sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vereador afirma que cidade de Sorocaba sofre com ‘estelionato eleitoral’

 

Izídio ressalta que na propaganda eleitoral o PSDB mostrou uma Sorocaba sem problemas em nenhum setor e com canteiros de obras na cidade toda (Foto: Arquivo DS)
 
 
Após participar da sabatina de quatro secretários municipais nesta semana na Câmara, o vereador Izídio de Brito (PT) afirmou que os depoimentos dos representantes do governo comprovam que os eleitores de Sorocaba foram vítimas de ‘estelionato eleitoral' durante as eleições para prefeito no ano passado.

Os secretários sabatinados pelos vereadores admitiram que a cidade está parada em vários setores, que há problemas graves de planejamento, organização e estrutura em áreas essenciais, como a saúde, e que não há solução a curto prazo.

"Na campanha eleitoral, tanto o ex-prefeito quanto o atual, que era o candidato da continuidade, venderam o paraíso para a população. Disseram que o município tinha arrecadação de sobra, tinha planejamento, tinha centenas de obras em andamento. Agora, poucos meses depois, vemos todas as obras paradas e os serviços públicos sucateados", critica Izídio.

Para o petista, na propaganda eleitoral o PSDB mostrou uma Sorocaba sem problemas em nenhum setor e com canteiros de obras na cidade toda. "Mostraram uma cidade maquiada e prometeram à população que, com a eleição do candidato Pannunzio, as obras iriam avançar e que os serviços públicos iriam funcionar com 110% da sua capacidade", afirma.

"Agora os secretários vêm aqui [na Câmara] e dizem que estão de mãos amarradas, que herdaram muitos problemas da gestão passada e que não podem fazer nada por áreas como saúde, esporte, gestão de pessoas e cultura. Isso é estelionato eleitoral", critica Izídio.

CPI DE OBRAS - Para o vereador, os depoimentos dos secretários reforçaram a necessidade da CPI sobre obras atrasadas. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberta pela Câmara no final de março e deverá apurar as responsabilidades por atrasos e paralisações em obras contratadas pela Prefeitura.

Os membros da CPI são os vereadores José Crespo (DEM), presidente; Marinho Marte (PPS), relator; Francisco França, Izídio de Brito, Carlos Leite (todos do PT); e Irineu Toledo (PR).

Os quatro secretários sabatinados na terça-feira foram convocados por decisão da Câmara. Apenas o vice-líder do governo, Waldomiro de Freitas (PSD), foi contrário à convocação. Os secretários sabatinados foram Rodrigo Maldonado (Gestão de Pessoas), Armando Raggio (Saúde), José Simões de Almeida Junior (Cultura e Lazer) e Francisco Moko Yabiku (Esporte).

HERANÇA DA GESTÃO PASSADA - Os secretários relatam os planos para suas pastas, mas também ouviram muitas críticas dos vereadores. Maldonado tentou explicar as contratações políticas feitas pela Prefeitura e denunciadas pela imprensa, as demissões arbitrárias [incluindo uma gestante] e os problemas com a grade salarial dos servidores. O secretário disse que, em muitos casos, simplesmente "cumpre ordens".

O secretário de cultura destacou a falta de verbas em sua pasta. Já Yabiku disse que, quando assumiu o cargo, recebeu não uma secretaria [de Esportes], mas uma quitanda "de tanto pepino e abacaxi que tinha".

O secretário de Saúde, cujo depoimento durou cerca de três horas, admitiu que muitos contratos de serviços de saúde estão sendo revistos, que a rede pública tem problemas estruturais, que há muitas faltas de médicos ao trabalho e que a pasta está gerenciado falhas da administração passada.

Para Izídio, não é verdadeiro o argumento do governo municipal de que a Prefeitura teria de custear sozinha o funcionamento do hospital municipal. "Existem, sim, verbas estaduais e federais disponíveis não só para construção, mas também para custeio dessa modalidade de hospital. Basta ter boa vontade política e formular projetos eficientes de convênio, especialmente com o governo federal", defende o petista.

Todas as informações são do Jornal Diário de Sorocaba.

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