segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dez universidades e seis empresas estão instaladas no PTS


No local estão sendo desenvolvidas diversas pesquisas


José Antônio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br 

Perto de completar um ano, em junho próximo, o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) começa a definir sua agenda e a colocar em prática algumas das ações lá desenvolvidas por instituições acadêmicas e empresas. Até o momento manifestaram interesse e ou já se instalaram no complexo cerca de dez universidades e outras seis empresas. Todas, no momento, desenvolvem pesquisas nos mais variados campos do conhecimento.

Os números iniciais podem parecer tímidos, se considerado o porte do projeto, mas Vitor Lippi, presidente da Empresa Municipal Parque Tecnológico de Sorocaba (EMPTS), que administra o Parque Tecnológico, tem entendimentos encaminhados com organizações internacionais, institutos e agências de fomento, que em breve deverão se transferir para lá. A demanda é determinada por fatores como a localização estratégica, a enorme disponibilidade de espaço (são mais de 20 milhões de metros quadrados, se computado o perímetro ocupado pela Toyota e suas sistemistas) e uma estrutura de serviços que destacam o PTS como um dos mais importantes polos de produção conhecimento do país.

Antes mesmo de entrar totalmente em operação, o Parque já é o segundo maior do Estado, ficando atrás apenas do de São José dos Campos. Lippi informou que, até o meio do ano, será aberta licitação para a conclusão das obras do chamado "anel" do núcleo do PTS. "Temos, hoje, edificados 180 graus; vamos fechar o diâmetro e dar sequência ao processo de ocupação por laboratórios e outros setores", explicou.

Basicamente, o parque funciona como um centro produtor de conhecimento. O resultado dos estudos realizados pelos "condôminos" lá instalados será, numa etapa futura, aplicado quando da sua execução prática. "Temos, aqui, o ambiente favorável para o cumprimento da primeira fase. As empresas pesquisam, fazem testes e aprovam aquilo que foi planejado. É o uso da tecnologia a favor do desenvolvimento".

Para dar suporte às iniciativas, o PTS contará com recursos de última geração, entre os quais um laboratório de prototipagem que utiliza o formato 3D para visualização. Tão ou mais importante são as condições logísticas oferecidas. Para começar, o Parque será o único a manter em suas instalações núcleos de agências de fomento (entre outras, estará lá a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp) que ficarão encarregadas do trâmite dos pedidos de financiamento de estudos acadêmicos.

Lippi cita, ainda, a sinergia entre empresas e universidades como diferencial. "Imagine o quanto não deverá agregar a presença, no mesmo local, de uma faculdade que atenda às necessidades de uma companhia. O uso das ferramentas tecnológicas tem como característica a otimização, o maior dinamismo e a busca por soluções mais eficazes e rápidas. Tudo isso envolve conceitos modernos de gestão, e reverterá em benefícios".

O Parque está voltado a trabalhar a vocação da indústria metal-mecânica existente no município. Não por acaso, a Toyota escolheu a cidade, e mais exatamente aquela região, como sede de sua planta. Vitor Lippi disse que a montadora tem projetos de expansão que pretende desenvolver a médio prazo, o que implica dizer que serão feitos mais investimentos, com geração de mais empregos. Da mesma forma, outros conglomerados, como a Vale do Rio Doce e a Petrobras (esta última cliente da Jaraguá, aqui instalada) têm perspectivas reais de ocupar o PTS.

O Parque trabalha com o sistema de concessão de uso; assim, a ocupação de espaços (lotes com áreas que variam de 3 mil a 4 mil metros quadrados) é antecedida da publicação de editais. Havendo interesse, as propostas são encaminhadas e analisadas pelo Conselho Gestor, instância à qual compete autorizar a cessão. Os contratos têm prazo de 25 anos, renováveis por mais 25.

Lippi não dispõe, no momento, de estimativa sobre o volume de recursos que o empreendimento deverá movimentar. Citou, entretanto, o exemplo de São José dos Campos, onde, nos últimos quatro anos, foram investidos em pesquisa quase R$ 2 bilhões. "Podemos chegar a esse total, e até ultrapassá-lo", arrematou.

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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