 o litro. "O número (importação) vai oscilar mês a mês. Mas a tendência é de as importações de gasolina caírem neste ano, embora o consumo deva aumentar, com o crescimento da economia", diz Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Recordes no refino têm ajudado na queda da importação. A Petrobras melhorou a eficiência de suas refinarias e processou mais petróleo do que produziu no primeiro trimestre. Foram 2,083 milhões barris/dia de carga média fresca processada, alta de 6% em relação ao quarto trimestre de 2012. Segundo a fonte da companhia, as importações devem voltar a subir, embora não de forma expressiva, quando entrarem em manutenção parte das refinarias Reduc (em Duque de Caxias, no Rio) e Regap (em Betim, Minas Gerais), que têm gasolina entre seus produtos. Fatores sazonais também influenciarão o consumo.

Em janeiro, as importações foram de 689 mil m¯/mês, ou 140 mil barris por dia, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em fevereiro, baixaram para 587 mil m¯/mês e, em março, último dado oficial disponível, para 350 mil m¯/mês. Segundo o CBIE, as importações somaram R$ 2,513 bilhões entre janeiro e março. As receitas, por causa da defasagem de preços em relação ao mercado internacional, foram apenas de R$ 2,134 bilhões, levando a Petrobras a uma perda de R$ 379 milhões nos três primeiros meses do ano.

O CBIE lembra, no entanto, que o maior peso para o caixa da Petrobras vem do diesel, responsável por uma perda para a Petrobras de R$ 871 bilhões no mesmo período. A companhia ficou superestocada com diesel durante parte do primeiro trimestre. Pires diz que o alto preço do gás fez a Petrobras substituir o combustível por diesel na refinaria Barbosa Lima Sobrinho (RJ), o que deve ter elevado importações. No fim de abril, o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, disse que a importação de diesel e gasolina deve ficar, na média do ano a partir de abril, em 260 mil barris por dia (b/d), sendo 180 mil b/d para diesel e 80 mil b/d para gasolina.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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