quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Manifestação de vigilantes gera novo tumulto no Centro


 
Fonte: Jornal Diário de Sorocaba

http://diariodesorocaba.com.br/site2010/materia2.php?id=223861
 
 

Uma motorista não atendeu ao pedido para desviar da via e a manifestação teve de mudar o trajeto (Foto: Mayara Corrêa)
 
 
Na manhã de ontem, vigilantes de Sorocaba fizeram uma nova manifestação nas ruas da região central de Sorocaba, reivindicando o cumprimento da lei federal n. 12.740, que prevê aumento de 30% no salário, referente ao grau de periculosidade do serviço. Eles já haviam feito uma manifestação há quase um mês. O decreto foi assinado em dezembro, mas algumas empresas não estão repassando o adicional aos trabalhadores. 

O movimento é nacional e na região recebeu apoio de outros sindicatos. Houve tumulto em frente a uma agência do Banco do Brasil na rua XV de novembro, onde havia três carros fortes da Prosegur. Funcionários da empresa foram pressionados a aderir à greve e, após não ceder aos pedidos, foram ameaçados e tiveram de voltar para o interior do veículo. Manifestantes depredaram o carro, quebrando retrovisores, para-brisas e chutando a lataria. Eles alegam que tomaram a atitude após um vigilante que estava dentro do carro tê-los ameaçado com arma de fogo. A situação só foi controlada com a chegada da Polícia Militar.

REAÇÃO – Por conta da passeata o atendimento ao público nas agências bancárias sofreu alterações. Algumas optaram por permanecer fechadas ou somente com caixas eletrônicos funcionando normalmente. Clientes também relataram que não conseguiram fazer depósito e sacar dinheiro. Por falta de segurança, algumas casas lotéricas também preferiram não receber pagamento de contas e forneceram somente jogos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Sorocaba (Sindivigilância), Sérgio Ricardo dos Santos, caso os trabalhadores não recebam o aumento estipulado, uma nova paralisação pode ocorrer em 1º de março, quando será realizada uma plenária para debater o assunto. “Depois da primeira manifestação, algumas empresas começaram a pagar os 30%, mas não são todas; algumas repassaram somente 18%.” O vigilante Marcelino Antônio da Silva trabalha na área há 13 anos e ainda não recebeu o aumento referente à periculosidade. “Nosso salário está defasado, não dá para sustentar uma família. Se não lutarmos, não conseguimos nada.” 

Durante o percurso pelas ruas centrais, agentes de trânsito da Urbes auxiliaram o trânsito, e por um período pararam de acompanhar a manifestação. Os vigilantes reclamaram e passaram a controlar a passagem de veículos até chegar à rua Sete de Setembro, onde os amarelinhos retomaram o serviço. Na rua Monsenhor João Soares, uma motorista enfrentou os manifestantes e não cedeu ao pedido de desviar até a rua Souza Pereira. Ela fechou os vidros do carro e passou a fazer ligações com o celular. Diante da resistência, a passeata mudou de trajeto e terminou no ponto inicial, em frente ao Mosteiro de São Bento. 

Hoje, as agências devem abrir normalmente e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) já entrou em contato com o Ministério do Trabalho e Emprego para que haja fiscalização de cumprimento da lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário